segunda-feira, 19 de março de 2012

SUGESTÃO DE LIVRO 03/2012


OPERAÇÃO CAVALO DE TRÓIA 3

KENNERETH


Continuando na sequência de livros da série Operação Cavalo de Tróia (Veja os anteriores Um e Dois) J. J.Benítez empreende uma busca pela segunda parte do Diário do Major que estava na custódia de um guia turistíco em Jerusalém. Na parte final do livro anterior Jasão havia deixado um enigma em forma de verso que levou Benítez a uma busca pela Terra Santa em museus e ruínas na procura da tal segunda parte do Diário. Faça uma mixagem em um  liquidificador literário de Indiana Jones, As aventuras de Tintin, Sherlock Holmes e as estórias de Dan Brawn e terá um vislumbre do que passa J. J. Benitez, o autor-personagem até tomar posse do calhamaço escrito pelo Major da Força Aérea Norte Americana em uma missão secreta de viajem no tempo até a época em que Cristo vivia na Terra. (Lembrando que esta série começa no início da década de oitenta)  O primeiro 1/4 do livro (mais de 100 páginas) é dedicado a caça de Benitez pelo já mencionado diário tentando decifrar o criptograma deixado por Jasão no final da primeira parte. Benitez usa de todos os recursos arqueológicos, numerológicos, cabalísticos, históricos etc, se corresponde com peritos de várias partes do mundo na tentativa de decifrar o enigma. Ao final deste empreendimento começamos a mergulhar novamente na atmosfera bíblica até uma aproximação gradual ao Nazareno. Se na primeira parte deste livro terceiro Benitez "enrolou" a história até o começo da leitura do Diário, na segunda parte, mais 1/4 de páginas do total do livro ele "enrola" até o aparecimento do Galileu. Ele faz un tour pela Terra Santa, uma viajem em torno do Kennereth ou Mar de Tiberíades ou Mar da Galileia. Nós apresentas a orografia da região, as plantas, os animais, as cidades, os rios, os povos, os costumes, os utensílios, os barcos, as roupas, etc, foram mais de 100 páginas mergulhados no Israel antigo, e fechando "o cerco" cada vez mais na região da Galileia e se aproximando dos pescadores galileus...

KENNERETH / MAR DA GALILEIA / MAR DE TIBERÍADES / YHAM
Foi em volta deste lago que aconteceram alguns dos momento da  vida pública do Messias e algumas de suas aparições após a ressureição......................................
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Ok......Como eu perdi o acesso a internet umas duas semanas não deu para comentar até o fim este livro, pois já estou no Operação Cavalo de Tróia 5, tendo concluida a leitura do 4 (Nazareth), e como o volume de informação é muito grande, perdi o fio da meada na narrativa, pois não me lembro muito bem do restante deste livro aqui... Depois deste livro já  li mais 2 com mais ou menos 400 páginas.

















Mas mesmo assim continuo recomendando este romance com fundo bíblico, mesmo não apresentando um cristianismo ortodoxo, quisá seja mesmo um cristianismo. Muitas coisas interessantíssimas você poderá encontra neste livro 3. 
É isso aí
Até o próximo 

sexta-feira, 16 de março de 2012

ENSAIO 02/2012

                               FLASH DOMINICAL






“Assim como Cristo aceitou a morte corporal para dar-nos a vida espiritual, assim também suportou a pobreza temporal para dar-nos as riquezas espirituais.” - Santo Tomás de Aquino




Em uma missa recente ao contemplar o sacerdote erguendo a hóstia e o cálice com o vinho, cujo simbolismo não há necessidade de mais explicações, fiquei me indagando sobre o significado mais profundo, metafísico ou sua razão verdadeira, seu âmago ontológico, além daquele de ritual. Se foi uma luz do céu eu não sei, se fui eu mesmo que conclui também não tenho certeza, mas me veio a mente neste átimo de segundo, enquanto o padre erguia ao alto os emblemas (e nossos corações juntos) dois ensinamentos de dois  escritores de temas religiosos, que me deram uma visão do verdadeiro significado deste rito. Economizando caracteres não falemos nós sobre o significado exotérico e tradicional. Falemos em esoterismo cujo um nome importante foi Renê Guenon. Aquele rito que eu estava vendo era "uma execução de um símbolo", uma encenação de uma cosmovisão, uma analogia. Para os protestantes um memorial a Cristo. Para os católicos também mas com o adicional de que Cristo se faz presente substancialmente nos emblemas. Trata-se então de uma analogia de realidades maiores. Renê Guenon no capítulo dois do livro Simbolismo da Cruz - (1983) - fala sobre analogia metafísica e diz: 

 "...que toda verdadeira analogia deve ser aplicada em sentido inverso: é isto que representa o símbolo bem conhecido do “selo de Salomão”, formado pela união de dois triângulos opostos . Assim, por exemplo, do mesmo modo como a imagem num espelho é invertida em relação ao objeto, aquilo que é primeiro e maior na ordem principial é, ao menos aparentemente, o último e o menor na ordem da manifestação. Para fazermos uma comparação no campo da matemática, é assim que o ponto geométrico é quantitativamente nulo e não ocupa nenhum espaço, embora seja o princípio pelo qual se produz todo o espaço, que é o desenvolvimento ou a expansão de suas próprias virtualidades. É assim também que a unidade aritmética é o menor dos números se a colocamos diante da sua multiplicidade, mas é o maior em princípio, porque contém a todos virtualmente e produz toda a sua série pela simples repetição indefinida de si-mesma."

