terça-feira, 26 de junho de 2012

SUGESTÃO DE LEITURA 06/2012

OPERAÇÃO CAVALO DE TRÓIA 08



Conclui a leitura do oitavo livro de J. J. Benítez da série Operação Cavalo de Tróia e gostaria de deixar minha recomendação para o hipotético leitor deste blog a leitura desta série. Gostei da série (ainda falta o último livro) por nos permitir um mergulho realista  na Palestina antiga, obra de arte de Benitez. Por aumentar a cultura bíblica do leitor e de certa forma fazer com que Jesus Cristo (Benítez nunca usa o Cristo mas Jesus de Nazaré) se torne mais real em nossa imaginação. Pretendo ler novamente o primeiro livro pois foi o que mais gostei.

Somente advirto ao leitor cristão para duas coisas:

1) A tese de que os Deuses eram astronautas que Benitez endossa com sutileza e elegância introduzindo-a gentilmente na trama com fineza. Jesus ET, entendeu?
2) O virus gnóstico da confusão do Eu com Deus, e do controle absoluto do Ego sobre a realidade (impiedade). O Cristo de Benitez doutrinariamente não é Cristão. É Gnóstico.

(A teologia de Benitez é sôfrega e sua metafísica é de lascar). É uma amputação da capacidade abstrativa das pessoas modernas diagnosticada por Mário Ferreira dos Santos.


Isolando estes dois defeitos e só aproveitar.




A propósito isto me lembrou de que muito do que li em Benitez não era novidade pois a cultura bíblica ali impregnada eu já vislumbrava nas matérias das revistinhas A Sentinela e Despertai! das Testemunhas de Jeová (gnósticas por seu turno) Foi mais um resgate das conexões sinápticas e engramas adquiridos em anos de leitura daquelas revistinhas quando eu próprio era uma Testemunha de Jeová (Oh! não me leia Ancião!). Embora devamos considerar elas Cristãs. (Não vou salivar no recipiente em que me alimentei.) têem uma certa contaminação doutrinal.



Da próxima vez em que as T.J. lhe oferecerem um revista aceite e leia as matérias "internas",  recomendo.

Até mais.

P.S: ainda hoje eu leio as revistas...


terça-feira, 10 de abril de 2012

ENSAIO 03/2012

 RETRORÉPTIL CONTRA METAMAMÍFERO

Um dia, estava eu brincando com meu filho pequeno de 03 anos de idade com algumas réplicas plásticas  em forma miniaturizada de animais. Estava lhe mostrando várias espécies: vaquinhas, leões, camelos e etc, quando inesperadamente ao lhe mostrar um "dinossauro" ele recuou assustado e gritou. É só um "calango"  filho, disse-lhe eu. Achei a reação inusitada, por que não se assustou como o leão? Passado um tempo consegui outro réptil de brinquedo, desta vez um lagarto. Lhe fiz a surpresa e ele teve outra reação de refugo. Então percebi que aquela reação era atávica, era geneticamente programada, era instintiva, era de um ponto de vista psicológico, arquetípica. Era uma reação pura, sem nenhum condicionamento cultural, sem nenhuma apredizagem. Era ingenuamente natural. Embora não seja o que diga este estudo aqui. Posso até mesmo estar incorrendo em erro por uma indução apressada causada por uma pequena amostra estatística. Mas faça a experiência : dê um cavalo  ou um peixe e depois dê uma serpente a seu filho e compare as reações. Hoje o moleque tem pavor de cães e brinca sem medo com os dinossauros. No caso dos cães, foram EXPERIÊNCIAS desconfortáveis que lhe condicionaram a ter medo deles o que não acontecia quando ele era menor. Como no dia do ocorrido ele estava imaculado de contaminação cultural, creio que aquela reação foi antropológica, própria da nossa espécie, a humana. Mas, mais do que isso uma reação de nossa classe biológica a Mammalia de Lineu e da Parmalat ou os Mamíferos. Porque nós somos mamíferos. Com um adicional que falarei mais à frente. Durante eões de anos no passado os reptilia dominaram o planeta impiedosamente a sangue frio, como só eles sabem ser(estudos dizem que nem todos eram assim), então de acordo com a teoria da evolução surgiram as aves e os mamíferos à partir dos próprios répteis, e estes últimos, os mamíferos assumiram o "comando" do planeta. Nos livros didáticos podemos encontrar esta história. Hoje alguns mamíferos mais sabidos que o restante do reino animal usa o que sobrou de alguns reptéis para "boyzar "nos finais de semana com seus veículos.... foram suplantados as cobras e lagartos?


Contrariamente  ao que dizem alguns, este pessoal  dos "teóricos da conspiração" estão certos em muitos pontos. Os reptilianos iluminatis estão entre nós, mas não são intra ou extra terrestres. O que os combatentes da Nova Ordem Mundial fazem é jogar para o exterior o que está dentro de nós. Projetam um fenômeno interior no mundo externo. Materializam, hipostasiam um fato que existe dentro de nós. O que restou da dominação réptiliana do passado é uma parte do cêrebro chamanda R-complex ou cêrebro reptiliano. (Veja aqui, eu juro que não me baseie neste post, mas o que eu queria escrever já estava explicado aqui. É a convergência da verdade. Pensei até em desistir de escrever este ensaio por não ser novidade, mas tenho algumas coisas a acrescentar e reajustar) Pois bem, a ação desta parte oculta em nós é a origem de muitos de nossos problemas é como uma frase que inicia um livro anarco-baguncista: 

"Estamos em Território Inimigo & o Inimigo está em nós. A primeira Grande Batalha contra o Império deve se dar dentro de Nossas Cabeças." (Manual Prático de Delinquência Juvenil - é permitido o download).

