O EVANGELHO SEGUNDO J. J. BENÍTEZ
Entramos na quaresma, antes dela neste último carnaval concluí a leitura de um livro que esperei uns 15 anos para começar. Trata-se de Operação Cavalo de Tróia de J. J. Benítez que conta a história de um major da força aérea norte-americana que a bordo de um módulo chamado "Berço" viaja do século XX para o ano 30 do século I e disfarçado de um comerciante grego se mescla clandestinamente no meio dos seguidores de Jesus Cristo. Um viajante fica no módulo estacionado em algum ponto do Monte das Oliveiras se comunicando com o major e passando por via comunicador implantado no ouvido do dito as informações liguísticas, arqueológicas, históricas, econômicas, teológicas, filosóficas, etc e coisa e tal que recebe de um computador chamado "Papai Noel " que fica dentro do Berço. O major recebe estas informações atravez de algum tipo de ponto eletrônico. Isto facilita a ele se desembaraçar no meio da cultura de Jerusalém desta época. Uma curiosidade é a "Pele de Serpente" que o Major cujo codinome na Missão é Jasão usa em todo o corpo, na verdade tratá-se de um spray que ele asperge em si por inteiro menos a cabeça , criando uma película tão resistente que é capaz de suportar um golpe de lança ou adaga. Esta pele é invisível.(E já inventaram uma pele de serpente na realidade) Outro artefato que Jasão usa é o "Bastão de Moisés" que possue embutido todo um sistema informático de recepção e armazenamento de dados. Filma, grava sons, possue um sistema de infravermelho e mais outras bugigangas, é com este cajado que O major ou Jasão acompanha a VIA CRUCIS de Cristo gravando tudo. O livro tem mais de 500 páginas sendo que o escritor é tão detalhista mas tão detalhista que chega a descrever as varizes de Pôncio Pilatos. O Livro é cheio de notas de rodapé com eruditismo histórico permeando toda a narrativva, o autor se baseou nos Evangelhos canônicos evidentemente, mas também nos evangelhos apócrifos, nos textos gnósticos (inclusive fez Jesus citar textualmente trechos destes evangelhos). Baseou-se também nos historiadores antigos, tipo Flávio Josefo... ...spoilers...
A primeira parte do livro lembra muito o Dan Brawn, com enigmas, bilhetes cifrados, buscas em monumentos e até perseguições de agentes secretos. Na sequência depois disto tudo a equipe da NASA monta uma base em Israel para se preparar para a vigem no tempo. Imagine-se esgueirando-se pelas vielas escuras atrás do traíra do Judas que saiu da Santa Ceia e foi procurar os chefes religiosos para entregar o Mestre ou colocando um mecanismo filmador no local da dita última ceia e terá uma prévia do que é Operação Cavalo de Tróia. Além de ter uma leve pitadinha de heresia gnóstica (pois Juan José Benítez tapou o buracos do Evangelho com todo o material disponível) ele insinua lá pelo meio do livro quando eu já tinha até me convencido de que o cara era cristão até a medula a teoria de que:
Isso mesmo, Jesus era um viajante intergalático ou interplanetario, insinuando levemente, sutilmente e devo dizer a bem da verdade com maestria que Eram os Deuses Astronautas. Estas ocasiões em que esta teorias são mencionadas são as: na hora em que Jesus está orando e suando sangue e prestes a ser capturado quando um anjo de botas espaciais lhe ministra ajuda naquele momento tão crucial e ao mesmo tempo o computador "Papai Noel" detecta uma objeto voador sobrevoando o morro das azeitonas. Outro momento é quando ocorre o terremoto narrado nos evangelhos após a morte de Cristo, sendo que, segundo os sensores do módulo foi uma explosão nuclear no subsolo a alguns quilômetros de Jerusalém que provocou o abalo sísmico. J. J. Benitez fere de morte então qualquer pretensão de uma conciliação de sua história com os evangelhos quando insinua que o corpo de Cristo após a morte foi desintegrado por tecnologia alienígena e uma clone tomou o seu lugar fingindo a ressureição.(confira 1 Coríntios 15:13-14, 17, 20 - "...se Cristo não ressucitou é vã a nossa fé...).
Você assistiu a Paixão de Cristo do Mel Gibson? Veja aí ao lado. Rapaz, o que J.J. faz com Jesus, ou fez com que judeus e romanos fizessem com Ele não é brincadeira, isto aí ao lado é só uns 10% do que aconteceu com o Cristo narrado no Operação Cavalo de Tróia. Chega ao limite do escatológico, do repugnante contado com linguagem médica (o tal Major/Jasão é médico) cada detalhe das feridas e hematomas do Nazareno. O major usa às veze umas lentes (as tais de crótalos) que permitiam e ele ver até os batimentos cardíacos de Cristo e tudo o que aquele sofrimento excruciante e paroxístico estava lhe causando pelo resto do organismo... (contava plaquetas, hematócritos, etc.) Minuto a minuto segundo a segundo Benitez nos faz participar da contagem regressiva até o "Meus Deus porque me desemparastes?" e a morte por asfixia e tetanização generalizada. O psicochoque para mim foi tal que fiquei alguns dias meio abalado.