Dada esta fórmula e aplicando-a ao rito eucarístico ficou fácil entender o que estava ali se passando. É só inverter todos os elementos. Ao assimilar-mos Cristo aqui no temporal, será ele que nos assimilará no Eternal.  Sendo Cristo  um círculo pequeno (um "ponto geométrico") aqui no temporal (na ordem da manifestação na terminologia Guenoniana) será algo grandiosissímo, infinito no eterno.  Invertendo tudo, o que fazemos com Cristo, será o que ele fará conosco. Cristo se torna Carnal e nós o incorporamos, ao morrermos nos tornaremos espirituais e ele nos recolherá em si. Nossa alma imortal será a hóstia de Cristo.  Dada a fórmula guenoniana eu sintetizei com o que disse o filho de Olavo de Carvalho, o Luiz Gonzaga de Carvalho Neto em uma aula sobre religiões:


          "...O processo – só pra fazer uma comparação aqui – que o Cristo faz no Cristianismo é como que o inverso complementar disso. Ele não entrega uma parte do psiquismo Dele pra ficar conosco, mas Ele fala: “depois que você morrer, Eu recolherei o seu psiquismo em Mim, mesmo que você não tenha atingido a realização; e em Mim você atingirá”. É isso que é a salvação, a salvação sem mérito de que o Cristo fala. “Olha, o seu psiquismo estava em uma condição tal que ele seria deteriorado depois da morte; no entanto, depois que você morre, Eu pego este psiquismo e ponho no Meu ser, integro-o no Meu ser, e aí ele sobreviverá até ele atingir a mesma realização que sou Eu" (Veja a transcrição desta aula aqui

Este mesmo instrutor em outra aula    diz que os "Ritos são um conjunto de símbolos que o sujeito opera, e naquela operação ele recebe uma dose mínima do objeto que ele deseja no plano do transcendente...ritos são a operacionalização de símbolos...rito é um símbolo operando...um rito é um símbolo vivenciado. 

Guenon e Luiz Carvalho me ensinaram mas acho (talvez) que foi Deus que coordenou a síntese.


Nós incorporamos Cristo na Eucaristia aqui em baixo no mundo material, Ele "incorporará" nossa alma lá em cima no mundo espiritual. O que é pequeno aqui é maior lá e vice-versa, de acordo com a fórmula dita por Renê Guenon






Sem mais comentários... leia as indicações. Faça a catequese e a primeira comunhão.


ABSOLUTUM

quinta-feira, 8 de março de 2012

SUGESTÃO DE LIVRO 02/2012

OPERAÇÃO CAVALO DE TRÓIA 2  - (Massada)