A serpente que ataca o calcanhar da "mulher" e move um combate milenar contra a humanidade está dentro de nós e seus efeitos então se espalham no mundo. (Gênesis 3:15) É o resultado de um "dano" que fez o cerêbro reptiliano assumir paulatinamente o comando. Está dinâmica é bem ilustrada na iconografia cristã onde os santos mantêm um réptil sob sujeição
Indicando que neles mesmo as pulsões do cêrebro primitivo estão sob controle. É só em segundo grau que este combate se dá com os outros. Quando eles sucumbindo a anomalia psicofísica vem para cima dos santos para tomar posse e dominar. Este é o nosso verdadeiro problema com os répteis. Quando alguém diz que sua sogra é uma cobra está intuindo algo para além de um apelido injuriador. O Tema nos fustiga por baixo como uma machucadura no calcanhar e não os esquecemos. Então a imaginação corre solta.

Você já deve ter me entendido. Répteis não brincam, não amam. Fica só ali paradões. Só comem e copulam mecanicamente, friamente como máquinas biológicas. Com excessão dos adoráveis e simpáticos quelônios todos os outros são carnívoros, terríveis predadores como o são os crocodilos e anacondas. Os carnívoros mamíferos quando são filhotes brincam já os repteis não têm esta capacidade. Só lutar ou fugir. Raiva ou medo. Ao sairem do ovo nunca mais têm contato com seus genitores nem dependem mais deles. Os mamíferos moram em seus genitores por um período e continuam dependentes deles e independentes da natureza por uma fase inicial de suas vidas. Até mesmo o alimento (leite) é fornecido pela "ambiente biológico", criado pelas genitoras.Os mamíferos possuem uma pequena autonomia sobre forças da natureza por serem vivíparos. Os reptéis são mais dependentes até mesmo sua temperatura acompanha a do ambiente.






CONTINUA






CONTINUA

terça-feira, 3 de abril de 2012

SUGESTÃO DE LIVRO 05/2012

OPERAÇÃO CAVALO DE TRÓIA 5 - OS OUTROS MUNDOS

SUGESTÃO DE LIVRO 04/2012

OPERAÇÃO CAVALO DE TRÓIA 4  (NAZARETH)

Neste quarto romance de Benítez o Major Jasão acompanha a mãe de Jesus, a Senhora, juntamente com alguns parentes dela numa viajem do lago da Galiléia até Nazaré, neste livro é narrada como foi a infância e adolescência do Galileu. 
Como deixei passar batido os comentários à leitura parri passu, já estou no livro 5, direi só o acima sobre o enredo.

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Há muitos anos tinha o objetivo de ler esta série inclusive tinha até mesmo feito o Download do primeiro e começado e ler,(mas já parei com estas ilicitudes) a oportunidade chegou quando alguém doou a série para a biblioteca pública municipal da minha cidade, cujo único indício do dono anterior é uma mensagem no canto esquerdo superior em escrita cursiva rezando: "Para meu amor com carinho! Isa Carla 14/09/98" 
 Caso não fosse a generosidade da senhora Isa "Brun" (escrito em outro livro)  não teria a chance de ler, talvez, esta série. Como os livros não chegaram  até mim vindos da gráfica todos impressos na mesma época, mas foram comprados um por um de acordo com a data em que iam sendo impressos achei curioso o efeito do tempo sobre as páginas dos códices. O primeiro apresenta o escurecimento do papel e assim sucessivamente, como camadas temporais, cada exemplar vai clareando a medida que vai se aproximando do hoje, do momento atual.
Sobre uma possível filmagem de algo baseado neste livro , acho  até que seria uma boa idéia e como para bom imaginador meia montagem basta:


CONTINUA 

segunda-feira, 19 de março de 2012

SUGESTÃO DE LIVRO 03/2012


OPERAÇÃO CAVALO DE TRÓIA 3

KENNERETH


Continuando na sequência de livros da série Operação Cavalo de Tróia (Veja os anteriores Um e Dois) J. J.Benítez empreende uma busca pela segunda parte do Diário do Major que estava na custódia de um guia turistíco em Jerusalém. Na parte final do livro anterior Jasão havia deixado um enigma em forma de verso que levou Benítez a uma busca pela Terra Santa em museus e ruínas na procura da tal segunda parte do Diário. Faça uma mixagem em um  liquidificador literário de Indiana Jones, As aventuras de Tintin, Sherlock Holmes e as estórias de Dan Brawn e terá um vislumbre do que passa J. J. Benitez, o autor-personagem até tomar posse do calhamaço escrito pelo Major da Força Aérea Norte Americana em uma missão secreta de viajem no tempo até a época em que Cristo vivia na Terra. (Lembrando que esta série começa no início da década de oitenta)  O primeiro 1/4 do livro (mais de 100 páginas) é dedicado a caça de Benitez pelo já mencionado diário tentando decifrar o criptograma deixado por Jasão no final da primeira parte. Benitez usa de todos os recursos arqueológicos, numerológicos, cabalísticos, históricos etc, se corresponde com peritos de várias partes do mundo na tentativa de decifrar o enigma. Ao final deste empreendimento começamos a mergulhar novamente na atmosfera bíblica até uma aproximação gradual ao Nazareno. Se na primeira parte deste livro terceiro Benitez "enrolou" a história até o começo da leitura do Diário, na segunda parte, mais 1/4 de páginas do total do livro ele "enrola" até o aparecimento do Galileu. Ele faz un tour pela Terra Santa, uma viajem em torno do Kennereth ou Mar de Tiberíades ou Mar da Galileia. Nós apresentas a orografia da região, as plantas, os animais, as cidades, os rios, os povos, os costumes, os utensílios, os barcos, as roupas, etc, foram mais de 100 páginas mergulhados no Israel antigo, e fechando "o cerco" cada vez mais na região da Galileia e se aproximando dos pescadores galileus...

KENNERETH / MAR DA GALILEIA / MAR DE TIBERÍADES / YHAM
Foi em volta deste lago que aconteceram alguns dos momento da  vida pública do Messias e algumas de suas aparições após a ressureição......................................
 .....................................................................

Ok......Como eu perdi o acesso a internet umas duas semanas não deu para comentar até o fim este livro, pois já estou no Operação Cavalo de Tróia 5, tendo concluida a leitura do 4 (Nazareth), e como o volume de informação é muito grande, perdi o fio da meada na narrativa, pois não me lembro muito bem do restante deste livro aqui... Depois deste livro já  li mais 2 com mais ou menos 400 páginas.

















Mas mesmo assim continuo recomendando este romance com fundo bíblico, mesmo não apresentando um cristianismo ortodoxo, quisá seja mesmo um cristianismo. Muitas coisas interessantíssimas você poderá encontra neste livro 3. 
É isso aí
Até o próximo 

sexta-feira, 16 de março de 2012

ENSAIO 02/2012

                               FLASH DOMINICAL






“Assim como Cristo aceitou a morte corporal para dar-nos a vida espiritual, assim também suportou a pobreza temporal para dar-nos as riquezas espirituais.” - Santo Tomás de Aquino




Em uma missa recente ao contemplar o sacerdote erguendo a hóstia e o cálice com o vinho, cujo simbolismo não há necessidade de mais explicações, fiquei me indagando sobre o significado mais profundo, metafísico ou sua razão verdadeira, seu âmago ontológico, além daquele de ritual. Se foi uma luz do céu eu não sei, se fui eu mesmo que conclui também não tenho certeza, mas me veio a mente neste átimo de segundo, enquanto o padre erguia ao alto os emblemas (e nossos corações juntos) dois ensinamentos de dois  escritores de temas religiosos, que me deram uma visão do verdadeiro significado deste rito. Economizando caracteres não falemos nós sobre o significado exotérico e tradicional. Falemos em esoterismo cujo um nome importante foi Renê Guenon. Aquele rito que eu estava vendo era "uma execução de um símbolo", uma encenação de uma cosmovisão, uma analogia. Para os protestantes um memorial a Cristo. Para os católicos também mas com o adicional de que Cristo se faz presente substancialmente nos emblemas. Trata-se então de uma analogia de realidades maiores. Renê Guenon no capítulo dois do livro Simbolismo da Cruz - (1983) - fala sobre analogia metafísica e diz: 

 "...que toda verdadeira analogia deve ser aplicada em sentido inverso: é isto que representa o símbolo bem conhecido do “selo de Salomão”, formado pela união de dois triângulos opostos . Assim, por exemplo, do mesmo modo como a imagem num espelho é invertida em relação ao objeto, aquilo que é primeiro e maior na ordem principial é, ao menos aparentemente, o último e o menor na ordem da manifestação. Para fazermos uma comparação no campo da matemática, é assim que o ponto geométrico é quantitativamente nulo e não ocupa nenhum espaço, embora seja o princípio pelo qual se produz todo o espaço, que é o desenvolvimento ou a expansão de suas próprias virtualidades. É assim também que a unidade aritmética é o menor dos números se a colocamos diante da sua multiplicidade, mas é o maior em princípio, porque contém a todos virtualmente e produz toda a sua série pela simples repetição indefinida de si-mesma."

