terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

SUGESTÃO DE LIVRO 01/2012

O EVANGELHO SEGUNDO J. J. BENÍTEZ


Entramos na quaresma, antes dela neste último carnaval concluí a leitura de um livro que esperei uns 15 anos para começar. Trata-se de Operação Cavalo de Tróia de J. J. Benítez que conta a história de um major da força aérea norte-americana que a bordo de um módulo chamado "Berço" viaja do século XX para o ano 30 do século I e disfarçado de um comerciante grego se mescla clandestinamente no meio dos seguidores de Jesus Cristo. Um viajante fica no módulo estacionado em algum ponto do Monte das Oliveiras se comunicando com o major e passando por via comunicador implantado no ouvido do dito  as informações liguísticas, arqueológicas, históricas, econômicas, teológicas, filosóficas, etc e coisa e tal que recebe de um computador chamado "Papai Noel " que fica dentro do Berço. O major recebe estas informações atravez de algum tipo de ponto eletrônico. Isto facilita a ele se desembaraçar no meio da cultura de Jerusalém desta época. Uma curiosidade é a "Pele de Serpente" que o Major cujo codinome na Missão  é Jasão usa em todo o corpo, na verdade tratá-se de um spray que ele asperge em si por inteiro menos a cabeça , criando uma película tão resistente que é capaz de suportar um golpe de lança ou adaga. Esta pele é invisível.(E já inventaram uma pele de serpente na realidade) Outro artefato que Jasão usa é o "Bastão de Moisés" que possue embutido todo um sistema informático de recepção e armazenamento de dados. Filma, grava sons, possue um sistema de infravermelho e mais outras bugigangas, é com este cajado que O major ou Jasão acompanha a VIA CRUCIS de Cristo gravando tudo. O livro tem mais de 500 páginas sendo que o escritor é tão detalhista mas tão detalhista que chega a descrever as varizes de Pôncio Pilatos. O Livro é cheio de notas de rodapé com eruditismo histórico permeando toda a narrativva, o autor se baseou nos Evangelhos canônicos evidentemente, mas também nos evangelhos apócrifos, nos textos gnósticos (inclusive fez Jesus citar textualmente trechos destes evangelhos). Baseou-se também nos historiadores antigos, tipo Flávio Josefo...                 ...spoilers...
 A primeira parte do livro lembra muito o Dan Brawn, com enigmas, bilhetes cifrados, buscas em monumentos e até perseguições de agentes secretos. Na sequência  depois disto tudo a equipe da NASA monta  uma base em Israel para se preparar para a vigem no tempo. Imagine-se esgueirando-se pelas vielas escuras atrás do traíra do Judas que saiu da Santa Ceia e foi procurar os chefes religiosos para entregar o Mestre ou colocando um mecanismo filmador no local da dita última ceia e terá uma prévia do que é Operação Cavalo de Tróia. Além de ter uma leve pitadinha de heresia gnóstica (pois Juan José Benítez tapou o buracos do Evangelho com todo o material disponível) ele insinua lá pelo meio do livro quando eu já tinha até me convencido de que o cara era cristão até a medula a teoria de que:

Isso mesmo, Jesus era um viajante intergalático ou interplanetario, insinuando levemente, sutilmente e devo dizer a bem da verdade com maestria que Eram os Deuses Astronautas. Estas ocasiões em que esta teorias são mencionadas são  as: na hora em que Jesus está orando e suando sangue e prestes a ser capturado quando um anjo de botas espaciais lhe ministra ajuda naquele momento tão crucial e ao mesmo tempo o computador "Papai Noel" detecta uma objeto voador sobrevoando o morro das azeitonas. Outro momento é quando ocorre o terremoto narrado nos evangelhos após a morte de Cristo, sendo que, segundo os sensores do módulo foi uma explosão nuclear no subsolo a alguns quilômetros de Jerusalém que provocou o abalo sísmico. J. J. Benitez fere de morte então qualquer pretensão de uma conciliação de sua história com os evangelhos quando insinua que o corpo de Cristo após a morte foi desintegrado por tecnologia alienígena e uma clone tomou o seu lugar fingindo a ressureição.(confira 1 Coríntios 15:13-14, 17, 20 - "...se Cristo não ressucitou é vã a nossa fé...). 


Você assistiu a Paixão de Cristo do Mel Gibson? Veja aí ao lado. Rapaz, o que J.J. faz com Jesus, ou fez com que judeus e romanos fizessem com Ele não é brincadeira, isto aí ao lado é só uns 10% do que aconteceu com o Cristo narrado no Operação Cavalo de Tróia. Chega ao limite do escatológico, do repugnante contado com linguagem médica (o tal Major/Jasão é médico) cada detalhe das feridas e hematomas do Nazareno. O major usa às veze umas lentes (as tais de crótalos) que permitiam e ele  ver até os batimentos cardíacos de Cristo e tudo o que aquele sofrimento excruciante e paroxístico estava lhe causando pelo resto do organismo... (contava plaquetas, hematócritos, etc.) Minuto a minuto segundo a segundo Benitez nos faz participar da contagem regressiva até o "Meus Deus porque me desemparastes?" e a morte por asfixia e tetanização generalizada. O psicochoque para mim foi tal que fiquei alguns dias meio abalado.
Outra coisa que poderia elogiar no autor foi sua maneira de abordar a história. Ao invez de usar o narrador onisciente usou o recurso de contar em primeira pessoa (no caso o Major narra em seu diário oculto), ao fazer isto J.J. Benitez é obrigado a explicar todas as vias e canais em que a informação chega ao Major sem que ele esteja as vezes no local, quando a narração continua (como se fosse o recurso do narrador onisciente) é por que alguem enviado (ou não) pelo major estava no local como testemunha e isto provoca um rodopio incessante por vários pontos de vista dando ao enredo o aspecto de um inquérito policial em alguns momentos. Devo lembra ainda que se não me engano o Operação Cavalo de Tróia já tá no número 7 ou 8 nas continuações.
Como escritor, como escritor e expositor de uma narração, o autor deste livro merece uma nota 10.