Li então o próximo livro de J.J. Benítez na série O.C.T (Operação Cavalo de Tróia). (Veja o primeiro).
 Após conspirações internacionais, tramas e intrigas secretas envolvendo os governos dos E.U.A e a U.R.S.S. ambos jogando os árabes contra judeus e vice-versa, para ferrar com a distribuição de petróleo para Europa e Japão, o  livro nos relata a montagem de uma base conjunta judáico-americana no cimo de Massada em Israel de onde viaja novamente o "Berço" de volta no tempo para o ano 30 de nossa era comum. 
Massada - veja mais fotos neste link
Modelo de  Massada visto de cima
O motivo desta Segunda viagem no tempo é a  recuperação de uma escuta que Jasão havia deixado em um móvel próximo ao Mestre e seus discípulos  na famosa última ceia. Uma regra do pessoal da equipe  Cavalo de Tróia era que os viajantes não deveriam  alterar a história e nem deixar objetos do futuro no tempo passado. Outro razão da missão era observar com a "Vara de Moisés", desta vez com modificações técnicas,  observar o corpo glorioso do Messias, o corpo ressuscitado dele. A viajem no tempo trouxe dano para a saúde dos "crononautas". As células neurológicas de Jasão e seu companheiro Eliseu estavam em estado de aceleração da degeneração senil. Novamente disfarçado de comerciante grego Jasão se infiltra no grupo de discípulos do Galileu que após a morte do mesmo estavam perplexos e acuados em esconderijos, sem noção do que deveriam fazer em seguida. Como narram os evangelhos alguns aguardavam um evento fantástico outros não tinham fé que Jesus voltaria do mundo dos mortos. Jasão penetra furtivamente na tumba onde estava o corpo de Cristo e nota que os panos que envolviam o corpo permanecem no lugar e percebe que a forma como os tecidos estão dispostos é como se o corpo que continham tivesse sido aniquilado ainda dentro do envoltório e o tecido tivesse se "desinflado". O Major leva o "sudário" para o módulo e após algum tempo dados surpreendentes são revelados... mas não tenho tempo de digitar. A análise é exaustiva, milimétrica, atômica e etc, e descobre-se então que este pano é o...
Sudário de Turim , isso mesmo. Que uma pesquisa aprofundada seria uma interessante empreitada. Depois de devolver o pano no local onde os serviçais do Sinédrio tinham jogado primeiramente, o Major passa então a "perseguir" o Nazareno num tipo curioso de Triller ou suspense, um jogo de "gato e rato". Hora Cristo aparecendo aqui, hora ali, para indivíduos isolados e desacreditados até que num crescendo de expectativas frustradas e dúvidas lancinantes ele aparece para o grupo finalmente. Sem indiretas ou insinuações o autor descreve as aparições de Jesus como algum tipo de Holografia, sendo que até mesmo sua voz se mostra metálica como se fosse originada de um sintetizador. Uma forgicação, um teatro para enganar os cristão por dois milênios. A aparição final então mais misteriosa ainda deixo que você descubra ao ler, (se for ler). Esta eu não entendi ainda. A vara detecta que o corpo visualisado não tinha alguns orgãos como os demais corpos humanos...
Na página 446 Benitez introduz uma nota do autor, que reza, em parte: 

"...E antes de seguir adiante, uma advertência que não quero deixar de fazer: Como afirmo no princípio do Operação Cavalo de Tróia 2, alguns pontos que expomos a seguir são tão chocantes, que recomendaria aos leitores de idéias e princípios religiosos excessivamente conservadores que abandonassem a leitura. Cumprindo esta real advertência, passemos a essa parte dos documentos..."


Sejamos adultos. O autor foi sincero, foi honesto comigo, conosco. Eu sabia do que o livro tratava eu já tinha ouvido falar sobre quem era J.J. Benítez, eu conheço a teoria dos Astronautas divinizados. Mas não dei muito crédito a advertência pensando que o "chocante" seria teorias, doutrinas, ensinamentos, concepções metafisicas de realidades alternativas, heresia gnóstica, "verdades" científicas em confronto direto com a palavra de Deus, etc. Isto não choca ninguém! Agora o que ele faz após esta advertência é esculhambar com a concepção que temos de Maria a mãe do Senhor. Os católicos mais, os protestante menos, na graduação do afastamento do catolicismo, todos tem uma imagem beatífica de Maria. Mas transformar Maria numa revoluciónaria zelote, numa "sionista" nacionalista simpatizante de guerrilheiros é mesmo chocante! Ao ler os diálogos de Jasão com Maria, eu senti pela primeira vez, um impulso de abandonar este projeto de ler toda a série Cavalo de Tróia, mas assim como pediu o Major ajuda do céu para continuar a escrever eu peço para ler. Não ,não tenho medo de visões alternativas da realidade, acontece que o que o cara fez foi dar um ar de "mau caráter" a Nossa Senhora.  Se eu xingasse a mãe de Benitez seria mesmo chocante para ele. Isso não tem nada haver com cristãos caipiras, burrinhos, obscurantistas que tem medo da ciência, do conhecimento, tem a mente quadrada, bitolada, não é mesmo? Mas ninguém está me obrigando a ler, e isto é uma ficção. Coisas pavorosas se escreveram sobre a Virgem Santíssima e ele repetiu aqui, se ela era virgem ou não, etc, seu relacionamento com José e etc, isto tudo eu já tinha lido em outros lugares. Não havia necessidade... Ataque moral é um pouco diferente de ataque intelectual... Ele diz que o motivo de Jesus ter fugido para a Índia aos 12 anos(  e só voltando décadas depois) foi pressão de Maria para que Ele, o Messias, se unisse aos Zelotes, os amigos de Barrabás! Aff. Nada é puro para os impuros...


O Cristo Beniteziano não veio para livrar os homens da escravidão do pecado de origem, mas para dizer que todos são bonzinhos aprisionados num mundo mal e que pelo conhecimento galgarão estágios de aperfeiçoamento kardecista rumo a gostosura final (ai eu estou me achando!) onde sua vontade absoluta impere sobre o universo, inclusive sobre o próprio Deus. Que na verdade pensa que é Deus, mas é só um Demiurgo que contraria com seus escritos e representantes nossos anseios pessoais. Não à toa o major joga flores no provável sepulcro de Judas Iscariotes, e diz que sente uma atração por aleijados morais.


Câmbio Major! Foram 02 e contando.

Até o próximo!