quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

ENSAIO 05/2011

EMBARGAREI, SABOTAREI, ABORTAREI TUA USINA DE ALMAS!





Eu tinha um hábito que não recomendo, de desligar o motor da motocicleta enquanto estava em declive acentuado (na verdade em toda descida) para economizar combustível. Descia em "ponto morto", "na banguela", no neutro. Como sou fã de filmes de ficção científica e invento às vezes só por brincadeira de  chamar a coisas por termos técnicos, cientificóides, dizia para mim mesmo quando ia descendo na motocicleta... dizia  em minhas elucubrações que estava no MODO DE NAVEGAÇÃO GRAVITO-INERCIAL quando com o motor desligado sem nem uma força interna do mecanismo do veículo atuando eu mesmo assim continuava em movimento em minha viagem solitária. Um pouco de inércia residual  empurrava a motoca e a gravidade a puxava. E assim eu ia... Esta força que me puxava e me auxiliava na viagem enquanto eu rodava surfando sobre o asfalto sendo atraído ao centro da Terra, mas permanecendo em minha trajétoria pelo obstáculo do solo,  e avançando pela inércia e me mantendo firme pela distribuição do peso em equilíbrio sobre duas rodas alinhadas e também pela aerodinâmica do conjunto de moto e piloto cortando a massa de ar é a gravitação. Este jogo de forças complexas que me cercavam e envolviam possibilitavam um vislumbre de algo maior do que a mera visão de toda aquelas paisagens, me possibilitavam entender que toda aquela matéria que eu via e que era até mesmo a parte potencial de meu ser só existiam por causa da GRAVIDADE. Planetas, sóis e galáxias são enformados pela gravidade, na verdade é a gravidade que ordena o universo na sua configuração, é ela como uma ação de uma " alma do cosmos". Diz São Tomaz algures em sua obra que Deus criou do nada o mundo instantaneamente em estado caótico, uma matéria-prima plástica e dúctil com potencialidades infinitas em reflexo de sua omnipotência mas modelou o mundo por etapas sucessivas chegando a forma que tem hoje. Creio que a gravitação foi uma das mais importantes causas desta formação. A propósito, um autor até mesmo fez um romance virtual em que a gravidade é uma divindade.  Para ter uma noção do que seja a gravidade veja aqui e aqui (GRAVIDADE (1) (2) (3) (4)).
Escreveu Aristóteles que gravidade é o oposto de leviandade, ou seja, o que é grave, sério, pesado, desce e o que é leviano levita,  sobe. Os planetas que são "redondos" apresentam um núcleo gravitacional que é para onde toda a matéria em volta se desloca. Quando estou na superfície da Terra, e isso já faz 37 anos, estou enquadrado dentro de uma imensa estrutura, uma enorme configuração natural que dá sentido ao meu mundo exterior e interior. A gravidade atrai meus pés para o solo e me impede de ir na direção oposta, ou seja, na direção do prolongamento de minha cabeça, sendo assim surge dois vetores direcionais que começam a dar significado à matéria em minha volta e ao mundo ideal-simbólico em que também estou ambientado. O ponto que puxa meus pés num vetor para si foi denominado para baixo, embaixo, para onde tudo naturalmente tende, para onde as coisas caem, descem, o término final dos objetos materiais, menos os gases. Esta região onde os corpos buscam seu descanço, para onde as pedras rolam, os rios correm, os líquidos e sólidos se acomodam, que me atrai também, me puxa, me suga, como um raio trator (sempre achei que os fictícios raios tratores deveriam ser baseados em alguma espécie de manipulação de gravidade localizada)  por ser mais próxima aos meus pés, meus órgãos de  deambulação limitados apenas a me deslocar de um lugar para outro ao contrário dos meus outros dois membros com funções múltiplas de manipulação infinita de objetos (pintura, escultura, escrita, cozinha, porrada, etc), baseado nisto os órgãos de locomoção ficaram como inferiores e os braços como superiores, mais nobres, mais importantes. Sendo assim o ponto de termino  que me atrai por estar mais próximo às coisas menos nobres, ou estas coisas menos nobres estarem mais próximas a ele, este ponto apesar de ser a causa de tudo  simbolicamente começa a ser uma coisa inferior, o embaixo, foi rebaixado. Minhas pernas, meus orgãos de excreção e reprodução por estarem mais perto deste ponto  foram consideradas inferiores( baixo-ventre) em oposição as minhas mãos e cabeça, o local que teoricamente é a sede de meus pensamentos. Metaforicamente tudo o que estava embaixo foi associado ao inferior e o encima ao superior,  o grosseiro e o sofisticado, o profano e o sagrado, etc foram esquematizados nesta percepção espacial. Daí tudo foi se formando no mundo simbólico, sem falar nas outras direções espaciais. Embaixo, encima, à frente, átras, direita, esquerda, deslocamento horizontal, vertical, diagonal, etc só podem ser percebidos e ter algum significado para alguém a partir de no mínimo um ponto de referência, de um centro de apego, de um núcleo físico-geométrico. Se por um acaso fossemos enviados em uma missão exploratória e "descêssemos" em um meteoro rochoso para estabelecer uma colônia, uma fazenda espacial, a partir de um certo tempo, ao se apagar da memória as referências naturais e simbólicas de nosso planeta original começaríamos a criar uma nova cosmovisão, uma nova compreensão de todo o universo à partir deste ponto original, como os indígenas na Terra, começaríamos a explicar o social, o psicológico, o cosmológico, o teológico e etc baseados nos acidentes geográficos do asteróide, nas constelações do "céu" de nosso "B612". O centro da Sistema Solar tem por ponto gravitacional e referencial o sol (O Sol, o nosso sol, deveria ter um nome próprio, tipo: Hélio o nosso sol), e assim sucessivamente ampliado em escala todos tem seu centro; galáxia, aglomerados, etc, apenas o universo total, infinito não têm um centro, ou qualquer ponto pode ser seu centro. (ok redator invisível... você venceu..)