APROVADO
Até o próximo!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

ENSAIO 01/2012

VÁ PROCURAR TUA TURMA
Ele é um camundongo conhecido no mundo todo e vive imerso em um universo com cidades (patópolis por exemplo) e "pessoas" todas especiais, com aventuras fascinantes e emoções divertidas. Um universo que somente fanáticos por desenhos animados e gibis podem abarcar totalmente. Ele é o Mickey Mouse, namorado da Minie e amigo do Pateta e Pato Donald. É perda de tempo digitar algo falando sobre ele pois a rede mundial de computadores está repleta de informações e imagens a seu respeito e de sua turma.  


É uma turma conhecida mundialmente como já falei mas poucas pessoas conhecem todos os personagens deste universo, como por exemplo o alien Esqualidus, um amigo do ratinho que aparece em poucos episódios da turma...

VEJA A FICHA DO SUJEITO AQUI
Ele se parece até com o homúnculo científico...
homúnculo

 ...mas talvez seja apenas recorrência randômica...

Outros personagens menos conhecidos com aparições menos frequentes você pode conhecer clicando neste link.

Outra turma, entre centenas, menos conhecida mundialmente, desta vez nacional  é a turma de Maurício de Sousa, a turma da Mônica que dispensa comentários. Também é um universo fechado e amplo...

Nem todos os personagens aparecem sempre...



 ...como é o caso de Penadinho e sua turma... 


Uma subturma em um universo próprio dentro da turma da Mônica. A propósito, foi Dumont ou os Wright que inventaram o avião?

Penadinho, Gasparzinho, hum...

 Mas ampliando o foco do particular para o genérico, além de personagens desconhecidos dentro de um universo particular existem também turmas quase que totalmente desconhecidas da maioria das pessoas e me diverti quando criança com algumas delas que sumiram no limbo do esquecimento ou ficaram restritas as comunidades que as conheciam. Não há aqui nenhuma pretensão de detectar algum padrão nelas, embora haja, não quero filosofar nem explica nada como fiz aqui, aqui e aqui apenas pretendo com este post resgatar do pretérito  turminhas e universos artísticos que fizeram parte de minha infância e adolescência e que hoje quase desapareceram, uma não foi feita para um público extenso mais para um em especial, outra não teve a expansão merecida, outras não sei  por que. desapareceram. Encare este resgate despretensioso apenas como uma nostalgia mágica...


1) Turma do Lambe-Lambe de Daniel Azulay...

Professor Pirajá
Cheguei a comprar alguns gibis desta turma que tinha a galinha Xicória e o elefante Bufunfa entre outros personagens como protagonistas. Foi uma fase muito rápida comprei algumas revistinhas que tinha histórias boas, o programa na TV também assisti algumas vezes. Que fim levou esta turma? E só ir no google e digitar... estou com preguiça.


2)Recruta Zero...

 
  O militar mais folgado, "macetoso", "liso" e "safo" do universo que "trabalhava" no quartel Swampy. Tenho lembranças dos gibis do Recruta Zero creio que desde uns 3 anos de idade. Nunca mais vi os gibis deste milico. Não faz mais sucesso...pelo menos na minha região. Eu pensava que o recruta pertencia ao militares da, na época já crepuscular, ditadura brasileira. 

Mas quer ver mesmo um personagem que vou retirar das camadas mais profundas de minha memória, nesta "anamnese arqueológica afetivo-literária"? Então vamos lá... 

O documento literário mais antigo que tive em mãos, na época em que me  lembro que minha mãe ainda me levava no colo foi o ALMANAQUE SADOL.  Eu não sabia ler (quando adquiri os primeiríssimos )mas olhava as figuras e pedia para ela decodificar para mim as mensagens ali contidas. Pegava esta revistinha (brochura) na farmácia no centro da cidade todo começo de ano. Era gratuita. Caramba cara! Tinha palavras cruzadas, piadas, quadrinhos, horóscopo, dicas de saúde, curiosidades etc... puxa, até me emocionei... 


Ainda distribuem o saudoso Almanaque Sadol? 

Mas estou divagando... este não é uma turma. E só para fixar que por volta desta mesma época, talvez antes em algum lugar de meu humilde passado travei conhecimento com um personagem literário estranho (neste texto gibi = literatura), diabólico, demoníaco, satânico, etc. Literalmente luciferínico. Eu não sabia de nada mas me lembro nitidamente, creio que tinha uns dois anos apenas, mais ou menos, talvez menos quando, não comprei, mas achei o primeiro gibi deste cidadão (dos infernos) aqui:


BRASINHA















3) Brasinha...

O que mais me chamava a atenção era a cor dele, e por usar fraudas sendo pois então um bebê diabo. O sujeito era irritadiço e queimava tudo com seu tridente. Politicamente incorretíssimo do ponto de vista cristão. Como é que deixavam publicar um gibi de um tipo como este? A polêmica em torno do personagem veja nestes links que fiz questão de amavelmente buscar para você: (A) (B) (C)  (D)

Parece até um filhote de Hell Boy... e fazendo um digressãozinha en passant, se o Brasinha é o diabo existe um personagem do Maurício de Sousa que é literalmente um anjo...
Anjinho da Turma da Mônica






4) Turma do Nosso Amiguinho...






