sexta-feira, 6 de julho de 2012

ENSAIO 05/2012

O MESTRE DO MESTRE?



Nos desenhos animados, filmes e romances que já tive o privilégio de ver, no meio da trama, dos conflitos e superações um certo trecho me emocionava especialmente. Era naqueles momentos de uma atmosfera sapiencial e paternal em que o MESTRE aconselhava os seus discípulos. Nestes instantes o clima ficava misterioso e professoral e o mentor dava as diretrizes para um desfecho feliz da narrativa, cabendo aos discípulos a decisão de por em prática ou não as sugestões do guru. O Mestre não é nunca um comandante que dá ordens inexoráveis mas um conselheiro experiente que adverte. Os "agentes práticos" do enredo são compensados com uma orientação e um certo freio pelo "agente teórico" (Vixe! Vai assim mesmo não tenho tempo para depurar os termos). Quando o mestre aparecia tocava uma musiquinha misteriosa, uma melodiazinha oriental de fundo emoldurando as sábias palavras do Sensei. A coleção do tipo é enorme mas vou ilustra este texto com os meus preferidos.
Tem muitos baixinhos
Como diria o mestre Yoda: saber quiser você  sobre mestre (mentor) leia o livro  "O herói de mil faces" ou este resuminho aqui: A jornada do herói mitológico 
Como disse acima, sentia uma aura mágica quando aparecia o guru, uma densidade emocional e uma vibração nos fios cognitivos. É curioso que os mestres geralmente nunca falam diretamente, em alto e bom som, mas usam frequentemente de um linguajar sinuoso contraditório. Para se bancar um mestre é só começar a dizer para os pupilos que o alto na verdade é baixo, quando tudo está escuro aí sim é que as coisas estão claras. Uma pedra é mole, você pensa que o fogo é quente mas na verdade é frio, etc. Expressa isto as contradições da própria realidade? Não sei. Talvez o conteúdo que o mestre quer transmitir excede a capacidade do discurso racional e somente por parábolas, símiles e símbolos poderá expressar o supraracional. É morrendo que se nasce para a vida... eterna.
Os mestres são idosos, de cabelos brancos, estão no limiar da vida biológica, orgânica. Estão com um pé no além-mundo. Tiveram anos de     

experiência e aprendizado também. O mestre já foi um aprendiz. Na verdade mestre e aprendiz fazem parte de uma cadeia temporal e um se converte no outro dependendo do ângulo e da fase cronológica em que se encare o mesmo. O melhores discípulos serão os futuros mestres. Mas o mestre também é um aprendiz constante pois ele não sabe tudo. Todos os mestres são aprendizes. Creio que é a isso que se refere O Mestre Jesus em Lucas 6:40 :


"O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem instruído será como o seu mestre."

Claro está que este versículo se refere  a doutrina, mandamentos e comportamentos religiosos. Podem existir exceções e não se aplica a tudo. Mas transmite o versículo a idéia de que o copo do discípulo só enche até a medida do copo do professor e se o preceptor for bom o aluno chegará a estatura dele. É um principio, uma regra geral e comportar exceções evidentemente.

Albert Einstein aprendiz
 O único sábio é Deus só ele não tem com quem aprender nada. Anjos, humanos ou outros seres senscientes que possam existir por mais sábios que sejam serão, além de mestres dos mais novos e inexperientes, discípulos de alguém mais sábio do que eles ou do próprio mundo, da natureza e da vida. Nos seres contingentes não existe o mestre acabado, até a hora da morte "o mestre é um aprendiz".  E como os conteúdos intelectivos não são criados do nada quase nunca se pode criar algo original sem uma ajudinha de algum guru. Por exemplo, veja este vídeo aqui:
Jackson aprendiz
Imagine quantas vezes o pequeno Michael Jackson não deve ter assistido a este filme? Observe que até mesmo a indumentária ele copiou em alguns clipes. Até mesmo o moonwalker (aqueles passos delisantes para trás) está em esboço aqui. As luvas e o esparrame de areia com a mão que ele repete no clipe Remember the time também. Bilie Jean e outros clipes  dele estão em semente aqui também. É só um exemplo. Ainda que artístico apenas e não muito apropriado.

 ***
Grandes mestres ou aprenderam com outros ou com o Céu. Confúcio e Laotsé, Moisés e Mohamed, Sidarta Gautama  ou Paulo de Tarso  aprenderam com o Céu foram os arquétipos dos mestres da ficção romancesca e filmográfica. São seguidos até hoje por bilhões de pessoas. Os outros aprenderam com mestres humanos mesmo. Mário Ferreira dos Santos aprendeu com São Tomás de Aquino e este com Aristóteles... o mestre é um aprendiz. Alguns pretendem refundar toda a filosofia em bases pessoais, pensar com a própria cabeça, negando toda influência professoral. É uma coisa temível. Sendo mestres de si mesmos. Outros absorvem ensinamentos de todos os mestres e os comparam, como diz o livro do sábio Salomão: Provérbios 15:22:


"Onde não há conselho, frustram-se os projetos; mas com a multidão de conselheiros se estabelecem." 
***

OS MESTRES
  (literais)
Confúcio
Lao Tsé

Sidarta Gautama



Moisés
                                                    
                          (etc)


O mentor da ficção é só um eco longínquo deles... é a reverberação deles através de suas caricaturas modernas que atrai.