DEUS É O OPOSTO DE UM PONTO

 Os tradicionalistas (e o Dan Brawn ) que me perdoem mas não concordo com o simbolo do circumponto como representando Deus, a eternidade como o ponto imóvel e o orbital em movimento como o temporal. Me explico: Imagine o universo estando vazio, que se expande em todas as direções infinitas, não o universo real, pois os cientistas não chegaram a um consenso de como ele é, mas um espaço ideal-geométrico, o infinito imaginário nosso. Nesse local não tem mais advérbios e preposições pois não existe um ponto espaço-temporal para que termos adverbiais e proposicionais e etc sejam referendados: sob o que? Sobre onde? Ao lado? Em frente? Perde totalmente o sentido nossa linguagem sem uma âncora no espaço-tempo, sem algum ponto de relação. Um ponto para mim é o simbolo do particular, de localizado, uma coisa delimitada de onde podemos valorar algo, um simbolo da criatura. Por exemplo: Para localizarmos um  endereço traçamos o raio de busca à partir de um ponto de referência que é mais destacado como por exemplo na cidade: Supermercados, praças, monumentos e etc, no campo: riachos, árvores, rochedos e etc. Mas estes pontos de referências embora sejam mais destacados, mais importantes são relativos também, contingentes. É como o sol para nós. Para localizarmos algum planeta buscamos primeiro referenciá-lo à estrela que ele orbita  daí o encontramos no seu endereço espacial. O sol pode ser importante para NOSSA VIDA, em relação a nós para o restante do Cosmo ele não passa de uma partícula ínfima de pó. (Como isso, essa coisinha, o sol, pode significar Deus? Deus é um pontinho, uma partícula? mesmo sendo um pontinho de Luz?)  A estrela perdida entre miríades que é o nosso sol representa Deus por uma analogia imperfeita em concessão a nós. Em relação a nós, o maior é deus para o menor, mas esse maior relativo para a totalidade é nada. Deus é absoluto é só pode ser representado por um ponto orbitado por condescendência. Deus se humilha ao se deixar representar por relativos, contingentes, se rebaixa, encarna para possibilitar uma mínima compreensão de Sua existência. Assim como o sol é deus para nós em relação à nós o circumponto é um simbolo imperfeito uma analogia canhestra para compreendermos que no temporal o mais importante simboliza, aponta o absolutamente, totalmente importante. Mas este mais importante é só uma coisinha, um pontinho relativo como todos os outros. Entendeu minha birra com o circumponto? Mais um exemplo então: Meu pai biológico era para mim, quando eu era criança um super-herói, uma pessoa de valor e importância monstruosa (Deus te abençoe pai!) mas para a população era um Zé-ninguém, um coitado. É como o sol fonte de vida e luz para os terráqueos.  