Professor Sabino -Toda turma 
tem seu nerd.
Neste caso especialíssimo talvez você nunca tenha ouvido falar mesmo nesta turminha infantil adventista do sétimo dia.  Dirigida a um público restrito a princípio, mas podendo ser adquirida por qualquer um. Tive a assinatura dela por muitos anos durante minha infância e início da adolescência. Bem feita, educativa com personagens cativantes.
Recomendo a todos a assinatura para seus filhos com os colportores adventistas independente de que religião você pertença. Veja a alta qualidade da revistinha aqui: (Clube do Nosso Amiguinho).

E um comentário digressivo só de passagem...

Franginha da Turma da Mônica - toda turminha tem um nerd sabe-tudo


  ...fugindo um pouco do assunto, mas não muito , me ocorre agora que quase toda turminha tem um cientista inventor como por exemplo:
Professor Pardal do Walt Disney


                            
                              e o

Visconde de Sabugosa do Sítio do Pica-Pau Amarelo.

São alguns exemplos. Quando as histórias são localizadas temporalmente num passado mais remoto surge a figura do sábio/mago/astrólogo/alquimista:

Mestre do Magos


Druida do Asteri




É como eu já tinha comentado noutra postagem. O mundo atual (não o mundo literário) não comporta mais estas figuras últimas acima, que usavam poderes mágicos para manipularem a natureza e conhecimentos ocultos para orientarem seus amigos. Mesmo assim, não deixando de ser uma "ciência" como era a alquimia e a astrologia. Curiosa é a figura do profeta, que não tem poder nenhum, nem mágico nem muito menos tecnológico, sendo apenas um orientador moral, com mensagens do céu e no máximo no máximo com poder vidente, também dando do céu e não intrínseco a ele.

 

A figura do profeta quase não existe no mundo literário moderno. Quando muito apresenta-se mesclado a de um mago, bruxo, feiticeiro ou oráculo.


  A figura do profeta é (quase) exclusividade das religiões monoteísticas abraâmicas que como o nome diz começaram segundo a tradição com o patriarca Abrãao que deu origem ao judaísmo e influenciou o cristianismo e islamismo. A "industria cultural", Hollywood e etc parece que padecem de um certo preconceito para com esta figura. Também para com a produção de entretenimento que tenham como tema o mundo religioso judáico-cristão. Suponho que os filmes com referência a esta "zona cultural" sobre o raio de ação "abraâmico" seja de 0,01%. É um "Os 10 mandamentos"  aqui um "José no Egito" da Disney ali, esparsamente sem nunca uma superprodução moderna importante dentro deste quadro delimitado pela tradição "abraâmica" ou semítica. O último que vi foi o Paixão do Gibson e deu um auê danado. É uma barreira misteriosa que dá até para desconfiar. Com todos os recursos tecnológicos hodiernos na área cinematográfica já pensou se produzissem um filme do livro bíblico de Apocalipse ou A Revelação? Seria fantástico. Veja um exemplo do que uma facçãozinha cristã tentou fazer aqui embaixo e imagine o que Hollywood não poderia fazer:

O máximo que fazem neste sentido são filmes de deuses gregos e filmes medievais queimando a reputação da Igreja. Diante dos olhos posso até ver uma barreira obstaculizando o desenvolvimento da imaginação no sentido de absorver conteúdos "abraâmicos". Somente aqui ou ali um filme fura o bloqueio por serem menores do que as malhas que compõem a rede de aversão a filmes que vivifiquem os temas bíblicos ou até mesmo corânicos. Vão buscar no fundo do Hades os seres mitológicos mais desconhecidos para fazerem filmes, livros etc, mas rejeitam sistematicamente o universo imaginário que toque nem que seja de raspão no quadrante "abraâmico", só vazando a teia de censura um ou outro filminho esporadicamente. Parece até que é de propósito. 
Mas antes de voltarmos para as turminhas burlescas quero acrescentar que de Abrão a Jesus, passando por Moisés, de Mohamed a  Antonio Conselheiro, passando por Nostradamus, destaca-se a figura de um homem barbudo geralmente idoso, com um cajado, trazendo uma mensagem divina sobre o futuro que foi uma figura importante no passado mas que na cultura pop de hoje foi eliminado só sobrando os magos de quando o roteiro é ambientado no passado e os cientistas quando a história se passa na época atual.
Existe um outro motivo porém para não termos gibis com profetas mas termos com magos e cientistas. O motivo é que a magia e a tecnologia ampliam o campo de ação e paixão dos personagem. A tecnomagia permite aos personagens viverem situações exóticas viajarem no tempo e espaço, mudarem de forma, etc. O profeta é um Pai ameaçador, um Superego acusador, um arauto intimidador, um estraga prazer, isto diminui o seu encaixe em enredos. Mas  semelhante a tecnomagia às vezes além de prever o futuro o profeta age como instrumento de ação divina, uma força que não é tecnológica nem mágica atua e tem como antena o profeta...

Mas os enredos que a partir daí se escreverem terá que pressupor Deus usando o profeta seu enviado, o que não é necessário se pressupor com o mágico e nem com o cientísta. E estamos na nossa vida contidiana sem culpas. O profeta é um representante de Deus e seu poder vem dele, não de forças sutis sobrenaturais ou da natureza nos casos respectivos da magia e da tecnologia....

Mais se poderia falar sobre isto, mas é mister que se encere a postagem e voltar as turminhas. 