Dada esta fórmula e aplicando-a ao rito eucarístico ficou fácil entender o que estava ali se passando. É só inverter todos os elementos. Ao assimilar-mos Cristo aqui no temporal, será ele que nos assimilará no Eternal.  Sendo Cristo  um círculo pequeno (um "ponto geométrico") aqui no temporal (na ordem da manifestação na terminologia Guenoniana) será algo grandiosissímo, infinito no eterno.  Invertendo tudo, o que fazemos com Cristo, será o que ele fará conosco. Cristo se torna Carnal e nós o incorporamos, ao morrermos nos tornaremos espirituais e ele nos recolherá em si. Nossa alma imortal será a hóstia de Cristo.  Dada a fórmula guenoniana eu sintetizei com o que disse o filho de Olavo de Carvalho, o Luiz Gonzaga de Carvalho Neto em uma aula sobre religiões:


          "...O processo – só pra fazer uma comparação aqui – que o Cristo faz no Cristianismo é como que o inverso complementar disso. Ele não entrega uma parte do psiquismo Dele pra ficar conosco, mas Ele fala: “depois que você morrer, Eu recolherei o seu psiquismo em Mim, mesmo que você não tenha atingido a realização; e em Mim você atingirá”. É isso que é a salvação, a salvação sem mérito de que o Cristo fala. “Olha, o seu psiquismo estava em uma condição tal que ele seria deteriorado depois da morte; no entanto, depois que você morre, Eu pego este psiquismo e ponho no Meu ser, integro-o no Meu ser, e aí ele sobreviverá até ele atingir a mesma realização que sou Eu" (Veja a transcrição desta aula aqui

Este mesmo instrutor em outra aula    diz que os "Ritos são um conjunto de símbolos que o sujeito opera, e naquela operação ele recebe uma dose mínima do objeto que ele deseja no plano do transcendente...ritos são a operacionalização de símbolos...rito é um símbolo operando...um rito é um símbolo vivenciado. 

Guenon e Luiz Carvalho me ensinaram mas acho (talvez) que foi Deus que coordenou a síntese.


Nós incorporamos Cristo na Eucaristia aqui em baixo no mundo material, Ele "incorporará" nossa alma lá em cima no mundo espiritual. O que é pequeno aqui é maior lá e vice-versa, de acordo com a fórmula dita por Renê Guenon






Sem mais comentários... leia as indicações. Faça a catequese e a primeira comunhão.


ABSOLUTUM

quinta-feira, 8 de março de 2012

SUGESTÃO DE LIVRO 02/2012

OPERAÇÃO CAVALO DE TRÓIA 2  - (Massada)


Li então o próximo livro de J.J. Benítez na série O.C.T (Operação Cavalo de Tróia). (Veja o primeiro).
 Após conspirações internacionais, tramas e intrigas secretas envolvendo os governos dos E.U.A e a U.R.S.S. ambos jogando os árabes contra judeus e vice-versa, para ferrar com a distribuição de petróleo para Europa e Japão, o  livro nos relata a montagem de uma base conjunta judáico-americana no cimo de Massada em Israel de onde viaja novamente o "Berço" de volta no tempo para o ano 30 de nossa era comum. 
Massada - veja mais fotos neste link
Modelo de  Massada visto de cima
O motivo desta Segunda viagem no tempo é a  recuperação de uma escuta que Jasão havia deixado em um móvel próximo ao Mestre e seus discípulos  na famosa última ceia. Uma regra do pessoal da equipe  Cavalo de Tróia era que os viajantes não deveriam  alterar a história e nem deixar objetos do futuro no tempo passado. Outro razão da missão era observar com a "Vara de Moisés", desta vez com modificações técnicas,  observar o corpo glorioso do Messias, o corpo ressuscitado dele. A viajem no tempo trouxe dano para a saúde dos "crononautas". As células neurológicas de Jasão e seu companheiro Eliseu estavam em estado de aceleração da degeneração senil. Novamente disfarçado de comerciante grego Jasão se infiltra no grupo de discípulos do Galileu que após a morte do mesmo estavam perplexos e acuados em esconderijos, sem noção do que deveriam fazer em seguida. Como narram os evangelhos alguns aguardavam um evento fantástico outros não tinham fé que Jesus voltaria do mundo dos mortos. Jasão penetra furtivamente na tumba onde estava o corpo de Cristo e nota que os panos que envolviam o corpo permanecem no lugar e percebe que a forma como os tecidos estão dispostos é como se o corpo que continham tivesse sido aniquilado ainda dentro do envoltório e o tecido tivesse se "desinflado". O Major leva o "sudário" para o módulo e após algum tempo dados surpreendentes são revelados... mas não tenho tempo de digitar. A análise é exaustiva, milimétrica, atômica e etc, e descobre-se então que este pano é o...
Sudário de Turim , isso mesmo. Que uma pesquisa aprofundada seria uma interessante empreitada. Depois de devolver o pano no local onde os serviçais do Sinédrio tinham jogado primeiramente, o Major passa então a "perseguir" o Nazareno num tipo curioso de Triller ou suspense, um jogo de "gato e rato". Hora Cristo aparecendo aqui, hora ali, para indivíduos isolados e desacreditados até que num crescendo de expectativas frustradas e dúvidas lancinantes ele aparece para o grupo finalmente. Sem indiretas ou insinuações o autor descreve as aparições de Jesus como algum tipo de Holografia, sendo que até mesmo sua voz se mostra metálica como se fosse originada de um sintetizador. Uma forgicação, um teatro para enganar os cristão por dois milênios. A aparição final então mais misteriosa ainda deixo que você descubra ao ler, (se for ler). Esta eu não entendi ainda. A vara detecta que o corpo visualisado não tinha alguns orgãos como os demais corpos humanos...
Na página 446 Benitez introduz uma nota do autor, que reza, em parte: 

"...E antes de seguir adiante, uma advertência que não quero deixar de fazer: Como afirmo no princípio do Operação Cavalo de Tróia 2, alguns pontos que expomos a seguir são tão chocantes, que recomendaria aos leitores de idéias e princípios religiosos excessivamente conservadores que abandonassem a leitura. Cumprindo esta real advertência, passemos a essa parte dos documentos..."


