terça-feira, 23 de outubro de 2012

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

ENSAIO 08/2012

SMYLE  X BAD BOY

Em um tardinha de neblina, enquanto estava lendo um dia, na mesa da cozinha, quando me debrucei sobre ela por alguns segundos, tive um "sonho-visão" curioso. Era o seguinte: Como naqueles clipes do Michael Jackson dos anos 80, sobre gangs em bairros pobres americanos, em uma rua enevoada vi surgir de dentro da neblina o rosto agressivo daquele simbolo do BAD BOY.  Realize: de dentro da neblina que envolve pilastras do estacionamento abandonado surge lentamente em sua direção o Bad Boy zangado (e de preferência com uma musica techno)...
Olha só como o cêrebro trabalha. Numa conversa rápida com  um conhecido ele tinha me dito que este símbolo era originário de uma gang de Nova Yorque que pinxava os muros do seu bairro com ele. Com certeza este comentário passageiro entrou como um dos componentes da fórmula deste sonho. Na época eu não sabia disto, mas como é de conhecimento geral este símbolo é só uma marca de produtos esportivos radicais. E a cara de mal é a de um combatente, um judoka, um carateca e etc, que com certeza não combateriam com a carinha de outro cara que falaremos mais à frente. E também esta cara não tem nada haver com gangs. Talvés apenas terciariamente.

Do outro lado do estacionamento em frente ao garoto mau de dentro da cerração com uma musiquinha techno, um pouco mais pop, avança o Smyle com um leve vinco no senho, um suave sorriso ironico, os característicos olhinhos ovais e a cor amarela... 
 A história do Smyle é mais antiga e ele representava tudo de bom, de alegria, felicidade, alto astral, até fazerem  a droga com formato dele e produzirem o filme de terror com um assassino pisocopata com os olhos e sorrisos copiando o dele. Mas ele sobreviveu.

Acredite-me ou não tive o sonho do Bad Boy e do Sorriso se confrontando em um duelo. Na verdade não chegaram a se confrontar, era só uma preparação, um encarando o outro, desafiando, como os duelos do velho oeste onde os pistoleiros se preparavam para atirar.  Então eu acordei antes da briga, foi um breve traillerzinho onírico.

Mas... sim, por falar nestes dois, neste exato momento me lembrei de algo que por associação é atraido ao núcleo do assunto. É mais um persongem-rosto que expressa simboliza e encarna uma emoção. Assim como o Bad Bay simboliza inicialmente a raiva combatente dos esportistas radicais e posteriormente deliquentes, assim também como o Smyle representava a alegria as pessoas boas, paz e amor bicho, etc, assim também um outro "persona-face" ganhou fama por representar uma das piores emoções humanas... o medo. Você acertou, é ele mesmo:
...


PROSSEGUE 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

DICA DE LIVRO

Otelo - William Shakespeare 

O professor de literatura e escritor Harold Bloom produziu o livro o Cânone Ocidental, que trata especificamente de literatura  ou mais precisamente de seus maiores escritores. Ele elege então o Espanhol Miguel de Cervantes (Dom Quixote), Dante Alighiere (Divina Comédia) e William Shakespeare como os maiores escritores de todos os tempos, o centro do cânone, e coloca este último, o Bardo, tão alto ao ponto de dizer que nunca mais será superado, que pode aparecer um quase igual mas nunca melhor. Ele diz também que os clássicos são diferentes dos outros livros e que seria melhor ler-mos os clássicos aos outros, evidentemente.  Aceitando a sugestão resolvi então ler Shakespeare. Já tinha lido Romeu e Julieta, e comecei então por OTELO. Não me arrependi. 

Bloom afirma no livro que  " se pudéssemos conceber um cânone universal, multicultural e multivalente, seu único livro essencial não seria uma escritura, a Bíblia, o Corão ou um texto oriental, mas antes Shakespeare, que é encenado e lido em toda parte, em todas as línguas e circunstâncias (pág. 45). Diz também que o núcleo da cultura ocidental são SHAKESPEARE-ARISTOTÉLES.

Um outro escritor argumentando sobre a importância dos clássicos diz que : "...Mas um clássico não é um livro para especialistas. É um livro que deu origem aos termos, conceitos e valores que usamos na vida diária e nos debates públicos. É um livro para o homem comum que pretenda ser o cidadão consciente de uma democracia. Clássicos são livros que criaram as noções de realidade e fantasia, senso comum e extravagância, razão e irrazão, liberdade e tirania, absoluto e relativo – as noções que usamos diariamente para expressar nossos pontos de vista." (aqui).


A história de Otelo é uma das Obras clássicas de Shakespeare  e confesso, nem imaginava do que se tratava, nem mesmo da televisão ou cinema, que gosta de produzir filmes e desenhos cujos roteiros são obras literárias clássicas. 


Otelo, um maioral em Veneza conquista a bela Desdêmona filha de Brabâncio outro poderoso local. Otelo, um guerreiro calejado e amigo de Brabâncio contava seus feitos castrenses em noitadas na casa de pai da jovem. ("O pai dela me tinha em grande apreço, e seguidas vezes convidava-me à sua casa... (contava-lhe) ...as batalhas, os cercos, as aventuras por que passei. E eu contava tudo, contando desde o dia de minha infância até aquele exato momento em que ele me pedia que lhe relatasse os fatos de minha vida...) e ela sempre que os afazeres permitia ouvia as historias meios inteiras meio aos pedaços. Então ela começa a se compadecer do  mouro Otelo e esta compaixão se transforma em paixão.  Ela  se  dirige a Otelo e pede para que lhe conte suas histórias e declara seus sentimentos. E que gostaria de ela mesma ter vivido estas façanhas sobre montanhas que tocavam os céus e canibais terríveis. Otelo sentindo-se como que consolado pelas condolências da jovem também retribui os sentimentos.  Foge então a alva Desdêmona com o negro Otelo. (Neste trecho até que se parece com Romeu e Julieta). Entra em cena então o pérfido Iago o alferes (sub-tenente) de Otelo, que fingi-se de seu amigo e leal subordinado mas nos recônditos de sua mente maligna trama maliciosamente uma vingança contra seu senhor. Iago odeia Otelo por ter sido preterido numa promoção de graduação militar. Otelo ao invés de promover a tenente Iago, promove Cássio. subordinado de Otelo. Iago Também imagina que Otelo teria sido amante de sua esposa, diz ele suspeitar do mouro ter visitado seus lençóis. E executaria sua vingança "esposa por esposa" e lhe poria, escrito literalmente na tradução portuguesa "um par de chifres". Se não ele próprio, através de outro, digamos, agente. Quando uma frota turca se desloca avançando na direção de Chipre Otelo é mandado para a Ilha na condição de Governador e protetor, seu alferes traidor vai junto, bem como sua esposa. 

 

 


 CONTINUA