Dando um mergulho nas fossas abissais de minha memória eis a turminha mais antiga que me lembro, estava dando prioridade aos gibis e esta era da TV, mas  por ser a realmente a mais antiga, sem outra anterior vou apresentá-la. Me lembro bem, na época existia uma ameaça de um "satélite" que ia cair na terra e os noticiários estavam alertas, era o tal do Skylab ou Laboratório Espacial Americano. Nesta época tinha um programa em que a apresentadora era a Paula Saldanha...


...cujo nome do programa não me lembro, mas apresentava um desenho animado que após 36 anos ainda não esqueci embora realmente gostaria muito de deletar da memória:


ABSOLUTUM

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

ENSAIO 05/2011 (PARTE II)

EMBARGAREI, SABOTAREI, ABORTAREI TUA USINA DE ALMAS!



Na parte I deste texto mostrei como age a gravidade. De um certo ponto de vista é graças a ela que os planetas são como são. E devido ao fato de os planetas serem como são, os rios, mares, oceanos, ilhas, morros, planaltos, atmosfera e demais componentes inanimados da "fisis" são o que são.  Na sua constituição e figuras os elementos que dão a paisagem do planeta foram modelados graças a ação da gravidade (com a ajuda da força cinética e outras é claro).

A gravidade modela o universo. Toda a natureza é subordinada a ela e a configuração do mundo é no fundo  causa eficiente dela. Um exemplo: pela forma da terra que foi moldada pela gravidade é possível que haja água concentrada, pelo fato de a gravidade puxar esta água para a parte mais funda cria-se toda uma hidrodinâmica que gera as quedas d'aguas, os movimentos dos rios que são aproveitados pelo homem com as construções de hidroelétricas para a geração de energia eléctrica. Observe que neste caso da hidrelétrica foi a gravidade que puxou as águas para a parte mais baixa, mais próximo do "centro gravitacional' . Este movimento gravitacional,  o movimento da água na queda d'agua  rodaram as turbinas gerando energia elétrica. Mas a força inicial não foi hídrica, não exista a tal de energia hídrica foi a gravidade que gerou a energia elétrica usando como causa instrumental as águas amorfas que são movimentadas para a parte mais baixa. TODA A ENERGIA ELÉTRICA, DE TODAS AS USINAS ELÉTRICAS, QUE FOI GERADA, O FOI PELA AÇÃO DA FORÇA GRAVITACIONAL, QUE MOVEU A ÁGUA DE UM QUADRANTE MAIS ALTO PARA UM QUADRANTE MAIS BAIXO.  A Minha ciência física é um pouco capenga, mas vou tentar remediar. O que eu quero dizer é que a ação gravitacional gerou a força cinética das águas que movimentaram as turbinas que gerou eletricidade. O mesmo vale mais ou menos para a energia elétrica gerada pelos ventos, a chamada energia eólica. A dinâmica do calor do sol com o empuxo gravitacional movimenta o oceano atmosférico criando energia ao movimentarem os moinhos com turbinas. A gravidade está presente assim então como a causa ou uma das causas tanto na hidrodinâmica  dos líquidos  como na aerodinâmica dos gases que envolve o planeta (que por sua vez se formou pela mesma gravidade.) A configuração da natureza inanimada foi dada principalmente pela gravitação que aprisiona o capa gasosa e mantém uma rédea curta na camada líquida a puxando para o centro. E como é o caso do reino animal e vegetal, a "bio"?  Qual o efeito da gravidade sobre ela?

A gravidade molda tudo, o acima e o abaixo o para o lado e o para o outro, a esquerda e a direita. A hidrodinâmica resultante da composição química da água, de suas potencialidades passivas agindo nas estruturas biológicas resultou na convergência de configuração  destes seres vivos aí ao lado. (Tubarão-Ictiossauro- Golfinho) Um "Peixe, um "réptil" e um mamífero com estruturas diferentes internamente mas metaplasmados por fora numa predisponência adequativa ao ambiente. A gravidade molda porque ela é uma força de localização, ela condiciona a matéria prima, ela coordena a biomassa a partir de um ponto, ela cria as coordenadas de fatoração, de concrecionamento do mundo, da vida e influencia até a identidade humana. Está meio confuso mas vou tentar exemplificar. A localização no espaço, na Extensão, do Sol e da Terra, a distância entre a Terra e o Sol, a extensão da Terra, seu formato, todos estes fatores coordenados resultam em locais distintos, em zonas de temperatura distintas, zonas polares, zonas temperadas, zonas tropicais, montanhas, desertos, florestas, e a ação da "fisis" afeta também a "bio". Estas estruturas coordenantes dão os diferentes aspectos, formas e espécies em que os vegetais e animais se apresentarão conforme a zona, o quadrante em que ele se encontra no lugar geográfica da Terra.



Conforme a zona o planeta apresentará um clima diferente e este clima influenciado ainda pelo relevo geográfico transformará a biota em material dúctil, plástico que se moldará ao que encontrar exteriormente de acordo com o lugar no universo. O homem enquanto organismo psicofísico está parcialmente imerso neste malha intrincada de seres animados e inanimados. Um homem é uma pessoa, e uma pessoa tem uma parte intelectual e outra volitiva, uma identidade, uma individualidade que se formará no espaço abrangido pela "fisis" e pela "bio" . Estará de algum modo com a identidade condicionada a estes dois fatores. O mundo inanimado e seus locais, o mundo dos seres vivos e a reverberação que sofreu influenciado pelos locais. Mas o homem é formado também pela cultura, por um mundo que ele mesmo cria, uma placenta, uma capa que o separa da natureza, uma espécie de marsúpio artificial.  Esta cultura é por sua vez determinada em parte, condicionada em outra pelas zonas localizadas sobre o globo. Pelos QUADRANTES IDENTIFICADORES .