Sejamos adultos. O autor foi sincero, foi honesto comigo, conosco. Eu sabia do que o livro tratava eu já tinha ouvido falar sobre quem era J.J. Benítez, eu conheço a teoria dos Astronautas divinizados. Mas não dei muito crédito a advertência pensando que o "chocante" seria teorias, doutrinas, ensinamentos, concepções metafisicas de realidades alternativas, heresia gnóstica, "verdades" científicas em confronto direto com a palavra de Deus, etc. Isto não choca ninguém! Agora o que ele faz após esta advertência é esculhambar com a concepção que temos de Maria a mãe do Senhor. Os católicos mais, os protestante menos, na graduação do afastamento do catolicismo, todos tem uma imagem beatífica de Maria. Mas transformar Maria numa revoluciónaria zelote, numa "sionista" nacionalista simpatizante de guerrilheiros é mesmo chocante! Ao ler os diálogos de Jasão com Maria, eu senti pela primeira vez, um impulso de abandonar este projeto de ler toda a série Cavalo de Tróia, mas assim como pediu o Major ajuda do céu para continuar a escrever eu peço para ler. Não ,não tenho medo de visões alternativas da realidade, acontece que o que o cara fez foi dar um ar de "mau caráter" a Nossa Senhora.  Se eu xingasse a mãe de Benitez seria mesmo chocante para ele. Isso não tem nada haver com cristãos caipiras, burrinhos, obscurantistas que tem medo da ciência, do conhecimento, tem a mente quadrada, bitolada, não é mesmo? Mas ninguém está me obrigando a ler, e isto é uma ficção. Coisas pavorosas se escreveram sobre a Virgem Santíssima e ele repetiu aqui, se ela era virgem ou não, etc, seu relacionamento com José e etc, isto tudo eu já tinha lido em outros lugares. Não havia necessidade... Ataque moral é um pouco diferente de ataque intelectual... Ele diz que o motivo de Jesus ter fugido para a Índia aos 12 anos(  e só voltando décadas depois) foi pressão de Maria para que Ele, o Messias, se unisse aos Zelotes, os amigos de Barrabás! Aff. Nada é puro para os impuros...


O Cristo Beniteziano não veio para livrar os homens da escravidão do pecado de origem, mas para dizer que todos são bonzinhos aprisionados num mundo mal e que pelo conhecimento galgarão estágios de aperfeiçoamento kardecista rumo a gostosura final (ai eu estou me achando!) onde sua vontade absoluta impere sobre o universo, inclusive sobre o próprio Deus. Que na verdade pensa que é Deus, mas é só um Demiurgo que contraria com seus escritos e representantes nossos anseios pessoais. Não à toa o major joga flores no provável sepulcro de Judas Iscariotes, e diz que sente uma atração por aleijados morais.


Câmbio Major! Foram 02 e contando.

Até o próximo!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

SUGESTÃO DE LIVRO 01/2012

O EVANGELHO SEGUNDO J. J. BENÍTEZ


Entramos na quaresma, antes dela neste último carnaval concluí a leitura de um livro que esperei uns 15 anos para começar. Trata-se de Operação Cavalo de Tróia de J. J. Benítez que conta a história de um major da força aérea norte-americana que a bordo de um módulo chamado "Berço" viaja do século XX para o ano 30 do século I e disfarçado de um comerciante grego se mescla clandestinamente no meio dos seguidores de Jesus Cristo. Um viajante fica no módulo estacionado em algum ponto do Monte das Oliveiras se comunicando com o major e passando por via comunicador implantado no ouvido do dito  as informações liguísticas, arqueológicas, históricas, econômicas, teológicas, filosóficas, etc e coisa e tal que recebe de um computador chamado "Papai Noel " que fica dentro do Berço. O major recebe estas informações atravez de algum tipo de ponto eletrônico. Isto facilita a ele se desembaraçar no meio da cultura de Jerusalém desta época. Uma curiosidade é a "Pele de Serpente" que o Major cujo codinome na Missão  é Jasão usa em todo o corpo, na verdade tratá-se de um spray que ele asperge em si por inteiro menos a cabeça , criando uma película tão resistente que é capaz de suportar um golpe de lança ou adaga. Esta pele é invisível.(E já inventaram uma pele de serpente na realidade) Outro artefato que Jasão usa é o "Bastão de Moisés" que possue embutido todo um sistema informático de recepção e armazenamento de dados. Filma, grava sons, possue um sistema de infravermelho e mais outras bugigangas, é com este cajado que O major ou Jasão acompanha a VIA CRUCIS de Cristo gravando tudo. O livro tem mais de 500 páginas sendo que o escritor é tão detalhista mas tão detalhista que chega a descrever as varizes de Pôncio Pilatos. O Livro é cheio de notas de rodapé com eruditismo histórico permeando toda a narrativva, o autor se baseou nos Evangelhos canônicos evidentemente, mas também nos evangelhos apócrifos, nos textos gnósticos (inclusive fez Jesus citar textualmente trechos destes evangelhos). Baseou-se também nos historiadores antigos, tipo Flávio Josefo...                 ...spoilers...
 A primeira parte do livro lembra muito o Dan Brawn, com enigmas, bilhetes cifrados, buscas em monumentos e até perseguições de agentes secretos. Na sequência  depois disto tudo a equipe da NASA monta  uma base em Israel para se preparar para a vigem no tempo. Imagine-se esgueirando-se pelas vielas escuras atrás do traíra do Judas que saiu da Santa Ceia e foi procurar os chefes religiosos para entregar o Mestre ou colocando um mecanismo filmador no local da dita última ceia e terá uma prévia do que é Operação Cavalo de Tróia. Além de ter uma leve pitadinha de heresia gnóstica (pois Juan José Benítez tapou o buracos do Evangelho com todo o material disponível) ele insinua lá pelo meio do livro quando eu já tinha até me convencido de que o cara era cristão até a medula a teoria de que:

Isso mesmo, Jesus era um viajante intergalático ou interplanetario, insinuando levemente, sutilmente e devo dizer a bem da verdade com maestria que Eram os Deuses Astronautas. Estas ocasiões em que esta teorias são mencionadas são  as: na hora em que Jesus está orando e suando sangue e prestes a ser capturado quando um anjo de botas espaciais lhe ministra ajuda naquele momento tão crucial e ao mesmo tempo o computador "Papai Noel" detecta uma objeto voador sobrevoando o morro das azeitonas. Outro momento é quando ocorre o terremoto narrado nos evangelhos após a morte de Cristo, sendo que, segundo os sensores do módulo foi uma explosão nuclear no subsolo a alguns quilômetros de Jerusalém que provocou o abalo sísmico. J. J. Benitez fere de morte então qualquer pretensão de uma conciliação de sua história com os evangelhos quando insinua que o corpo de Cristo após a morte foi desintegrado por tecnologia alienígena e uma clone tomou o seu lugar fingindo a ressureição.(confira 1 Coríntios 15:13-14, 17, 20 - "...se Cristo não ressucitou é vã a nossa fé...). 


Você assistiu a Paixão de Cristo do Mel Gibson? Veja aí ao lado. Rapaz, o que J.J. faz com Jesus, ou fez com que judeus e romanos fizessem com Ele não é brincadeira, isto aí ao lado é só uns 10% do que aconteceu com o Cristo narrado no Operação Cavalo de Tróia. Chega ao limite do escatológico, do repugnante contado com linguagem médica (o tal Major/Jasão é médico) cada detalhe das feridas e hematomas do Nazareno. O major usa às veze umas lentes (as tais de crótalos) que permitiam e ele  ver até os batimentos cardíacos de Cristo e tudo o que aquele sofrimento excruciante e paroxístico estava lhe causando pelo resto do organismo... (contava plaquetas, hematócritos, etc.) Minuto a minuto segundo a segundo Benitez nos faz participar da contagem regressiva até o "Meus Deus porque me desemparastes?" e a morte por asfixia e tetanização generalizada. O psicochoque para mim foi tal que fiquei alguns dias meio abalado.
Outra coisa que poderia elogiar no autor foi sua maneira de abordar a história. Ao invez de usar o narrador onisciente usou o recurso de contar em primeira pessoa (no caso o Major narra em seu diário oculto), ao fazer isto J.J. Benitez é obrigado a explicar todas as vias e canais em que a informação chega ao Major sem que ele esteja as vezes no local, quando a narração continua (como se fosse o recurso do narrador onisciente) é por que alguem enviado (ou não) pelo major estava no local como testemunha e isto provoca um rodopio incessante por vários pontos de vista dando ao enredo o aspecto de um inquérito policial em alguns momentos. Devo lembra ainda que se não me engano o Operação Cavalo de Tróia já tá no número 7 ou 8 nas continuações.
Como escritor, como escritor e expositor de uma narração, o autor deste livro merece uma nota 10.

APROVADO
Até o próximo!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

ENSAIO 01/2012

VÁ PROCURAR TUA TURMA
Ele é um camundongo conhecido no mundo todo e vive imerso em um universo com cidades (patópolis por exemplo) e "pessoas" todas especiais, com aventuras fascinantes e emoções divertidas. Um universo que somente fanáticos por desenhos animados e gibis podem abarcar totalmente. Ele é o Mickey Mouse, namorado da Minie e amigo do Pateta e Pato Donald. É perda de tempo digitar algo falando sobre ele pois a rede mundial de computadores está repleta de informações e imagens a seu respeito e de sua turma.  


É uma turma conhecida mundialmente como já falei mas poucas pessoas conhecem todos os personagens deste universo, como por exemplo o alien Esqualidus, um amigo do ratinho que aparece em poucos episódios da turma...

VEJA A FICHA DO SUJEITO AQUI
Ele se parece até com o homúnculo científico...
homúnculo

 ...mas talvez seja apenas recorrência randômica...