Na Via Láctea é um pé-raspado. Nós criaturas só podemos compreender as coisas relativamente, isto quer dizer que em tudo que pensamos e fazemos precisamos de um fio de prumo que parte de algo embora relativo, porém maior. Um eixo valorativo. Por uma inversão conceptual por um reflexo invertido (redundância, pois todo reflexo é invertido) Deus é o oposto de um ponto, é o campo total em volta do ponto, é a extensão completa que a partir do ponto se expande em todas as direções. Proponho uma nova compreensão do circumponto. O ponto é a criatura, nós, o campo em volta do circulo orbital é a parte do Deus que podemos entender, a região ontológica que podemos compreender e experenciar, a linha em volta do campo e do ponto, o limite da criatura, no agir e pensar, e além da linha, Deus infinito. É a inversão do símbolo, prevista já no símbolo... assino assim embaixo então ao esquema proposto por um escritor brasiliense que numa monografia acadêmica  fez um esquema colocando o Bem (que tomisticamente é o Ser que também é Deus) num campo expansivo infinito e o nada (que aristotelico-tomisticamente é o mal) num ponto central em relação a este Bem exterior e englobante. Como Deus é o absolutamente Ser, a realidade máxima (ou o maximamente real) e as criaturas são híbridos de ser e não-ser estão então, como ontologicamente inferiores, mais próximas deste ponto central. É meio confuso, e é preciso uma certa  sutileza entre estas duas aproximações, mas no geral a comparação é válida:
"Tal novo modelo tem a vantagem de reduzir o Nada ao que ele “é”, “algo” extremamente restrito, ou melhor, infinitamente restrito, isto é, nada! Quanto mais ao centro, mais semelhante, nada há mais igual entre si do que o Não-Ser. O Bem passa a ser expansivo, múltiplo, visualmente maior que o Mal. Na verdade infinito, com intermináveis possibilidades e manifestações, e por isso mesmo é Ser, é Positivo. Em parte isso era representado no modelo geocêntrico medieval, onde Deus estaria na nona esfera, externa, sendo então maior que o universo. Mas aqui isso não se aplica" ( origem)

Entenda então baseado no acima que quanto mais próximo ao núcleo gravitacional (núcleo metafísico e analógico), quanto mais ao ímo, mais relativa é a coisa, mais contingente, com menor grau ôntico, menos existente, com maior quantidade (ou qualidade) de não-ser no ser. O dantesco Alighiere fez um esquema assim, quando na Divina Comédia colocou o Capeta ( mais o Judas Escariotes e outros maliciosos requintados) no âmago da Terra, bem no miolo...


"- Levanta-te pois o caminho é longo. O dia já amanhece!
- Como amanhece? - perguntei-lhe - O tempo passou tão depressa assim? Como já pode ser dia se agora há pouco começava a noite? E me esclareças mais: onde está a geleira? E por que Lúcifer está de cabeça para baixo?
- Tu pensas que ainda estamos do outro lado. - disse-me o guia - Nós passamos pelo centro da terra, que puxa todo peso. Estamos agora embaixo do céu oposto, no hemisfério de água. Sob teus pés está uma pequena esfera, cujo lado oposto é ocupada pela Judeca. Se do outro lado anoitece, aqui o dia nasce." (difusão anterior)






Como já afirmei supra, estes  "centros e periferias" são comparações e símbolos de realidades metafísicas e não literalmente representantes do mundo mesmo , do globo da Terra, realmente eu percebo o nosso planeta (grosso modo) como se fosse um sol (gradualmente se resfriando)aprisionado por uma crosta de material rochoso e coberto por um lençol hídrico e  conseguinte por uma camada gasosa (vários cernes de materiais diferentes), tipo uma cebola... 