A natureza inamimada, o mundo mineral, as águas, os ventos, os desertos, as montanhas afetam a natureza animada, os vegetais e também os animais. Este conjunto "biofísico", a natureza em geral, afeta a cultura humana. Estas coordenadas naturais dão um certo contorno as coordenadas artificiais que envolvem o homem. Ele criará sua barreira contra a natureza usando os elementos que encontrar nesta  mesma natureza.








CONTINUA....

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

ENSAIO 05/2011

EMBARGAREI, SABOTAREI, ABORTAREI TUA USINA DE ALMAS!





Eu tinha um hábito que não recomendo, de desligar o motor da motocicleta enquanto estava em declive acentuado (na verdade em toda descida) para economizar combustível. Descia em "ponto morto", "na banguela", no neutro. Como sou fã de filmes de ficção científica e invento às vezes só por brincadeira de  chamar a coisas por termos técnicos, cientificóides, dizia para mim mesmo quando ia descendo na motocicleta... dizia  em minhas elucubrações que estava no MODO DE NAVEGAÇÃO GRAVITO-INERCIAL quando com o motor desligado sem nem uma força interna do mecanismo do veículo atuando eu mesmo assim continuava em movimento em minha viagem solitária. Um pouco de inércia residual  empurrava a motoca e a gravidade a puxava. E assim eu ia... Esta força que me puxava e me auxiliava na viagem enquanto eu rodava surfando sobre o asfalto sendo atraído ao centro da Terra, mas permanecendo em minha trajétoria pelo obstáculo do solo,  e avançando pela inércia e me mantendo firme pela distribuição do peso em equilíbrio sobre duas rodas alinhadas e também pela aerodinâmica do conjunto de moto e piloto cortando a massa de ar é a gravitação. Este jogo de forças complexas que me cercavam e envolviam possibilitavam um vislumbre de algo maior do que a mera visão de toda aquelas paisagens, me possibilitavam entender que toda aquela matéria que eu via e que era até mesmo a parte potencial de meu ser só existiam por causa da GRAVIDADE. Planetas, sóis e galáxias são enformados pela gravidade, na verdade é a gravidade que ordena o universo na sua configuração, é ela como uma ação de uma " alma do cosmos". Diz São Tomaz algures em sua obra que Deus criou do nada o mundo instantaneamente em estado caótico, uma matéria-prima plástica e dúctil com potencialidades infinitas em reflexo de sua omnipotência mas modelou o mundo por etapas sucessivas chegando a forma que tem hoje. Creio que a gravitação foi uma das mais importantes causas desta formação. A propósito, um autor até mesmo fez um romance virtual em que a gravidade é uma divindade.  Para ter uma noção do que seja a gravidade veja aqui e aqui (GRAVIDADE (1) (2) (3) (4)).
Escreveu Aristóteles que gravidade é o oposto de leviandade, ou seja, o que é grave, sério, pesado, desce e o que é leviano levita,  sobe. Os planetas que são "redondos" apresentam um núcleo gravitacional que é para onde toda a matéria em volta se desloca. Quando estou na superfície da Terra, e isso já faz 37 anos, estou enquadrado dentro de uma imensa estrutura, uma enorme configuração natural que dá sentido ao meu mundo exterior e interior. A gravidade atrai meus pés para o solo e me impede de ir na direção oposta, ou seja, na direção do prolongamento de minha cabeça, sendo assim surge dois vetores direcionais que começam a dar significado à matéria em minha volta e ao mundo ideal-simbólico em que também estou ambientado. O ponto que puxa meus pés num vetor para si foi denominado para baixo, embaixo, para onde tudo naturalmente tende, para onde as coisas caem, descem, o término final dos objetos materiais, menos os gases. Esta região onde os corpos buscam seu descanço, para onde as pedras rolam, os rios correm, os líquidos e sólidos se acomodam, que me atrai também, me puxa, me suga, como um raio trator (sempre achei que os fictícios raios tratores deveriam ser baseados em alguma espécie de manipulação de gravidade localizada)  por ser mais próxima aos meus pés, meus órgãos de  deambulação limitados apenas a me deslocar de um lugar para outro ao contrário dos meus outros dois membros com funções múltiplas de manipulação infinita de objetos (pintura, escultura, escrita, cozinha, porrada, etc), baseado nisto os órgãos de locomoção ficaram como inferiores e os braços como superiores, mais nobres, mais importantes. Sendo assim o ponto de termino  que me atrai por estar mais próximo às coisas menos nobres, ou estas coisas menos nobres estarem mais próximas a ele, este ponto apesar de ser a causa de tudo  simbolicamente começa a ser uma coisa inferior, o embaixo, foi rebaixado. Minhas pernas, meus orgãos de excreção e reprodução por estarem mais perto deste ponto  foram consideradas inferiores( baixo-ventre) em oposição as minhas mãos e cabeça, o local que teoricamente é a sede de meus pensamentos. Metaforicamente tudo o que estava embaixo foi associado ao inferior e o encima ao superior,  o grosseiro e o sofisticado, o profano e o sagrado, etc foram esquematizados nesta percepção espacial. Daí tudo foi se formando no mundo simbólico, sem falar nas outras direções espaciais. Embaixo, encima, à frente, átras, direita, esquerda, deslocamento horizontal, vertical, diagonal, etc só podem ser percebidos e ter algum significado para alguém a partir de no mínimo um ponto de referência, de um centro de apego, de um núcleo físico-geométrico. Se por um acaso fossemos enviados em uma missão exploratória e "descêssemos" em um meteoro rochoso para estabelecer uma colônia, uma fazenda espacial, a partir de um certo tempo, ao se apagar da memória as referências naturais e simbólicas de nosso planeta original começaríamos a criar uma nova cosmovisão, uma nova compreensão de todo o universo à partir deste ponto original, como os indígenas na Terra, começaríamos a explicar o social, o psicológico, o cosmológico, o teológico e etc baseados nos acidentes geográficos do asteróide, nas constelações do "céu" de nosso "B612". O centro da Sistema Solar tem por ponto gravitacional e referencial o sol (O Sol, o nosso sol, deveria ter um nome próprio, tipo: Hélio o nosso sol), e assim sucessivamente ampliado em escala todos tem seu centro; galáxia, aglomerados, etc, apenas o universo total, infinito não têm um centro, ou qualquer ponto pode ser seu centro. (ok redator invisível... você venceu..)