Outros personagens menos conhecidos com aparições menos frequentes você pode conhecer clicando neste link.

Outra turma, entre centenas, menos conhecida mundialmente, desta vez nacional  é a turma de Maurício de Sousa, a turma da Mônica que dispensa comentários. Também é um universo fechado e amplo...

Nem todos os personagens aparecem sempre...



 ...como é o caso de Penadinho e sua turma... 


Uma subturma em um universo próprio dentro da turma da Mônica. A propósito, foi Dumont ou os Wright que inventaram o avião?

Penadinho, Gasparzinho, hum...

 Mas ampliando o foco do particular para o genérico, além de personagens desconhecidos dentro de um universo particular existem também turmas quase que totalmente desconhecidas da maioria das pessoas e me diverti quando criança com algumas delas que sumiram no limbo do esquecimento ou ficaram restritas as comunidades que as conheciam. Não há aqui nenhuma pretensão de detectar algum padrão nelas, embora haja, não quero filosofar nem explica nada como fiz aqui, aqui e aqui apenas pretendo com este post resgatar do pretérito  turminhas e universos artísticos que fizeram parte de minha infância e adolescência e que hoje quase desapareceram, uma não foi feita para um público extenso mais para um em especial, outra não teve a expansão merecida, outras não sei  por que. desapareceram. Encare este resgate despretensioso apenas como uma nostalgia mágica...


1) Turma do Lambe-Lambe de Daniel Azulay...

Professor Pirajá
Cheguei a comprar alguns gibis desta turma que tinha a galinha Xicória e o elefante Bufunfa entre outros personagens como protagonistas. Foi uma fase muito rápida comprei algumas revistinhas que tinha histórias boas, o programa na TV também assisti algumas vezes. Que fim levou esta turma? E só ir no google e digitar... estou com preguiça.


2)Recruta Zero...

 
  O militar mais folgado, "macetoso", "liso" e "safo" do universo que "trabalhava" no quartel Swampy. Tenho lembranças dos gibis do Recruta Zero creio que desde uns 3 anos de idade. Nunca mais vi os gibis deste milico. Não faz mais sucesso...pelo menos na minha região. Eu pensava que o recruta pertencia ao militares da, na época já crepuscular, ditadura brasileira. 

Mas quer ver mesmo um personagem que vou retirar das camadas mais profundas de minha memória, nesta "anamnese arqueológica afetivo-literária"? Então vamos lá... 

O documento literário mais antigo que tive em mãos, na época em que me  lembro que minha mãe ainda me levava no colo foi o ALMANAQUE SADOL.  Eu não sabia ler (quando adquiri os primeiríssimos )mas olhava as figuras e pedia para ela decodificar para mim as mensagens ali contidas. Pegava esta revistinha (brochura) na farmácia no centro da cidade todo começo de ano. Era gratuita. Caramba cara! Tinha palavras cruzadas, piadas, quadrinhos, horóscopo, dicas de saúde, curiosidades etc... puxa, até me emocionei... 


Ainda distribuem o saudoso Almanaque Sadol? 

Mas estou divagando... este não é uma turma. E só para fixar que por volta desta mesma época, talvez antes em algum lugar de meu humilde passado travei conhecimento com um personagem literário estranho (neste texto gibi = literatura), diabólico, demoníaco, satânico, etc. Literalmente luciferínico. Eu não sabia de nada mas me lembro nitidamente, creio que tinha uns dois anos apenas, mais ou menos, talvez menos quando, não comprei, mas achei o primeiro gibi deste cidadão (dos infernos) aqui:


BRASINHA















3) Brasinha...

O que mais me chamava a atenção era a cor dele, e por usar fraudas sendo pois então um bebê diabo. O sujeito era irritadiço e queimava tudo com seu tridente. Politicamente incorretíssimo do ponto de vista cristão. Como é que deixavam publicar um gibi de um tipo como este? A polêmica em torno do personagem veja nestes links que fiz questão de amavelmente buscar para você: (A) (B) (C)  (D)

Parece até um filhote de Hell Boy... e fazendo um digressãozinha en passant, se o Brasinha é o diabo existe um personagem do Maurício de Sousa que é literalmente um anjo...
Anjinho da Turma da Mônica






4) Turma do Nosso Amiguinho...






Professor Sabino -Toda turma 
tem seu nerd.
Neste caso especialíssimo talvez você nunca tenha ouvido falar mesmo nesta turminha infantil adventista do sétimo dia.  Dirigida a um público restrito a princípio, mas podendo ser adquirida por qualquer um. Tive a assinatura dela por muitos anos durante minha infância e início da adolescência. Bem feita, educativa com personagens cativantes.
Recomendo a todos a assinatura para seus filhos com os colportores adventistas independente de que religião você pertença. Veja a alta qualidade da revistinha aqui: (Clube do Nosso Amiguinho).

E um comentário digressivo só de passagem...

Franginha da Turma da Mônica - toda turminha tem um nerd sabe-tudo


  ...fugindo um pouco do assunto, mas não muito , me ocorre agora que quase toda turminha tem um cientista inventor como por exemplo:
Professor Pardal do Walt Disney


                            
                              e o

Visconde de Sabugosa do Sítio do Pica-Pau Amarelo.