Absolutum

quarta-feira, 4 de julho de 2012

ENSAIO 04/2012

ENCRUZILHADA

Um de meus locais preferidos, onde sinto um fluxo maior de estímulos sensoriais e intelectivos são os terminais rodoviários e outros pontos de influxo de pessoas de vários locais, como por exemplo postos de saúde, delegacias, hospitais, etc (embora nestes últimos as pessoas sempre vão com algum problema). Em casa ou na rua a massa humana ou está dispersa no universal e despersonalizada(rua) ou aprisionadas na particularidade e no familiar (casa). Na rua só abordamos para conversar aqueles que já conhecemos, em casa só conversamos com estranhos, quando trazem produtos: religiosos (testemunhas de Jeová por exemplo) políticos (candidatos) e produtos comerciais, etc. Nos pontos de convergência de pessoas que mencionei no principio (terminais rodoviários, aeroportos, hospitais, etc) as pessoas são "aprisionadas" espacialmente e por alguma fração de tempo, o que permite uma interação maior do que na rua e com um simulacro de casa. É como um misto de casa-rua fugaz. Quantas amizades e famílias não começaram nestes locais? Geralmente esperar um ônibus ou ser atendido numa fila é torturante, é como estar em um limbo , mas você poderia aproveitar para fazer novas amizades ou ler um livro. É certo que festas noturnas, circos, parques de diversões, praias, etc, que são locais de lazer, são mais apropriadas para fazer amizades e se divertir. E são pontos de convergência de pessoas de diversos locais. Mas cada um destes pontos de diversão (e conversão) apresentam seu público homogêneo e específico. Parques de diversão, crianças e adolescentes e seus pais. Festas noturnas, jovens e adultos, geralmente solteiros ou enamorados. Estes locais não são como o pontos de distribuição de destinos como os terminais ferroviários ou os locais de acolhimento de enfermos e acidentados como os hospitais. As pessoas nestes locais são heterogêneas. Com faixa etária diversa, religiões ou raças distintas, e até mesmos classes sociais outras (caso um de uma classe mais alta se veja temporariamente sem seu automóvel). Um terminal agrupa um feixe de destinos possíveis, é um centro convergente de onde parte para múltiplos escopos, seres de divergentes origens. 
Outro nódulo sócio-espacial que aprecio são as feiras livres, uma inversão do que acontece quando um vendedor bate a nossa porta. Gosto de feiras pelo mesmo motivo supramencionado. Bem se vê que não sou nada misantropo. Mas a feira concentra a atenção no comércio e não nas pessoas. Não permite aquela contemplação pessoal, aquele diálogo gratuito e descompromissado. 
    
Agora, por favor, faça um esforço de abstração e esqueça as particularidades, os acidentes, os adjetivos destes locais que mencionei. Veja-os apenas como centrais de convergência de pessoas e posterior divergência teleológica (fins múltiplos). Abstraindo tudo a imagem "geométrica" que fica são diversas trajetórias convergindo se agrupando (se cruzando) e depois divergindo. A imagem que fica é a do cruzamento ou encruzilhada. Que comportar uma forte simbologia.


Estes "locais" são pontos onde entes de diversas origens se encontram e depois se separam. De onde tudo vêm de todo lugar e vai para todo lugar. Há uma forte carga psicológica e simbólica nestes pontos que podemos chamar de encruzilhadas. Não é átoa que os despachos de macumba são colocados nas encruzilhadas. Também não é por acaso que as estátuas dos deuses antigos eram colocadas nestes lugares. Não apenas pelo número de pessoas que passam por estes lugares mas pela atmosfera densa que os envolvem.