DEUS É O OPOSTO DE UM PONTO

 Os tradicionalistas (e o Dan Brawn ) que me perdoem mas não concordo com o simbolo do circumponto como representando Deus, a eternidade como o ponto imóvel e o orbital em movimento como o temporal. Me explico: Imagine o universo estando vazio, que se expande em todas as direções infinitas, não o universo real, pois os cientistas não chegaram a um consenso de como ele é, mas um espaço ideal-geométrico, o infinito imaginário nosso. Nesse local não tem mais advérbios e preposições pois não existe um ponto espaço-temporal para que termos adverbiais e proposicionais e etc sejam referendados: sob o que? Sobre onde? Ao lado? Em frente? Perde totalmente o sentido nossa linguagem sem uma âncora no espaço-tempo, sem algum ponto de relação. Um ponto para mim é o simbolo do particular, de localizado, uma coisa delimitada de onde podemos valorar algo, um simbolo da criatura. Por exemplo: Para localizarmos um  endereço traçamos o raio de busca à partir de um ponto de referência que é mais destacado como por exemplo na cidade: Supermercados, praças, monumentos e etc, no campo: riachos, árvores, rochedos e etc. Mas estes pontos de referências embora sejam mais destacados, mais importantes são relativos também, contingentes. É como o sol para nós. Para localizarmos algum planeta buscamos primeiro referenciá-lo à estrela que ele orbita  daí o encontramos no seu endereço espacial. O sol pode ser importante para NOSSA VIDA, em relação a nós para o restante do Cosmo ele não passa de uma partícula ínfima de pó. (Como isso, essa coisinha, o sol, pode significar Deus? Deus é um pontinho, uma partícula? mesmo sendo um pontinho de Luz?)  A estrela perdida entre miríades que é o nosso sol representa Deus por uma analogia imperfeita em concessão a nós. Em relação a nós, o maior é deus para o menor, mas esse maior relativo para a totalidade é nada. Deus é absoluto é só pode ser representado por um ponto orbitado por condescendência. Deus se humilha ao se deixar representar por relativos, contingentes, se rebaixa, encarna para possibilitar uma mínima compreensão de Sua existência. Assim como o sol é deus para nós em relação à nós o circumponto é um simbolo imperfeito uma analogia canhestra para compreendermos que no temporal o mais importante simboliza, aponta o absolutamente, totalmente importante. Mas este mais importante é só uma coisinha, um pontinho relativo como todos os outros. Entendeu minha birra com o circumponto? Mais um exemplo então: Meu pai biológico era para mim, quando eu era criança um super-herói, uma pessoa de valor e importância monstruosa (Deus te abençoe pai!) mas para a população era um Zé-ninguém, um coitado. É como o sol fonte de vida e luz para os terráqueos.  Na Via Láctea é um pé-raspado. Nós criaturas só podemos compreender as coisas relativamente, isto quer dizer que em tudo que pensamos e fazemos precisamos de um fio de prumo que parte de algo embora relativo, porém maior. Um eixo valorativo. Por uma inversão conceptual por um reflexo invertido (redundância, pois todo reflexo é invertido) Deus é o oposto de um ponto, é o campo total em volta do ponto, é a extensão completa que a partir do ponto se expande em todas as direções. Proponho uma nova compreensão do circumponto. O ponto é a criatura, nós, o campo em volta do circulo orbital é a parte do Deus que podemos entender, a região ontológica que podemos compreender e experenciar, a linha em volta do campo e do ponto, o limite da criatura, no agir e pensar, e além da linha, Deus infinito. É a inversão do símbolo, prevista já no símbolo... assino assim embaixo então ao esquema proposto por um escritor brasiliense que numa monografia acadêmica  fez um esquema colocando o Bem (que tomisticamente é o Ser que também é Deus) num campo expansivo infinito e o nada (que aristotelico-tomisticamente é o mal) num ponto central em relação a este Bem exterior e englobante. Como Deus é o absolutamente Ser, a realidade máxima (ou o maximamente real) e as criaturas são híbridos de ser e não-ser estão então, como ontologicamente inferiores, mais próximas deste ponto central. É meio confuso, e é preciso uma certa  sutileza entre estas duas aproximações, mas no geral a comparação é válida:
"Tal novo modelo tem a vantagem de reduzir o Nada ao que ele “é”, “algo” extremamente restrito, ou melhor, infinitamente restrito, isto é, nada! Quanto mais ao centro, mais semelhante, nada há mais igual entre si do que o Não-Ser. O Bem passa a ser expansivo, múltiplo, visualmente maior que o Mal. Na verdade infinito, com intermináveis possibilidades e manifestações, e por isso mesmo é Ser, é Positivo. Em parte isso era representado no modelo geocêntrico medieval, onde Deus estaria na nona esfera, externa, sendo então maior que o universo. Mas aqui isso não se aplica" ( origem)