FONTE

A realidade é diferente também, do que romanceou Júlio Verne no "Viajem ao Centro da Terra " ou da Teoria da Terra Oca ...




Um romancista, Antoine de Saint Exupéry, conseguiu de forma única colocar de forma gráfica, porém em uma escala microscópica, com exatidão impressionante a nossa verdadeira situação colados aos planeta Terra pela "Gradivind" ...

Observe bem esta gravura do planetinha do Pequeno Príncipe, veja que ele está de cabeça para baixo, só que esta disposição  é um enquadramento de nosso ponto de vista  (nosso ponto gravitacional é outro que o dele)  para um habitante do asteróide ele mesmo não estaria assim, de ponta-cabeça,  o baixo dele, seria o chão, o alto o oposto do chão, não importando em qual ponto deste  objeto espacial ele estivesse localizado. Veja os vulcões em vários pontos, veja a rosa, nenhum está no alto ou em baixo. O baixo do ponto de vista do menino, seria o centro gravitacional do planeta, o alto a direção centrífuga em relação  a este núcleo atrator. Esqueça seus conceitos sobre sua posição no mundo!  Leia bem explicadinho sobre nossa localização no universo neste site aqui ... que foi de onde eu retirei estas ilustrações que explicam que o alto é para fora de um ponto gravitacional e o baixo para dentro, veja bem:



Figura 1


Figura 2



Extraio deste site que: "... aqui onde vivemos, subir significa se afastar do centro da Terra e descer significa se aproximar do centro da Terra. Como a Terra se parece com uma bola, cada pessoa vai ter um "para cima" e um "para baixo" que são somente dela. Até mesmo uma pessoa que esteja a seu lado terá um "para cima" e um "para baixo" que pertencem somente a ela e que são um pouquinho diferentes dos que pertencem a você. Nós chamamos isso de relatividade da vertical, porque Figura 1 - Pessoas de pé todas as linhas verticais se encontram no centro da Terra e, por isso, não são paralelas. Cada ponto da superfície da Terra tem sua própria vertical e nenhuma outra é igual a ela. Para entender isso direito, você deve saber que nós vivemos NO LADO DE FORA da Terra, pisando em sua superfície externa. Nós não estamos dentro da Terra, como muita gente pensa. Esta é uma dúvida que acompanha muita gente por toda a vida. Você não pode deixar que a mesma coisa aconteça com você. Então, tente entender direito as próximas explicações, porque elas são muito importantes. 





Olhe para a figura 1 e veja como as pessoas podem ficar de pé, cada uma em um lugar diferente da Terra, sem que ninguém caia no espaço. As setas foram colocadas para mostrar para onde a gravidade da Terra puxa. Cada seta é um "para baixo". Nenhuma seta está apontando para cima nem para os lados. Nenhuma pessoa da figura 1 está de cabeça para baixo nem virada de lado. Todas as pessoas estão de pé, cada uma exatamente como as outras. Em qualquer lugar do mundo, o chão fica sempre para baixo e o céu fica sempre para cima. Ninguém precisa passar cola nos pés para não despencar no espaço (como algumas crianças costumam dizer).
Não confunda a parte de baixo da figura com a parte de baixo da Terra, porque uma coisa nada tem a ver com a outra. Então, é errado dizer que o Pólo Sul fica embaixo da Terra, que o Hemisfério Norte fica acima do Equador, que o Hemisfério Sul fica Figura 2 - Foguetes subindo abaixo do Equador ou que os japoneses ficam de cabeça para baixo. Por isso, esqueça todas essas bobagens que você acabou memorizando, de tanto que escutou, porque está tudo errado mesmo.
Preste atenção aos foguetes da figura 2. Todos estão subindo na vertical (diretamente para cima), porque estão caminhando em direção ao espaço sideral. Se o motor de um deles falhar no início da decolagem, ele vai cair de volta no solo, porque a força de gravidade da Terra está puxando ele o tempo todo para baixo (para a Terra). Aquele foguete que está na parte de baixo da figura NÃO ESTÁ na parte de baixo da Terra. Ele está mesmo subindo, embora a figura faça parecer que ele está descendo. Mas ele não poderia estar descendo, porque está indo para o espaço, afastando-se cada vez mais da Terra. Para que ele estivesse descendo, ele deveria estar se aproximando da Terra. Para que ele estivesse embaixo da Terra, ele deveria estar enterrado no chão, em qualquer país. Conseguiu perceber?" (Fonte)