CRUZAMENTO DE VIAS
 Para uma compreensão maior dos significados por trás da encruzilhada, cruzamento e por fim da CRUZ  veja o livro de metafísico Rêne Guenon de título O Simbolismo da Cruz. E poderá ver também a antiguidade deste símbolo e sua universalidade neste escrito aqui (A Cruz e seu simbolismo)Se você for protestante veja a parte final do simbolismo/misticismo joanino. Veja também o interessante texto de onde tirei esta gravura aqui:
Como bem nos explicou Einstein o universo não têm um centro físico e todos os pontos de vistas são relativos (em sentido físico). Somente a partir de um ponto de vista relativo e que nós criaturas podemos entender as coisas. Existem núcleos ou centrais para onde tudo converge além dos já mencionados acima. São centrais de operações, centrais de informações. Normalmente as pessoas não se apercebem de quanto a cidade é perigosa (acidentes de trânsito, assaltos) ou enferma até permanecerem nem que seja por meia hora numa hospital ou delegacia. Por exemplo. Todos os dias me levanto e cuido de minhas atividades, no final do dia vou dormir. Tudo transcorreu dentro de mais pura normalidade. Não sei de nada que aconteceu na cidade e acho que tudo estava bem. Ledo engano. Houve dezenas de acidentes de trânsito, centenas de pessoas foram hospitalizadas por diversos motivos, o SAMU, bombeiros e polícia foram acionadas por múltiplas causas e eu simplesmente não fiquei sabendo. Apenas quando a imprensa consegue "chegar junto" dos acontecidos e que fico informado  pela televisão. Se você ficar uma hora numa central de operações da policia você sai precavido e assustado com medo de ser assaltado a qualquer momento. Mas ante de as informações de assaltos em vários pontos da cidade terem chegado até a central você esta inocente e despreocupado pois o perigo não existia para você. Não existia para você porque você não estava no ponto central para onde todas as informações sobre aquele determinado evento (o crime) ia naturalmente. Você vivia tranquilamente pensando que só de vez enquanto acontecia um crime vultuoso porque você estava longe do núcleo gravitacional dos informes sobre violações do côdigo penal. O mesmo se pode dizer caso você passe uma hora no SAMU, no corpo de bombeiros ou num grande hospital, onde a correria é acelerada. Curiosamente sua percepção será deformada ou melhor informada de acordo com a atração para um ponto gravitacional de convergência de informações. Se por acaso você ler apenas sites religiosos é claro que você tenderá para uma visão espiritual da vida. Se você ler apenas sites ateísticos provavelmente você será um ateu. Pois estes sites ateísticos e religiosos são como núcleos centrais que só apresentam argumentos favoráveis a seu PONTO de vista, seu local de visão da realidade. O argumento contrário ou é minimizado ou ignorado completamente. O mesmo vale para as ideologias políticas pois " quem quer a verdade compara o jornalismo de esquerda com o de direita e tira suas próprias conclusões". É sair de seu ponto de vista e ir para o do lado contrário e voltar e ir de novo e pela comparação chegar a um resultado final. Se eu ficar só em casa não tem crime nem acidente ou doença (apenas esparçamente) mas este ponto espacial e de vista em que me encontro não abrange a  real situação em que me encontro como cidadão (no sentido de morador de uma cidade).
 Estou fora dos cruzamentos, das encruzilhadas informáticas onde a vida passa. Somente se me alçar a um posto de observação privilegiado poderei ter uma intelecção melhor e maior de tudo 
Toda cruz é formada por um cruzamento de duas retas. Um cruzamente  urbano é formado pelo encontro de duas ruas. Agora vamos subir, alçar vôo. Um conjunto de cruzamento de vias rodoviárias forma o que? Um arruamento. Que é o traçado formado pelas ruas de uma cidade que apresenta a forma de uma grade.
Pelo acumulo de cruzamentos  chegamos a uma teia/rede/malha (um grupo de cruzinhas unidas forma uma grade). Da cruz a grade.
De toda a simbologia da cruz como podemos ler nos textos dos links acima podemos dar um salto para uma compreensão de uma amplitude maior usando
agora a simbologia da grade ou malha ou TECIDO (O simbolismo do tecido)...










CONTINUA

terça-feira, 26 de junho de 2012

SUGESTÃO DE LEITURA 06/2012

OPERAÇÃO CAVALO DE TRÓIA 08



Conclui a leitura do oitavo livro de J. J. Benítez da série Operação Cavalo de Tróia e gostaria de deixar minha recomendação para o hipotético leitor deste blog a leitura desta série. Gostei da série (ainda falta o último livro) por nos permitir um mergulho realista  na Palestina antiga, obra de arte de Benitez. Por aumentar a cultura bíblica do leitor e de certa forma fazer com que Jesus Cristo (Benítez nunca usa o Cristo mas Jesus de Nazaré) se torne mais real em nossa imaginação. Pretendo ler novamente o primeiro livro pois foi o que mais gostei.

Somente advirto ao leitor cristão para duas coisas:

1) A tese de que os Deuses eram astronautas que Benitez endossa com sutileza e elegância introduzindo-a gentilmente na trama com fineza. Jesus ET, entendeu?
2) O virus gnóstico da confusão do Eu com Deus, e do controle absoluto do Ego sobre a realidade (impiedade). O Cristo de Benitez doutrinariamente não é Cristão. É Gnóstico.

(A teologia de Benitez é sôfrega e sua metafísica é de lascar). É uma amputação da capacidade abstrativa das pessoas modernas diagnosticada por Mário Ferreira dos Santos.


Isolando estes dois defeitos e só aproveitar.




A propósito isto me lembrou de que muito do que li em Benitez não era novidade pois a cultura bíblica ali impregnada eu já vislumbrava nas matérias das revistinhas A Sentinela e Despertai! das Testemunhas de Jeová (gnósticas por seu turno) Foi mais um resgate das conexões sinápticas e engramas adquiridos em anos de leitura daquelas revistinhas quando eu próprio era uma Testemunha de Jeová (Oh! não me leia Ancião!). Embora devamos considerar elas Cristãs. (Não vou salivar no recipiente em que me alimentei.) têem uma certa contaminação doutrinal.



Da próxima vez em que as T.J. lhe oferecerem um revista aceite e leia as matérias "internas",  recomendo.

Até mais.

P.S: ainda hoje eu leio as revistas...