Entenda então baseado no acima que quanto mais próximo ao núcleo gravitacional (núcleo metafísico e analógico), quanto mais ao ímo, mais relativa é a coisa, mais contingente, com menor grau ôntico, menos existente, com maior quantidade (ou qualidade) de não-ser no ser. O dantesco Alighiere fez um esquema assim, quando na Divina Comédia colocou o Capeta ( mais o Judas Escariotes e outros maliciosos requintados) no âmago da Terra, bem no miolo...


"- Levanta-te pois o caminho é longo. O dia já amanhece!
- Como amanhece? - perguntei-lhe - O tempo passou tão depressa assim? Como já pode ser dia se agora há pouco começava a noite? E me esclareças mais: onde está a geleira? E por que Lúcifer está de cabeça para baixo?
- Tu pensas que ainda estamos do outro lado. - disse-me o guia - Nós passamos pelo centro da terra, que puxa todo peso. Estamos agora embaixo do céu oposto, no hemisfério de água. Sob teus pés está uma pequena esfera, cujo lado oposto é ocupada pela Judeca. Se do outro lado anoitece, aqui o dia nasce." (difusão anterior)






Como já afirmei supra, estes  "centros e periferias" são comparações e símbolos de realidades metafísicas e não literalmente representantes do mundo mesmo , do globo da Terra, realmente eu percebo o nosso planeta (grosso modo) como se fosse um sol (gradualmente se resfriando)aprisionado por uma crosta de material rochoso e coberto por um lençol hídrico e  conseguinte por uma camada gasosa (vários cernes de materiais diferentes), tipo uma cebola... 


FONTE

A realidade é diferente também, do que romanceou Júlio Verne no "Viajem ao Centro da Terra " ou da Teoria da Terra Oca ...




Um romancista, Antoine de Saint Exupéry, conseguiu de forma única colocar de forma gráfica, porém em uma escala microscópica, com exatidão impressionante a nossa verdadeira situação colados aos planeta Terra pela "Gradivind" ...

Observe bem esta gravura do planetinha do Pequeno Príncipe, veja que ele está de cabeça para baixo, só que esta disposição  é um enquadramento de nosso ponto de vista  (nosso ponto gravitacional é outro que o dele)  para um habitante do asteróide ele mesmo não estaria assim, de ponta-cabeça,  o baixo dele, seria o chão, o alto o oposto do chão, não importando em qual ponto deste  objeto espacial ele estivesse localizado. Veja os vulcões em vários pontos, veja a rosa, nenhum está no alto ou em baixo. O baixo do ponto de vista do menino, seria o centro gravitacional do planeta, o alto a direção centrífuga em relação  a este núcleo atrator. Esqueça seus conceitos sobre sua posição no mundo!  Leia bem explicadinho sobre nossa localização no universo neste site aqui ... que foi de onde eu retirei estas ilustrações que explicam que o alto é para fora de um ponto gravitacional e o baixo para dentro, veja bem:



Figura 1


Figura 2



Extraio deste site que: "... aqui onde vivemos, subir significa se afastar do centro da Terra e descer significa se aproximar do centro da Terra. Como a Terra se parece com uma bola, cada pessoa vai ter um "para cima" e um "para baixo" que são somente dela. Até mesmo uma pessoa que esteja a seu lado terá um "para cima" e um "para baixo" que pertencem somente a ela e que são um pouquinho diferentes dos que pertencem a você. Nós chamamos isso de relatividade da vertical, porque Figura 1 - Pessoas de pé todas as linhas verticais se encontram no centro da Terra e, por isso, não são paralelas. Cada ponto da superfície da Terra tem sua própria vertical e nenhuma outra é igual a ela. Para entender isso direito, você deve saber que nós vivemos NO LADO DE FORA da Terra, pisando em sua superfície externa. Nós não estamos dentro da Terra, como muita gente pensa. Esta é uma dúvida que acompanha muita gente por toda a vida. Você não pode deixar que a mesma coisa aconteça com você. Então, tente entender direito as próximas explicações, porque elas são muito importantes. 





Olhe para a figura 1 e veja como as pessoas podem ficar de pé, cada uma em um lugar diferente da Terra, sem que ninguém caia no espaço. As setas foram colocadas para mostrar para onde a gravidade da Terra puxa. Cada seta é um "para baixo". Nenhuma seta está apontando para cima nem para os lados. Nenhuma pessoa da figura 1 está de cabeça para baixo nem virada de lado. Todas as pessoas estão de pé, cada uma exatamente como as outras. Em qualquer lugar do mundo, o chão fica sempre para baixo e o céu fica sempre para cima. Ninguém precisa passar cola nos pés para não despencar no espaço (como algumas crianças costumam dizer).
Não confunda a parte de baixo da figura com a parte de baixo da Terra, porque uma coisa nada tem a ver com a outra. Então, é errado dizer que o Pólo Sul fica embaixo da Terra, que o Hemisfério Norte fica acima do Equador, que o Hemisfério Sul fica Figura 2 - Foguetes subindo abaixo do Equador ou que os japoneses ficam de cabeça para baixo. Por isso, esqueça todas essas bobagens que você acabou memorizando, de tanto que escutou, porque está tudo errado mesmo.
Preste atenção aos foguetes da figura 2. Todos estão subindo na vertical (diretamente para cima), porque estão caminhando em direção ao espaço sideral. Se o motor de um deles falhar no início da decolagem, ele vai cair de volta no solo, porque a força de gravidade da Terra está puxando ele o tempo todo para baixo (para a Terra). Aquele foguete que está na parte de baixo da figura NÃO ESTÁ na parte de baixo da Terra. Ele está mesmo subindo, embora a figura faça parecer que ele está descendo. Mas ele não poderia estar descendo, porque está indo para o espaço, afastando-se cada vez mais da Terra. Para que ele estivesse descendo, ele deveria estar se aproximando da Terra. Para que ele estivesse embaixo da Terra, ele deveria estar enterrado no chão, em qualquer país. Conseguiu perceber?" (Fonte)