Não existe um chão, um sustentáculo plano,  firme, sólido, absoluto para todo o universo, cada planeta como um mundo cada um ( e parece que são bilhões só na nossa galáxia) e todas as nossas coordenadas de orientação espacial são relativas a seus respectivos  núcleos gravitacionais e cada núcleo deste é um baixo, cada planeta é, quase não metaforicamente, um  "buraco de 4 dimensões com fundo", não um buraco como um cilindro negativo em algum material mas um buraco como uma bola tridimensional no tecido do espaço-tempo, sendo o fundo do buraco o ponto cêntrico gravitacional. Se não existe um chão absoluto mas apenas chãos relativos, podemos concluir que:

...um feto não está de cabeça para baixo...








   Ele esta numa disposição em que sua cabeça aponta para o núcleo gravitacional da Terra. Teóricos fetos em outros planetas estariam com seus crânios voltados para bilhões (ou mais) de direções possíveis... assim como um selenita (teórico morador da lua)  estando parado em um determinado ponto em que seria nosso anticéfalo...




Antípodas





...ou um chinês que é nosso antípoda todos temos baixo e acima diferentes.









Os antigos tinham certas visões sobre a estrutura do universo que não batem com os conhecimentos atuais, vejamos penas uma: Atlas da mitologia grega...


Visão Hindu
  
 

ATLAS


Um humanóide (ou antropóide) supostamente divino sustenta o planeta Terra, mas agora sabemos, embasados  em todos os  conhecimentos  acima apresentados que tanto faria ele sustentar o mundo ou o mundo sustentar ele, na verdade é o mundo que puxa ele... assim:













Sabemos que qualquer suposto deus com forma, com figura que em si já é uma delimitação  não pode ser o Deus Verdadeiro que é Onipotente, Onisciente e Onipresente,  infinito pois, eterno e imutável, imaterial, ato puro, sem nada em si para ser atualizado ou em potencial, não tendo nada haver com visões mitológicas e nem podendo estar submetido a lei da gravidade quer sustentanto um peso, ou sendo puxado.  Mas o Dado Revelado (a Bíblia) apresenta também uma visão de mundo que não bate com o Google Earth:


SITE DE ORIGEM 

 
Leia um texto a respeito desta gravura acima  aqui



Concordo quase totalmente com o parecer deste autor... com sinceridade gostaria que a Bíblia dissesse algo sobre a Terra ser globular e sobre a gravidade, mas não diz nada,  antes porém ela repete toda a mundivisão dos hebreus e outros povos antigos... então, concordo como o parecer técnico do perito, é realmente assim que as coisas são, a Bíblia apresenta esta visão da estrutura da Terra. Mas minha discordância chega quanto ao ANTIcientífica em boa hora. Não pode a Bíblia ser anticientífica, no máximo acientífica. Por que? Porque está cosmovisão apresentando na gravura acima representa a visão que todos temos da mundo desde quando somos pequenos, um chão em forma de prato ou disco e um céu em forma de cúpula ou domo. Esta é uma visão do senso comum, imprecisa, como o próprio autor reconhece. Todos desde que nascemos estamos acostumados a esta visão do mundo não é verdade? Suba no prédio mais alto, na árvore gigante, ou monte mais elevado e olhe em todas as direções se não é esta a visão que teremos, ou seja, uma cúpula etérea  que se junta a um disco humífico na linha do horizonte que é circular? E  se  por exemplo começarmos a subir em um balão de ar, por muitas horas de subida (ou minutos conforme a velocidade) este disco do chão vai se manter por um bom período, somente em um determinado nível de altitude é que o disco começará a mostrar sua curvatura e gradualmente o disco ficará menor e lentamente se mostrará como uma esfera, após termos estado já a um distância considerável... de um certo ponto de vista é assim também que as coisas são. A Bíblia nos textos citados apenas refletiu ou  repetiu a visão que os muitos povos daquele tempo tinham a respeito do mundo, esta visão não veio como um luz revelada, um dado científico exato, aposto até mesmo que antes de a Bíblia ser escrita era assim que aqueles povos viam o mundo, porque Deus apresentaria desnecessariamente um conceito que mesmo hoje mesmo vendo o Google Earth, imagens ε etc, a maioria das pessoas não entenderiam (Tente explicar aos transeuntes que vivemos em cima de uma bola! ) Como o filósofo mesmo afirmou a Bíblia apresenta uma visão em linguagem poética, omitiu algumas informações como sobre o que o disco que é ο solo  circunscrito pelo horizonte circular se sustenta, mas não afirmou lendas que ai sim seriam anticientíficas...

         

                               










                                                                               Visão anticientífica, mitológica
Visão do senso comum, imprecisa
acientífica

Absolutum


(relativo, continua no próximo post)
    

8 comentários:

Marcus Valerio XR disse...

Ocorreu me há pouco um adendo à questão do potencial equívoco de supor o "centro de gravidade" como um ponto real, como se no interior do núcleo do planeta, existisse a geração e o pólo mesmo da Força Gravitacional, quando no entanto, ocorre o exato contrário. Isto é, no centro, não se sentiria gravidade alguma.
http://www.xr.pro.br/VISITANTES/visitantes821.html#828

Ocorreu-me porque me lembrei de certos visionários que concebem dispositivos anti-gravitacionais como se fossem plataformas, ou bases, sobre as quais objetos ficariam livres da ação da gravidade. Como se fosse possível subir em cima de uma plataforma, ativá-la, e flutuar livremente.

Nada mais enganoso.

Isso decorre exatamente dessa ilusão de tratar o centro do planeta como o núcleo gravitacional, porque assim, interrompendo-se essa quimérica conexão entre o objeto e o núcleo, eliminaria-se a força de atração!

Pensando bem, eu próprio me vi vítima deste equívoco ao conceber dispositivos antigravitacionais similares. Mas perdoo-me, pois até H.G.Wells cometeu tal erro, e penso que as experiências contemporâneas com dispositivos similares estão a cometer o mesmíssimo deslize, o que talvez explique porque só se reduz a gravidade em míseras frações.

Ora, construíndo-se tal mecanismo, ele só interromperia a ação direta de tudo o que estivesse abaixo dele, isto é, numa pequena área cilíndrica sobre a qual o dispositivo atuaria. Mas a Gravidade age em todas as direções e mesmo as coisas que estão ao nosso lado estão nos atraindo, assim, com esse dispositivo, toda a matéria que estivesse fora desse pequeno "túnel", que é imensamente maior, continuaria atuando, de modo que o aparelho só poderia mesmo anular uma fração quase insignificante, a não ser que possuísse dimensões de centenas de kms.

Não estamos sendo atraídos somente para baixo, mas também em diagonal, em todas as direções. Mesmo se ficássemos livres de toda matéria diretamente abaixo de nós, ainda seríamos puxados diagonalmente por toda parte, de modo que a resultante continuaria a nós puxar rumo ao centro.

Talvez tenha que rever minha noção de Deflexão Gravitacional.

ADGD disse...

Ok, obrigado pelas informações, talvez um bloqueador globular, uma bola em volta da pessoa bloqueasse as "cordas gravitacionais" tranversais e diagonais. Uma plataforma reta e retangular com certeza só bloquearia o empuxo gravitacional vertical. Obrigado pela ampliação de visão e refinamento de compreensão de um assunto tão complexo e instigante.