São alguns exemplos. Quando as histórias são localizadas temporalmente num passado mais remoto surge a figura do sábio/mago/astrólogo/alquimista:

Mestre do Magos


Druida do Asteri




É como eu já tinha comentado noutra postagem. O mundo atual (não o mundo literário) não comporta mais estas figuras últimas acima, que usavam poderes mágicos para manipularem a natureza e conhecimentos ocultos para orientarem seus amigos. Mesmo assim, não deixando de ser uma "ciência" como era a alquimia e a astrologia. Curiosa é a figura do profeta, que não tem poder nenhum, nem mágico nem muito menos tecnológico, sendo apenas um orientador moral, com mensagens do céu e no máximo no máximo com poder vidente, também dando do céu e não intrínseco a ele.

 

A figura do profeta quase não existe no mundo literário moderno. Quando muito apresenta-se mesclado a de um mago, bruxo, feiticeiro ou oráculo.


  A figura do profeta é (quase) exclusividade das religiões monoteísticas abraâmicas que como o nome diz começaram segundo a tradição com o patriarca Abrãao que deu origem ao judaísmo e influenciou o cristianismo e islamismo. A "industria cultural", Hollywood e etc parece que padecem de um certo preconceito para com esta figura. Também para com a produção de entretenimento que tenham como tema o mundo religioso judáico-cristão. Suponho que os filmes com referência a esta "zona cultural" sobre o raio de ação "abraâmico" seja de 0,01%. É um "Os 10 mandamentos"  aqui um "José no Egito" da Disney ali, esparsamente sem nunca uma superprodução moderna importante dentro deste quadro delimitado pela tradição "abraâmica" ou semítica. O último que vi foi o Paixão do Gibson e deu um auê danado. É uma barreira misteriosa que dá até para desconfiar. Com todos os recursos tecnológicos hodiernos na área cinematográfica já pensou se produzissem um filme do livro bíblico de Apocalipse ou A Revelação? Seria fantástico. Veja um exemplo do que uma facçãozinha cristã tentou fazer aqui embaixo e imagine o que Hollywood não poderia fazer:

O máximo que fazem neste sentido são filmes de deuses gregos e filmes medievais queimando a reputação da Igreja. Diante dos olhos posso até ver uma barreira obstaculizando o desenvolvimento da imaginação no sentido de absorver conteúdos "abraâmicos". Somente aqui ou ali um filme fura o bloqueio por serem menores do que as malhas que compõem a rede de aversão a filmes que vivifiquem os temas bíblicos ou até mesmo corânicos. Vão buscar no fundo do Hades os seres mitológicos mais desconhecidos para fazerem filmes, livros etc, mas rejeitam sistematicamente o universo imaginário que toque nem que seja de raspão no quadrante "abraâmico", só vazando a teia de censura um ou outro filminho esporadicamente. Parece até que é de propósito. 
Mas antes de voltarmos para as turminhas burlescas quero acrescentar que de Abrão a Jesus, passando por Moisés, de Mohamed a  Antonio Conselheiro, passando por Nostradamus, destaca-se a figura de um homem barbudo geralmente idoso, com um cajado, trazendo uma mensagem divina sobre o futuro que foi uma figura importante no passado mas que na cultura pop de hoje foi eliminado só sobrando os magos de quando o roteiro é ambientado no passado e os cientistas quando a história se passa na época atual.
Existe um outro motivo porém para não termos gibis com profetas mas termos com magos e cientistas. O motivo é que a magia e a tecnologia ampliam o campo de ação e paixão dos personagem. A tecnomagia permite aos personagens viverem situações exóticas viajarem no tempo e espaço, mudarem de forma, etc. O profeta é um Pai ameaçador, um Superego acusador, um arauto intimidador, um estraga prazer, isto diminui o seu encaixe em enredos. Mas  semelhante a tecnomagia às vezes além de prever o futuro o profeta age como instrumento de ação divina, uma força que não é tecnológica nem mágica atua e tem como antena o profeta...

Mas os enredos que a partir daí se escreverem terá que pressupor Deus usando o profeta seu enviado, o que não é necessário se pressupor com o mágico e nem com o cientísta. E estamos na nossa vida contidiana sem culpas. O profeta é um representante de Deus e seu poder vem dele, não de forças sutis sobrenaturais ou da natureza nos casos respectivos da magia e da tecnologia....

Mais se poderia falar sobre isto, mas é mister que se encere a postagem e voltar as turminhas. 

Dando um mergulho nas fossas abissais de minha memória eis a turminha mais antiga que me lembro, estava dando prioridade aos gibis e esta era da TV, mas  por ser a realmente a mais antiga, sem outra anterior vou apresentá-la. Me lembro bem, na época existia uma ameaça de um "satélite" que ia cair na terra e os noticiários estavam alertas, era o tal do Skylab ou Laboratório Espacial Americano. Nesta época tinha um programa em que a apresentadora era a Paula Saldanha...


...cujo nome do programa não me lembro, mas apresentava um desenho animado que após 36 anos ainda não esqueci embora realmente gostaria muito de deletar da memória:


ABSOLUTUM