segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

GRAVOSFERA

GRAVOSFERA



Como desde a minha infância gostei de ler e estudar amadoristicamente, cheguei a ler uma quantidade de livros considerável e acho que aprendi algumas coisas neste passatempo. Por isso resolvi escrever neste blog algumas das idéias, conceitos e outras coisas mais que me vieram à cabeça. Considerando o tempo transcorrido desde o primeiro post do blog e a data atual (26/novembro/2007 à 26/janeiro/2015) deveria haver centenas de postagens e não apenas as 55 que tem. Acontece que escrevo neste blog também amadoristicamente sem preocupação com números ou com o reino da quantidade. Doravante após este pequeno balancete tentarei ser mais assíduo nas postagens  do blog e também tentarei terminar as postagens incompletas.



GRAVOSFERA



O nome Gravosfera foi uma constrição ou compactação do antigo nome do Blog: ATMOSFERA DENSA, GRAVIDADE DOBRADA  , que após se tirar o adjetivo DENSA e o advérbio DOBRADA, ficou ATMOSFERA  + GRAVIDADE. ou GRAV + SFERA = GRAVOSFERA, que também pode-se dizer que é uma esfera de gravação.



A primeira postagem foi a de um conto de Ficção Científica que escrevi, uma distopia, tema que gostava muito no passado: 




Aqui também temos o mesmo conto noutro formato:





Dois anos depois postei este rascunho de um Ensaio que  vislumbra uma classificação moral nas almas:




Depois continuei escrevendo esparsamente e falei sobre a influência da política na violência aqui:





Posteriormente falei sobre um reflexo das tipologias das castas na produção de entretenimento, sendo a base da pirâmide social representada por anões gêmeos em muitas criações fictícias:






Na sequência discorri sobre uma curiosidade que detectei em um dos  meus filmes prediletos:






Falei um pouco sobre ontologia e transcendência em :







Expus uma recorrência que constatei em filmes e livros aqui:






Fiz uma brincadeira com os Elementos aqui:






Fiz outra brincadeira sobre o Graal e a Copa do Mundo aqui:





Sobre ética e ontologia discorri um pouco aqui:





Tentei demonstrar a relação entre o pensamento mágico e o racional aqui:







Algumas observações sobre o Natal expus aqui:






Sobre a configuração do mundo físico e sobre a consciência aqui:






A parte dois deste texto acima, coloquei aqui:






Uma anamnese afetivo literária, fiz aqui:






Sobre algo transcendente veja aqui:






Uma dinâmica acerca dos reptéis e mamíferos residuais em nós, clique aqui:






Sobre alguns simbolismos, da cruz por exemplo, veja aqui:





Algumas reflexões sobre o Mestre e sobre o Mestre do Mestre, neste local aqui:





Sobre alguns tipos de Paraísos clique aqui:




Sobre o corpo humano e como as religiões tratam de como se deve tratá-lo  veja aqui:





Na sequência sobre Drogas e Meditação veja aqui:





Prosseguindo, sobre o Jogo que é a Vida, veja:







Sobre o que uma fila tem haver com filosofia dê uma olhada aqui:




E mais algumas recomendações de leituras e filmes veja alhures no blog. Bom, foi isto que escrevi nestes 7 anos. Muito pouco. Mas é só um passatempo despretensioso. Pelo menos é o que eu acho. 


Absolutum em 29 de janeiro de 2015.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

MINHA COLEÇÃO DE CABEÇAS

Já ouviu falar de umas tribos indígenas que encolhiam as cabeças de inimigos e usavam como enfeites? Pois bem. Em sentido simbólico tenha minha própria coleção de cabeças. Formada não por inimigos mas por filósofos que admiro. Digo que suas cabeças são minhas propriedades no sentido de que tenho o objetivo de absorver todas as informações que forem geradas por estes núcleos de consciência privilegiados. Não só absorver como também compreender e usar estes filosofemas como ferramentas para entender também o mundo e a mim mesmo. É claro que tenha dezenas de outras cabeças que curto, mas escolhi destacar estes cinco megacéfalos por serem cognitiva e afetivamente os meus preferidos. Os meus gurus e mestres intelectuais. A lista não segue necessariamente uma ordem de preferência pois ora um ora outra esta na frente por causa de um aspecto ou outro, mas são meu pentacrânio-chaveirinho. É claro que estas cabeças são gigantes e a minha é que seria o chaveirinho deles. Mas no sentido de objeto de atenção eles são uma coleção de cinco cabecinhas que tenho no meu chaveirinho.