Não existe um chão, um sustentáculo plano,  firme, sólido, absoluto para todo o universo, cada planeta como um mundo cada um ( e parece que são bilhões só na nossa galáxia) e todas as nossas coordenadas de orientação espacial são relativas a seus respectivos  núcleos gravitacionais e cada núcleo deste é um baixo, cada planeta é, quase não metaforicamente, um  "buraco de 4 dimensões com fundo", não um buraco como um cilindro negativo em algum material mas um buraco como uma bola tridimensional no tecido do espaço-tempo, sendo o fundo do buraco o ponto cêntrico gravitacional. Se não existe um chão absoluto mas apenas chãos relativos, podemos concluir que:

...um feto não está de cabeça para baixo...








   Ele esta numa disposição em que sua cabeça aponta para o núcleo gravitacional da Terra. Teóricos fetos em outros planetas estariam com seus crânios voltados para bilhões (ou mais) de direções possíveis... assim como um selenita (teórico morador da lua)  estando parado em um determinado ponto em que seria nosso anticéfalo...




Antípodas





...ou um chinês que é nosso antípoda todos temos baixo e acima diferentes.









Os antigos tinham certas visões sobre a estrutura do universo que não batem com os conhecimentos atuais, vejamos penas uma: Atlas da mitologia grega...


Visão Hindu
  
 

ATLAS


Um humanóide (ou antropóide) supostamente divino sustenta o planeta Terra, mas agora sabemos, embasados  em todos os  conhecimentos  acima apresentados que tanto faria ele sustentar o mundo ou o mundo sustentar ele, na verdade é o mundo que puxa ele... assim:













Sabemos que qualquer suposto deus com forma, com figura que em si já é uma delimitação  não pode ser o Deus Verdadeiro que é Onipotente, Onisciente e Onipresente,  infinito pois, eterno e imutável, imaterial, ato puro, sem nada em si para ser atualizado ou em potencial, não tendo nada haver com visões mitológicas e nem podendo estar submetido a lei da gravidade quer sustentanto um peso, ou sendo puxado.  Mas o Dado Revelado (a Bíblia) apresenta também uma visão de mundo que não bate com o Google Earth:


SITE DE ORIGEM 

 
Leia um texto a respeito desta gravura acima  aqui



Concordo quase totalmente com o parecer deste autor... com sinceridade gostaria que a Bíblia dissesse algo sobre a Terra ser globular e sobre a gravidade, mas não diz nada,  antes porém ela repete toda a mundivisão dos hebreus e outros povos antigos... então, concordo como o parecer técnico do perito, é realmente assim que as coisas são, a Bíblia apresenta esta visão da estrutura da Terra. Mas minha discordância chega quanto ao ANTIcientífica em boa hora. Não pode a Bíblia ser anticientífica, no máximo acientífica. Por que? Porque está cosmovisão apresentando na gravura acima representa a visão que todos temos da mundo desde quando somos pequenos, um chão em forma de prato ou disco e um céu em forma de cúpula ou domo. Esta é uma visão do senso comum, imprecisa, como o próprio autor reconhece. Todos desde que nascemos estamos acostumados a esta visão do mundo não é verdade? Suba no prédio mais alto, na árvore gigante, ou monte mais elevado e olhe em todas as direções se não é esta a visão que teremos, ou seja, uma cúpula etérea  que se junta a um disco humífico na linha do horizonte que é circular? E  se  por exemplo começarmos a subir em um balão de ar, por muitas horas de subida (ou minutos conforme a velocidade) este disco do chão vai se manter por um bom período, somente em um determinado nível de altitude é que o disco começará a mostrar sua curvatura e gradualmente o disco ficará menor e lentamente se mostrará como uma esfera, após termos estado já a um distância considerável... de um certo ponto de vista é assim também que as coisas são. A Bíblia nos textos citados apenas refletiu ou  repetiu a visão que os muitos povos daquele tempo tinham a respeito do mundo, esta visão não veio como um luz revelada, um dado científico exato, aposto até mesmo que antes de a Bíblia ser escrita era assim que aqueles povos viam o mundo, porque Deus apresentaria desnecessariamente um conceito que mesmo hoje mesmo vendo o Google Earth, imagens ε etc, a maioria das pessoas não entenderiam (Tente explicar aos transeuntes que vivemos em cima de uma bola! ) Como o filósofo mesmo afirmou a Bíblia apresenta uma visão em linguagem poética, omitiu algumas informações como sobre o que o disco que é ο solo  circunscrito pelo horizonte circular se sustenta, mas não afirmou lendas que ai sim seriam anticientíficas...

         

                               










                                                                               Visão anticientífica, mitológica
Visão do senso comum, imprecisa
acientífica

Absolutum


(relativo, continua no próximo post)