terça-feira, 10 de abril de 2012

ENSAIO 03/2012

 RETRORÉPTIL CONTRA METAMAMÍFERO

Um dia, estava eu brincando com meu filho pequeno de 03 anos de idade com algumas réplicas plásticas  em forma miniaturizada de animais. Estava lhe mostrando várias espécies: vaquinhas, leões, camelos e etc, quando inesperadamente ao lhe mostrar um "dinossauro" ele recuou assustado e gritou. É só um "calango"  filho, disse-lhe eu. Achei a reação inusitada, por que não se assustou como o leão? Passado um tempo consegui outro réptil de brinquedo, desta vez um lagarto. Lhe fiz a surpresa e ele teve outra reação de refugo. Então percebi que aquela reação era atávica, era geneticamente programada, era instintiva, era de um ponto de vista psicológico, arquetípica. Era uma reação pura, sem nenhum condicionamento cultural, sem nenhuma apredizagem. Era ingenuamente natural. Embora não seja o que diga este estudo aqui. Posso até mesmo estar incorrendo em erro por uma indução apressada causada por uma pequena amostra estatística. Mas faça a experiência : dê um cavalo  ou um peixe e depois dê uma serpente a seu filho e compare as reações. Hoje o moleque tem pavor de cães e brinca sem medo com os dinossauros. No caso dos cães, foram EXPERIÊNCIAS desconfortáveis que lhe condicionaram a ter medo deles o que não acontecia quando ele era menor. Como no dia do ocorrido ele estava imaculado de contaminação cultural, creio que aquela reação foi antropológica, própria da nossa espécie, a humana. Mas, mais do que isso uma reação de nossa classe biológica a Mammalia de Lineu e da Parmalat ou os Mamíferos. Porque nós somos mamíferos. Com um adicional que falarei mais à frente. Durante eões de anos no passado os reptilia dominaram o planeta impiedosamente a sangue frio, como só eles sabem ser(estudos dizem que nem todos eram assim), então de acordo com a teoria da evolução surgiram as aves e os mamíferos à partir dos próprios répteis, e estes últimos, os mamíferos assumiram o "comando" do planeta. Nos livros didáticos podemos encontrar esta história. Hoje alguns mamíferos mais sabidos que o restante do reino animal usa o que sobrou de alguns reptéis para "boyzar "nos finais de semana com seus veículos.... foram suplantados as cobras e lagartos?


Contrariamente  ao que dizem alguns, este pessoal  dos "teóricos da conspiração" estão certos em muitos pontos. Os reptilianos iluminatis estão entre nós, mas não são intra ou extra terrestres. O que os combatentes da Nova Ordem Mundial fazem é jogar para o exterior o que está dentro de nós. Projetam um fenômeno interior no mundo externo. Materializam, hipostasiam um fato que existe dentro de nós. O que restou da dominação réptiliana do passado é uma parte do cêrebro chamanda R-complex ou cêrebro reptiliano. (Veja aqui, eu juro que não me baseie neste post, mas o que eu queria escrever já estava explicado aqui. É a convergência da verdade. Pensei até em desistir de escrever este ensaio por não ser novidade, mas tenho algumas coisas a acrescentar e reajustar) Pois bem, a ação desta parte oculta em nós é a origem de muitos de nossos problemas é como uma frase que inicia um livro anarco-baguncista: 

"Estamos em Território Inimigo & o Inimigo está em nós. A primeira Grande Batalha contra o Império deve se dar dentro de Nossas Cabeças." (Manual Prático de Delinquência Juvenil - é permitido o download).

A serpente que ataca o calcanhar da "mulher" e move um combate milenar contra a humanidade está dentro de nós e seus efeitos então se espalham no mundo. (Gênesis 3:15) É o resultado de um "dano" que fez o cerêbro reptiliano assumir paulatinamente o comando. Está dinâmica é bem ilustrada na iconografia cristã onde os santos mantêm um réptil sob sujeição
Indicando que neles mesmo as pulsões do cêrebro primitivo estão sob controle. É só em segundo grau que este combate se dá com os outros. Quando eles sucumbindo a anomalia psicofísica vem para cima dos santos para tomar posse e dominar. Este é o nosso verdadeiro problema com os répteis. Quando alguém diz que sua sogra é uma cobra está intuindo algo para além de um apelido injuriador. O Tema nos fustiga por baixo como uma machucadura no calcanhar e não os esquecemos. Então a imaginação corre solta.

Você já deve ter me entendido. Répteis não brincam, não amam. Fica só ali paradões. Só comem e copulam mecanicamente, friamente como máquinas biológicas. Com excessão dos adoráveis e simpáticos quelônios todos os outros são carnívoros, terríveis predadores como o são os crocodilos e anacondas. Os carnívoros mamíferos quando são filhotes brincam já os repteis não têm esta capacidade. Só lutar ou fugir. Raiva ou medo. Ao sairem do ovo nunca mais têm contato com seus genitores nem dependem mais deles. Os mamíferos moram em seus genitores por um período e continuam dependentes deles e independentes da natureza por uma fase inicial de suas vidas. Até mesmo o alimento (leite) é fornecido pela "ambiente biológico", criado pelas genitoras.Os mamíferos possuem uma pequena autonomia sobre forças da natureza por serem vivíparos. Os reptéis são mais dependentes até mesmo sua temperatura acompanha a do ambiente.






CONTINUA






CONTINUA

terça-feira, 3 de abril de 2012

SUGESTÃO DE LIVRO 05/2012

OPERAÇÃO CAVALO DE TRÓIA 5 - OS OUTROS MUNDOS

SUGESTÃO DE LIVRO 04/2012

OPERAÇÃO CAVALO DE TRÓIA 4  (NAZARETH)

Neste quarto romance de Benítez o Major Jasão acompanha a mãe de Jesus, a Senhora, juntamente com alguns parentes dela numa viajem do lago da Galiléia até Nazaré, neste livro é narrada como foi a infância e adolescência do Galileu. 
Como deixei passar batido os comentários à leitura parri passu, já estou no livro 5, direi só o acima sobre o enredo.