Juca disse...

"Com sinceridade gostaria que a Bíblia dissesse algo sobre a Terra ser globular e sobre a gravidade, mas não diz nada, "

Poder ser um trecho de um dos mais, ou o mais quem saber, livro do mundo?
Então o SENHOR disse a Satanás: Donde vens? E Satanás respondeu ao SENHOR, e disse: De rodear a terra, e passear por ela.
Jó 1:7

RODEAR:dar a volta no que é redondo, girar, etc. (por figura de linguagem (catacrese) atualmente usamos rodear até mesmo para algo quadrado, assim como embarcamos em avião, compramos azulejos vermelhos etc... mas a palavra rodear no texto esta no sentido de percorrer algo redondo.


Sobre a gravidade tem algumas coisas também, e só pra aguçar sua curiosidade tem até uma citação bastante curiosa sobre o número PI com excelente aproximação para a época ... boa leitura!

Anônimo disse...

Obrigado Juca pelas observações ao texto, e obrigado pelas informações novas quanto ao "RODEAR". Sou cristão e para mim não faz diferença o que a Bíblia diga com linguagem antiga, eu só gostaria que ele realmente dissesse algo que a ciencia confirmasse sobre a gravidade e a terra ser uma bola.!
Obrigado mais uma vez.

Guilherme Stecanella disse...

Isaías 40:22 – “Ele está assentado sobre o globo da terra, cujos moradores são como gafanhotos, que estende os céus como uma cortina, preparando como tenda para nela habitar”.

"Ele estende o norte sobre o vazio; suspende a terra sobre O NADA” (Jó 26:7)

Bom, aí está os versículos que você precisava ;)

Anônimo disse...

Gostei muito do blog. Sou cristã e me interesso pelas mesmas coisas.
O que você acha da ciência Noética ?

GRAVOSFERA disse...

Obrigado por apreciar o blog. Parabéns por ser Cristã. Como diria Santo Tomás, a Ciência e os Dados Revelados não são contraditórios, o cristianismo não é uma doutrina mas um fato que aconteceu, a vida, morte e ressurreição de Deus encarnado, um fato pode ser cientificamente comprovado ou impugnado. Este tem as provas testemunhais e escriturísticas para ser checado, e outras formas subjetivas. Quanto a ciência Noética pelo pouco que sei acho interessante. Mas não tenho nenhuma opinião formada. É curioso que este foi o post mais comentado. Por isso vou esclarecer o título estranho: A usina de almas é o universo físico que Deus criou para produzir em alguns corpos biológicos as almas, sejam humanas ou de outra natureza. As almas são criadas sequencialmente no tempo, ao contrario dos anjos cujo total foi criado por definitivo e uma vez para sempre. A terra por exemplo vem criando as substancias intelectuais humanas (almas) por muitos séculos ou milênios. Tinha muita coisa para explicar e é muito profundo. Ao contrário dos anjos, as almas só podem partir de um ínicio na matéria predisposta a recebe-las por um ato criador de deus, que cria a alma na materia sem ser materia e depois da materia. O cara que quer embargar, sabotar e abortar a Usina de Almas, é o Inimigo, Satanás o Diabo que tenta impedir não só a criação de corpos biológicos humanos como depois disso, desencaminhar e danar as almas que por ventura forem criadas. As almas são núcleos de consciência feitas a partir das coordenadas do mundo físico. Satanás quer destruir não só o mundo físico como ferrar com o objetivo destas entidades espirituais. Sei que não fui claro, mas não posso escrever muito agora por motivos pessoais. O mundo físico foi feitos para ser criar almas. Sem o mundo fisico só haveria anjos. Obrigado pela atenção

GRAVOSFERA disse...

Globo aqui pode ser traduzido por círculo também, E Deus suspende a terra sobre o nada como um garçon suspende uma bandeja redonda e chata na mão. Não como uma bola. Deus sentado numa bola?