Outra coisa que poderia elogiar no autor foi sua maneira de abordar a história. Ao invez de usar o narrador onisciente usou o recurso de contar em primeira pessoa (no caso o Major narra em seu diário oculto), ao fazer isto J.J. Benitez é obrigado a explicar todas as vias e canais em que a informação chega ao Major sem que ele esteja as vezes no local, quando a narração continua (como se fosse o recurso do narrador onisciente) é por que alguem enviado (ou não) pelo major estava no local como testemunha e isto provoca um rodopio incessante por vários pontos de vista dando ao enredo o aspecto de um inquérito policial em alguns momentos. Devo lembra ainda que se não me engano o Operação Cavalo de Tróia já tá no número 7 ou 8 nas continuações.
Como escritor, como escritor e expositor de uma narração, o autor deste livro merece uma nota 10.
Até o próximo!
A primeira parte do livro lembra muito o Dan Brawn, com enigmas, bilhetes cifrados, buscas em monumentos e até perseguições de agentes secretos. Na sequência depois disto tudo a equipe da NASA monta uma base em Israel para se preparar para a vigem no tempo. Imagine-se esgueirando-se pelas vielas escuras atrás do traíra do Judas que saiu da Santa Ceia e foi procurar os chefes religiosos para entregar o Mestre ou colocando um mecanismo filmador no local da dita última ceia e terá uma prévia do que é Operação Cavalo de Tróia. Além de ter uma leve pitadinha de heresia gnóstica (pois Juan José Benítez tapou o buracos do Evangelho com todo o material disponível) ele insinua lá pelo meio do livro quando eu já tinha até me convencido de que o cara era cristão até a medula a teoria de que:
Isso mesmo, Jesus era um viajante intergalático ou interplanetario, insinuando levemente, sutilmente e devo dizer a bem da verdade com maestria que Eram os Deuses Astronautas. Estas ocasiões em que esta teorias são mencionadas são as: na hora em que Jesus está orando e suando sangue e prestes a ser capturado quando um anjo de botas espaciais lhe ministra ajuda naquele momento tão crucial e ao mesmo tempo o computador "Papai Noel" detecta uma objeto voador sobrevoando o morro das azeitonas. Outro momento é quando ocorre o terremoto narrado nos evangelhos após a morte de Cristo, sendo que, segundo os sensores do módulo foi uma explosão nuclear no subsolo a alguns quilômetros de Jerusalém que provocou o abalo sísmico. J. J. Benitez fere de morte então qualquer pretensão de uma conciliação de sua história com os evangelhos quando insinua que o corpo de Cristo após a morte foi desintegrado por tecnologia alienígena e uma clone tomou o seu lugar fingindo a ressureição.(confira 1 Coríntios 15:13-14, 17, 20 - "...se Cristo não ressucitou é vã a nossa fé...).
Você assistiu a Paixão de Cristo do Mel Gibson? Veja aí ao lado. Rapaz, o que J.J. faz com Jesus, ou fez com que judeus e romanos fizessem com Ele não é brincadeira, isto aí ao lado é só uns 10% do que aconteceu com o Cristo narrado no Operação Cavalo de Tróia. Chega ao limite do escatológico, do repugnante contado com linguagem médica (o tal Major/Jasão é médico) cada detalhe das feridas e hematomas do Nazareno. O major usa às veze umas lentes (as tais de crótalos) que permitiam e ele ver até os batimentos cardíacos de Cristo e tudo o que aquele sofrimento excruciante e paroxístico estava lhe causando pelo resto do organismo... (contava plaquetas, hematócritos, etc.) Minuto a minuto segundo a segundo Benitez nos faz participar da contagem regressiva até o "Meus Deus porque me desemparastes?" e a morte por asfixia e tetanização generalizada. O psicochoque para mim foi tal que fiquei alguns dias meio abalado.
Outra coisa que poderia elogiar no autor foi sua maneira de abordar a história. Ao invez de usar o narrador onisciente usou o recurso de contar em primeira pessoa (no caso o Major narra em seu diário oculto), ao fazer isto J.J. Benitez é obrigado a explicar todas as vias e canais em que a informação chega ao Major sem que ele esteja as vezes no local, quando a narração continua (como se fosse o recurso do narrador onisciente) é por que alguem enviado (ou não) pelo major estava no local como testemunha e isto provoca um rodopio incessante por vários pontos de vista dando ao enredo o aspecto de um inquérito policial em alguns momentos. Devo lembra ainda que se não me engano o Operação Cavalo de Tróia já tá no número 7 ou 8 nas continuações.
Como escritor, como escritor e expositor de uma narração, o autor deste livro merece uma nota 10.
APROVADO |