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Há muitos anos tinha o objetivo de ler esta série inclusive tinha até mesmo feito o Download do primeiro e começado e ler,(mas já parei com estas ilicitudes) a oportunidade chegou quando alguém doou a série para a biblioteca pública municipal da minha cidade, cujo único indício do dono anterior é uma mensagem no canto esquerdo superior em escrita cursiva rezando: "Para meu amor com carinho! Isa Carla 14/09/98" 
 Caso não fosse a generosidade da senhora Isa "Brun" (escrito em outro livro)  não teria a chance de ler, talvez, esta série. Como os livros não chegaram  até mim vindos da gráfica todos impressos na mesma época, mas foram comprados um por um de acordo com a data em que iam sendo impressos achei curioso o efeito do tempo sobre as páginas dos códices. O primeiro apresenta o escurecimento do papel e assim sucessivamente, como camadas temporais, cada exemplar vai clareando a medida que vai se aproximando do hoje, do momento atual.
Sobre uma possível filmagem de algo baseado neste livro , acho  até que seria uma boa idéia e como para bom imaginador meia montagem basta:


CONTINUA 

segunda-feira, 19 de março de 2012

SUGESTÃO DE LIVRO 03/2012


OPERAÇÃO CAVALO DE TRÓIA 3

KENNERETH


Continuando na sequência de livros da série Operação Cavalo de Tróia (Veja os anteriores Um e Dois) J. J.Benítez empreende uma busca pela segunda parte do Diário do Major que estava na custódia de um guia turistíco em Jerusalém. Na parte final do livro anterior Jasão havia deixado um enigma em forma de verso que levou Benítez a uma busca pela Terra Santa em museus e ruínas na procura da tal segunda parte do Diário. Faça uma mixagem em um  liquidificador literário de Indiana Jones, As aventuras de Tintin, Sherlock Holmes e as estórias de Dan Brawn e terá um vislumbre do que passa J. J. Benitez, o autor-personagem até tomar posse do calhamaço escrito pelo Major da Força Aérea Norte Americana em uma missão secreta de viajem no tempo até a época em que Cristo vivia na Terra. (Lembrando que esta série começa no início da década de oitenta)  O primeiro 1/4 do livro (mais de 100 páginas) é dedicado a caça de Benitez pelo já mencionado diário tentando decifrar o criptograma deixado por Jasão no final da primeira parte. Benitez usa de todos os recursos arqueológicos, numerológicos, cabalísticos, históricos etc, se corresponde com peritos de várias partes do mundo na tentativa de decifrar o enigma. Ao final deste empreendimento começamos a mergulhar novamente na atmosfera bíblica até uma aproximação gradual ao Nazareno. Se na primeira parte deste livro terceiro Benitez "enrolou" a história até o começo da leitura do Diário, na segunda parte, mais 1/4 de páginas do total do livro ele "enrola" até o aparecimento do Galileu. Ele faz un tour pela Terra Santa, uma viajem em torno do Kennereth ou Mar de Tiberíades ou Mar da Galileia. Nós apresentas a orografia da região, as plantas, os animais, as cidades, os rios, os povos, os costumes, os utensílios, os barcos, as roupas, etc, foram mais de 100 páginas mergulhados no Israel antigo, e fechando "o cerco" cada vez mais na região da Galileia e se aproximando dos pescadores galileus...

KENNERETH / MAR DA GALILEIA / MAR DE TIBERÍADES / YHAM
Foi em volta deste lago que aconteceram alguns dos momento da  vida pública do Messias e algumas de suas aparições após a ressureição......................................
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Ok......Como eu perdi o acesso a internet umas duas semanas não deu para comentar até o fim este livro, pois já estou no Operação Cavalo de Tróia 5, tendo concluida a leitura do 4 (Nazareth), e como o volume de informação é muito grande, perdi o fio da meada na narrativa, pois não me lembro muito bem do restante deste livro aqui... Depois deste livro já  li mais 2 com mais ou menos 400 páginas.

















Mas mesmo assim continuo recomendando este romance com fundo bíblico, mesmo não apresentando um cristianismo ortodoxo, quisá seja mesmo um cristianismo. Muitas coisas interessantíssimas você poderá encontra neste livro 3. 
É isso aí
Até o próximo 

sexta-feira, 16 de março de 2012

ENSAIO 02/2012

                               FLASH DOMINICAL






“Assim como Cristo aceitou a morte corporal para dar-nos a vida espiritual, assim também suportou a pobreza temporal para dar-nos as riquezas espirituais.” - Santo Tomás de Aquino




Em uma missa recente ao contemplar o sacerdote erguendo a hóstia e o cálice com o vinho, cujo simbolismo não há necessidade de mais explicações, fiquei me indagando sobre o significado mais profundo, metafísico ou sua razão verdadeira, seu âmago ontológico, além daquele de ritual. Se foi uma luz do céu eu não sei, se fui eu mesmo que conclui também não tenho certeza, mas me veio a mente neste átimo de segundo, enquanto o padre erguia ao alto os emblemas (e nossos corações juntos) dois ensinamentos de dois  escritores de temas religiosos, que me deram uma visão do verdadeiro significado deste rito. Economizando caracteres não falemos nós sobre o significado exotérico e tradicional. Falemos em esoterismo cujo um nome importante foi Renê Guenon. Aquele rito que eu estava vendo era "uma execução de um símbolo", uma encenação de uma cosmovisão, uma analogia. Para os protestantes um memorial a Cristo. Para os católicos também mas com o adicional de que Cristo se faz presente substancialmente nos emblemas. Trata-se então de uma analogia de realidades maiores. Renê Guenon no capítulo dois do livro Simbolismo da Cruz - (1983) - fala sobre analogia metafísica e diz: 