MINHA COLEÇÃO DE CABEÇAS









Comprei há mais de 10 anos atrás  em um sebo um livro denominado Métodos Lógicos e Dialéticos (clique aqui para o Download) Na época nem prestei atenção em quem era o autor somente percebi que o livro era especial. Encapei ele com uma proteção especial e se tornou meu livro de cabeceira. E fiquei lendo e lendo, por ele ser também muito difícil. Posteriormente através da internet e através de outra cachola privilegiada vim a conhecer o trabalho de Mário Ferreira dos Santos e fiz o download de seus livros e áudios e passei a ouvir (estou ouvindo e lendo até hoje). Foi então que vi que um dos livros que tinha baixado era o mesmo que era meu livro de cabeceira. Posso ser um microcéfalo, mas pelo menos tenho um faro como uma toupeira cega para ir na direção de algo bom. Sem mais rasgamento de seda, o cara é um Cabeça-dinosauro como dizia o Antunes.








Doutor da Igreja, Doutor Angélico, discípulo de Aristóteles fez a síntese da Filosofia com a Revelação Bíblica, O TOMISMO. Defensor da Fé, criador de uma visão total da realidade embora não fechada em si. Que dizer desta cabeça que teve um fim relativamente jovem aos cinquenta quarenta e nove anos? Nada, apenas leia seus pensamentos através de um de seus expositores.








De todos estes crânios mencionados este é o mais misterioso com sua "unidade transcendente das religiões", sua "Tradição Primordial", sua "Iniciação" para a "Realização Espiritual". Alguns católicos até gostam dele mas os protestantes piram. Encéfalo de ouro gelatinoso














digitando



























O Homem Que Nunca Existiu

Dica de livro



Digitando no Google esta frase entre aspas: O homem que nunca existiu -  aparecerá (em 0,34 segundos) em 48 mil e 600 resultados aproximadamente. Esperava menos incidência. O HOMEM QUE NUCA EXISTIU tratasse de o título de um livro. Este códice chegou até mim através de um achamento ou melhor um reviramento que fiz em um latão de lixo de um quartel quando "era" militar. Lá estava a brochura abandonada no meio de vários outros papéis contendo 136 páginas não impressas em gráfica ou mesmo impressora de computador de mesa, mas DATILOGRAFADAS com alguns erros e imprecisões  aqui e ali pelas velhas máquinas de escrever que passaram para a lata de lixo da história. No tamanho e formato mais ou menos de um caderno de matéria de alunos do ginásio, este livro, já com a coloração amarelada de papel velho(datado de 1973)foi um achado e tanto para mim, o título em si já era estranho: O Homem que Nunca Existiu, A História mais espantosa da II GUERRA MUNDIAL, Assombroso dia a revista TIME, Fascinante diz a Saturday Rewiw.  Pelo que pesquisei o livro é raro e só é encontrado em sebos. Mas se você estiver interessado neste exemplar que tenho ligue (63 9200-0105 ou 63 9971-0079). O assunto da história é sobre um engodo que os Ingleses perpetram contra os Alemães os induzido ao erro por pensarem que os aliados atacariam em um local distante do que seria  o esperado por qualquer pessoa com senso comum incólume. Uma jogada de areia nos olhos. Uma desinformação. um drible. Para tanto criaram um Major Martin usado um cadáver
Vestiram uma farda e anexaram uma pasta contando documentos forjados  amarrada com uma correntinha a mão do Major. O corpo foi deixando no mar próximo a costa e os alemãos o resgatam e posteriormente pesquisado os papeis e caido na forgicação. (O melhor texto sobre o livro que li foi este :O HOMEM QUE NUNCA EXISTIU))







DIGITANDO

absolutum


sábado, 15 de novembro de 2014

O SINAL - O SANTO SUDÁRIO E O SEGREDO DA RESSUREIÇÃO




O tema do Sudário foi sempre bastante absorvente e instigante, misterioso e promissor para mim. Por isso ao ver na banca de revista o livro de Thomas de Wesselow, que estava em promoção, não titubeei  e fiz a aquisição num átimo de segundo. Ao segurar o volume e sentir o peso (O bicho tem quase 500 páginas) vislumbrei e pré-saboreei a quantidade de informações sobre o Sudário sem precisar estar sentado fixo olhando para uma tela energizada e sim para um velho e bom Códice de papel que pode ser acionado em qualquer lugar e hora, deitado, sentado, em pé ou de cócoras, numa fila ou dentro de um ônibus coletivo. Sem precisar recarregar como um tablet ou qualquer outro meio. 