 "...que toda verdadeira analogia deve ser aplicada em sentido inverso: é isto que representa o símbolo bem conhecido do “selo de Salomão”, formado pela união de dois triângulos opostos . Assim, por exemplo, do mesmo modo como a imagem num espelho é invertida em relação ao objeto, aquilo que é primeiro e maior na ordem principial é, ao menos aparentemente, o último e o menor na ordem da manifestação. Para fazermos uma comparação no campo da matemática, é assim que o ponto geométrico é quantitativamente nulo e não ocupa nenhum espaço, embora seja o princípio pelo qual se produz todo o espaço, que é o desenvolvimento ou a expansão de suas próprias virtualidades. É assim também que a unidade aritmética é o menor dos números se a colocamos diante da sua multiplicidade, mas é o maior em princípio, porque contém a todos virtualmente e produz toda a sua série pela simples repetição indefinida de si-mesma."

Dada esta fórmula e aplicando-a ao rito eucarístico ficou fácil entender o que estava ali se passando. É só inverter todos os elementos. Ao assimilar-mos Cristo aqui no temporal, será ele que nos assimilará no Eternal.  Sendo Cristo  um círculo pequeno (um "ponto geométrico") aqui no temporal (na ordem da manifestação na terminologia Guenoniana) será algo grandiosissímo, infinito no eterno.  Invertendo tudo, o que fazemos com Cristo, será o que ele fará conosco. Cristo se torna Carnal e nós o incorporamos, ao morrermos nos tornaremos espirituais e ele nos recolherá em si. Nossa alma imortal será a hóstia de Cristo.  Dada a fórmula guenoniana eu sintetizei com o que disse o filho de Olavo de Carvalho, o Luiz Gonzaga de Carvalho Neto em uma aula sobre religiões:


          "...O processo – só pra fazer uma comparação aqui – que o Cristo faz no Cristianismo é como que o inverso complementar disso. Ele não entrega uma parte do psiquismo Dele pra ficar conosco, mas Ele fala: “depois que você morrer, Eu recolherei o seu psiquismo em Mim, mesmo que você não tenha atingido a realização; e em Mim você atingirá”. É isso que é a salvação, a salvação sem mérito de que o Cristo fala. “Olha, o seu psiquismo estava em uma condição tal que ele seria deteriorado depois da morte; no entanto, depois que você morre, Eu pego este psiquismo e ponho no Meu ser, integro-o no Meu ser, e aí ele sobreviverá até ele atingir a mesma realização que sou Eu" (Veja a transcrição desta aula aqui

Este mesmo instrutor em outra aula    diz que os "Ritos são um conjunto de símbolos que o sujeito opera, e naquela operação ele recebe uma dose mínima do objeto que ele deseja no plano do transcendente...ritos são a operacionalização de símbolos...rito é um símbolo operando...um rito é um símbolo vivenciado. 

Guenon e Luiz Carvalho me ensinaram mas acho (talvez) que foi Deus que coordenou a síntese.


Nós incorporamos Cristo na Eucaristia aqui em baixo no mundo material, Ele "incorporará" nossa alma lá em cima no mundo espiritual. O que é pequeno aqui é maior lá e vice-versa, de acordo com a fórmula dita por Renê Guenon






Sem mais comentários... leia as indicações. Faça a catequese e a primeira comunhão.


ABSOLUTUM

quinta-feira, 8 de março de 2012

SUGESTÃO DE LIVRO 02/2012

OPERAÇÃO CAVALO DE TRÓIA 2  - (Massada)


Li então o próximo livro de J.J. Benítez na série O.C.T (Operação Cavalo de Tróia). (Veja o primeiro).
 Após conspirações internacionais, tramas e intrigas secretas envolvendo os governos dos E.U.A e a U.R.S.S. ambos jogando os árabes contra judeus e vice-versa, para ferrar com a distribuição de petróleo para Europa e Japão, o  livro nos relata a montagem de uma base conjunta judáico-americana no cimo de Massada em Israel de onde viaja novamente o "Berço" de volta no tempo para o ano 30 de nossa era comum. 
Massada - veja mais fotos neste link
Modelo de  Massada visto de cima
O motivo desta Segunda viagem no tempo é a  recuperação de uma escuta que Jasão havia deixado em um móvel próximo ao Mestre e seus discípulos  na famosa última ceia. Uma regra do pessoal da equipe  Cavalo de Tróia era que os viajantes não deveriam  alterar a história e nem deixar objetos do futuro no tempo passado. Outro razão da missão era observar com a "Vara de Moisés", desta vez com modificações técnicas,  observar o corpo glorioso do Messias, o corpo ressuscitado dele. A viajem no tempo trouxe dano para a saúde dos "crononautas". As células neurológicas de Jasão e seu companheiro Eliseu estavam em estado de aceleração da degeneração senil. Novamente disfarçado de comerciante grego Jasão se infiltra no grupo de discípulos do Galileu que após a morte do mesmo estavam perplexos e acuados em esconderijos, sem noção do que deveriam fazer em seguida. Como narram os evangelhos alguns aguardavam um evento fantástico outros não tinham fé que Jesus voltaria do mundo dos mortos. Jasão penetra furtivamente na tumba onde estava o corpo de Cristo e nota que os panos que envolviam o corpo permanecem no lugar e percebe que a forma como os tecidos estão dispostos é como se o corpo que continham tivesse sido aniquilado ainda dentro do envoltório e o tecido tivesse se "desinflado". O Major leva o "sudário" para o módulo e após algum tempo dados surpreendentes são revelados... mas não tenho tempo de digitar. A análise é exaustiva, milimétrica, atômica e etc, e descobre-se então que este pano é o...
Sudário de Turim , isso mesmo. Que uma pesquisa aprofundada seria uma interessante empreitada. Depois de devolver o pano no local onde os serviçais do Sinédrio tinham jogado primeiramente, o Major passa então a "perseguir" o Nazareno num tipo curioso de Triller ou suspense, um jogo de "gato e rato". Hora Cristo aparecendo aqui, hora ali, para indivíduos isolados e desacreditados até que num crescendo de expectativas frustradas e dúvidas lancinantes ele aparece para o grupo finalmente. Sem indiretas ou insinuações o autor descreve as aparições de Jesus como algum tipo de Holografia, sendo que até mesmo sua voz se mostra metálica como se fosse originada de um sintetizador. Uma forgicação, um teatro para enganar os cristão por dois milênios. A aparição final então mais misteriosa ainda deixo que você descubra ao ler, (se for ler). Esta eu não entendi ainda. A vara detecta que o corpo visualisado não tinha alguns orgãos como os demais corpos humanos...
Na página 446 Benitez introduz uma nota do autor, que reza, em parte: 

"...E antes de seguir adiante, uma advertência que não quero deixar de fazer: Como afirmo no princípio do Operação Cavalo de Tróia 2, alguns pontos que expomos a seguir são tão chocantes, que recomendaria aos leitores de idéias e princípios religiosos excessivamente conservadores que abandonassem a leitura. Cumprindo esta real advertência, passemos a essa parte dos documentos..."


Sejamos adultos. O autor foi sincero, foi honesto comigo, conosco. Eu sabia do que o livro tratava eu já tinha ouvido falar sobre quem era J.J. Benítez, eu conheço a teoria dos Astronautas divinizados. Mas não dei muito crédito a advertência pensando que o "chocante" seria teorias, doutrinas, ensinamentos, concepções metafisicas de realidades alternativas, heresia gnóstica, "verdades" científicas em confronto direto com a palavra de Deus, etc. Isto não choca ninguém! Agora o que ele faz após esta advertência é esculhambar com a concepção que temos de Maria a mãe do Senhor. Os católicos mais, os protestante menos, na graduação do afastamento do catolicismo, todos tem uma imagem beatífica de Maria. Mas transformar Maria numa revoluciónaria zelote, numa "sionista" nacionalista simpatizante de guerrilheiros é mesmo chocante! Ao ler os diálogos de Jasão com Maria, eu senti pela primeira vez, um impulso de abandonar este projeto de ler toda a série Cavalo de Tróia, mas assim como pediu o Major ajuda do céu para continuar a escrever eu peço para ler. Não ,não tenho medo de visões alternativas da realidade, acontece que o que o cara fez foi dar um ar de "mau caráter" a Nossa Senhora.  Se eu xingasse a mãe de Benitez seria mesmo chocante para ele. Isso não tem nada haver com cristãos caipiras, burrinhos, obscurantistas que tem medo da ciência, do conhecimento, tem a mente quadrada, bitolada, não é mesmo? Mas ninguém está me obrigando a ler, e isto é uma ficção. Coisas pavorosas se escreveram sobre a Virgem Santíssima e ele repetiu aqui, se ela era virgem ou não, etc, seu relacionamento com José e etc, isto tudo eu já tinha lido em outros lugares. Não havia necessidade... Ataque moral é um pouco diferente de ataque intelectual... Ele diz que o motivo de Jesus ter fugido para a Índia aos 12 anos(  e só voltando décadas depois) foi pressão de Maria para que Ele, o Messias, se unisse aos Zelotes, os amigos de Barrabás! Aff. Nada é puro para os impuros...


O Cristo Beniteziano não veio para livrar os homens da escravidão do pecado de origem, mas para dizer que todos são bonzinhos aprisionados num mundo mal e que pelo conhecimento galgarão estágios de aperfeiçoamento kardecista rumo a gostosura final (ai eu estou me achando!) onde sua vontade absoluta impere sobre o universo, inclusive sobre o próprio Deus. Que na verdade pensa que é Deus, mas é só um Demiurgo que contraria com seus escritos e representantes nossos anseios pessoais. Não à toa o major joga flores no provável sepulcro de Judas Iscariotes, e diz que sente uma atração por aleijados morais.


Câmbio Major! Foram 02 e contando.

Até o próximo!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

SUGESTÃO DE LIVRO 01/2012

O EVANGELHO SEGUNDO J. J. BENÍTEZ


Entramos na quaresma, antes dela neste último carnaval concluí a leitura de um livro que esperei uns 15 anos para começar. Trata-se de Operação Cavalo de Tróia de J. J. Benítez que conta a história de um major da força aérea norte-americana que a bordo de um módulo chamado "Berço" viaja do século XX para o ano 30 do século I e disfarçado de um comerciante grego se mescla clandestinamente no meio dos seguidores de Jesus Cristo. Um viajante fica no módulo estacionado em algum ponto do Monte das Oliveiras se comunicando com o major e passando por via comunicador implantado no ouvido do dito  as informações liguísticas, arqueológicas, históricas, econômicas, teológicas, filosóficas, etc e coisa e tal que recebe de um computador chamado "Papai Noel " que fica dentro do Berço. O major recebe estas informações atravez de algum tipo de ponto eletrônico. Isto facilita a ele se desembaraçar no meio da cultura de Jerusalém desta época. Uma curiosidade é a "Pele de Serpente" que o Major cujo codinome na Missão  é Jasão usa em todo o corpo, na verdade tratá-se de um spray que ele asperge em si por inteiro menos a cabeça , criando uma película tão resistente que é capaz de suportar um golpe de lança ou adaga. Esta pele é invisível.(E já inventaram uma pele de serpente na realidade) Outro artefato que Jasão usa é o "Bastão de Moisés" que possue embutido todo um sistema informático de recepção e armazenamento de dados. Filma, grava sons, possue um sistema de infravermelho e mais outras bugigangas, é com este cajado que O major ou Jasão acompanha a VIA CRUCIS de Cristo gravando tudo. O livro tem mais de 500 páginas sendo que o escritor é tão detalhista mas tão detalhista que chega a descrever as varizes de Pôncio Pilatos. O Livro é cheio de notas de rodapé com eruditismo histórico permeando toda a narrativva, o autor se baseou nos Evangelhos canônicos evidentemente, mas também nos evangelhos apócrifos, nos textos gnósticos (inclusive fez Jesus citar textualmente trechos destes evangelhos). Baseou-se também nos historiadores antigos, tipo Flávio Josefo...                 ...spoilers...
 A primeira parte do livro lembra muito o Dan Brawn, com enigmas, bilhetes cifrados, buscas em monumentos e até perseguições de agentes secretos. Na sequência  depois disto tudo a equipe da NASA monta  uma base em Israel para se preparar para a vigem no tempo. Imagine-se esgueirando-se pelas vielas escuras atrás do traíra do Judas que saiu da Santa Ceia e foi procurar os chefes religiosos para entregar o Mestre ou colocando um mecanismo filmador no local da dita última ceia e terá uma prévia do que é Operação Cavalo de Tróia. Além de ter uma leve pitadinha de heresia gnóstica (pois Juan José Benítez tapou o buracos do Evangelho com todo o material disponível) ele insinua lá pelo meio do livro quando eu já tinha até me convencido de que o cara era cristão até a medula a teoria de que:

Isso mesmo, Jesus era um viajante intergalático ou interplanetario, insinuando levemente, sutilmente e devo dizer a bem da verdade com maestria que Eram os Deuses Astronautas. Estas ocasiões em que esta teorias são mencionadas são  as: na hora em que Jesus está orando e suando sangue e prestes a ser capturado quando um anjo de botas espaciais lhe ministra ajuda naquele momento tão crucial e ao mesmo tempo o computador "Papai Noel" detecta uma objeto voador sobrevoando o morro das azeitonas. Outro momento é quando ocorre o terremoto narrado nos evangelhos após a morte de Cristo, sendo que, segundo os sensores do módulo foi uma explosão nuclear no subsolo a alguns quilômetros de Jerusalém que provocou o abalo sísmico. J. J. Benitez fere de morte então qualquer pretensão de uma conciliação de sua história com os evangelhos quando insinua que o corpo de Cristo após a morte foi desintegrado por tecnologia alienígena e uma clone tomou o seu lugar fingindo a ressureição.(confira 1 Coríntios 15:13-14, 17, 20 - "...se Cristo não ressucitou é vã a nossa fé...). 


Você assistiu a Paixão de Cristo do Mel Gibson? Veja aí ao lado. Rapaz, o que J.J. faz com Jesus, ou fez com que judeus e romanos fizessem com Ele não é brincadeira, isto aí ao lado é só uns 10% do que aconteceu com o Cristo narrado no Operação Cavalo de Tróia. Chega ao limite do escatológico, do repugnante contado com linguagem médica (o tal Major/Jasão é médico) cada detalhe das feridas e hematomas do Nazareno. O major usa às veze umas lentes (as tais de crótalos) que permitiam e ele  ver até os batimentos cardíacos de Cristo e tudo o que aquele sofrimento excruciante e paroxístico estava lhe causando pelo resto do organismo... (contava plaquetas, hematócritos, etc.) Minuto a minuto segundo a segundo Benitez nos faz participar da contagem regressiva até o "Meus Deus porque me desemparastes?" e a morte por asfixia e tetanização generalizada. O psicochoque para mim foi tal que fiquei alguns dias meio abalado.
Outra coisa que poderia elogiar no autor foi sua maneira de abordar a história. Ao invez de usar o narrador onisciente usou o recurso de contar em primeira pessoa (no caso o Major narra em seu diário oculto), ao fazer isto J.J. Benitez é obrigado a explicar todas as vias e canais em que a informação chega ao Major sem que ele esteja as vezes no local, quando a narração continua (como se fosse o recurso do narrador onisciente) é por que alguem enviado (ou não) pelo major estava no local como testemunha e isto provoca um rodopio incessante por vários pontos de vista dando ao enredo o aspecto de um inquérito policial em alguns momentos. Devo lembra ainda que se não me engano o Operação Cavalo de Tróia já tá no número 7 ou 8 nas continuações.
Como escritor, como escritor e expositor de uma narração, o autor deste livro merece uma nota 10.

APROVADO
Até o próximo!