De tudo o que já li sobre o Sudário tenho a tendência a achar que ele seja autêntico e era isto o que esperava fosse confirmado pelo livro. E foi, pacientemente, pelo historiador de arte e  escritor. O Sudário tem uma grande probabilidade de ter envolvido o corpo de Jesus Cristo. Muitas dúvidas e curiosidades foram sanadas. E uma provável explicação natural para a imagem no lençol de linho que o autor ofereceu até que achei satisfatória. Mas não revelarei é claro. Leia. O ruim mesmo e eu já tinha previsto isto ao ler o subtítulo "... o segredo da Ressurreição." é que o autor chegando quase na terça parte do livro começa a sair do terreno científico, se mete a teólogo e descamba para inventar a história de que o Cristo que ressuscitou foi o Sudário. Ou melhor, a alma de Cristo saiu do seu corpo e entrou no pano. E isso é que é a RESSURREIÇÃO! Ele passa então a distorcer os evangelhos e pedir ajuda aos velhos apócrifos de sempre. Tudo num malabarismo e contorcionismo intelectual formidável para tentar criar uma ficção de que bilhões de pessoas hoje e ao longo de 2000 anos seguiram as instruções, deram a saúde, os bens, o tempo e vida adorando um... LENÇOL PINTADO. Que Paulo mudou drasticamente desde Saulo, porque viu uma gravura e ficou cego. 


E então ele mete novamente as velhas histórias de que Jesus era casado com Madalena que ela era uma maioral no inicio do cristianismo e os velhotes misoginos patriarcais tentaram abafar sua influência e denegri-la como ex-fornicatriz


A mesma teoria que Dan Brawn eructa no Côdigo Da Vince e  J.J. Benitez flatula no Operação Cavalo de Tróia. O lado feminino da deusa obscurecido por um complô conservador reacionário. Como se nas jaculatórias à Nossa Senhora os católicos já não colocassem Ela quase que acima de Deus alguma vezes. (tipo: Rainha do Universo... rogai por nós!) 


Esse negócio de uma santa rapariga cheira a marcha das vadias. (Ah sim, desculpe, ela era casada com Jesus Cristo.)


O livro traz subsídios para confirmar que Jesus morreu tal como diz o Evangelho, que Jesus existiu mesmo. Mas, antes, porém, infelizmente, não ressuscitou coisa nenhuma e sim, seu corpo viu a corrupção e foi deixado de lado e nós cristãos somos uns jumentos iludidos com um pano extendido na frente dos olhos, fazendo às vezes da cenoura, e a Igreja sacudiu e manejou o pano tal como um toureiro enganando todo mundo durante todo este tempo. 


Podemos ilustrar toda a segunda tese do livro numa simples imagem que sintetiza todos os argumentos secundários e o desenvolvimento histórico posterior da cristandade numa interpretação que o referendo Albert Dreisbach fez de um quadro de Caravaggio:
São Tomé confirmando a ressuireição de Cristo... no Sudário

Mais poderia ser dito mas infelizmente por enquanto é só isso por que estou sem tempo.

É isso aí.
Absolutum

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

FILASOFIA


FILASOFIA




Neste último dia das crianças estava  com meus filhos em um evento patrocinado por um supermercado. Havia fila para o algodão doce, fila para a pipoca, fila para refrigerante, fila para o Touro mecânico, fila para o pula-pula, fila... fila.. etc. Lembrei-me então que onde houver algo de graça haverá fila. Porque o bem visado talvez não seja suficiente para todos os carentes daquele bem. E me veio a mente uma multidão deste objeto que faz parte de nossa vida cotidiana, pelo menos de quem é pobre, desde que nascemos até o último dia. Várias espécies de filas: Fila do caixa eletrônico, fila da casa lotérica, fila do cinema, etc. É claro que geralmente o bem visado pelos membros da fila é suficiente para todos, mas para ordenar a distribuição, disciplinar o movimento das partículas pessoais até o valor é necessário a submissão paciente à uma fila.  Para não tumultuar ou para que não haja saque, onde uns sairiam com muito e outros com nada. Estabelece-se assim a prioridade do primeiro na fila. Quem chegar primeiro é o tal. A fila é uma instituição, um ritual civil, uma religião com seu herege, o fura-fila, que quando é identificado recebe uma saraivada de insultos. Faça-mos algumas considerações sobre a fila.
Diz o dicionário que fila é uma série de coisas dispostas uma após outra (andar em fila indiana por exemplo), fileira de pessoas que se colocam umas após outras pela ordem de chegada. São objetos ou corpos numa disposição em que um após o outro ocupam o lugar que era do anterior. Cada lugar na fila tem um valor, onde este valor vai aumentando a medida que se aproxima do início da fila. O primeiro da fila é alegre. O último da fila é triste e desesperado. E a cada avanço na fila gradualmente uma sensação de alívio vai crescendo. Alívio desta prisão espaço-temporal entre inúmeras outras a que somos submetidos (clique no link:LIMBO).

Quando há um avanço simultâneo de pessoas em direção a um bem ou valor poderemos ter turbulência e alguns sem consciência moral poderão aproveitar a situação para levarem mais do que lhes era de direito, até mesmo pilhar, saquear.

Então criou-se a fila para que o avanço ao fim seja sucessivo, sequencial.



Uma fila é uma estrutura espaço-temporal . É uma forma onde a matéria que a compõe são seus elementos em deslocamento.  Uma fila não existe sem elementos. Em uma fila existe uma hierarquia de valor dependendo da posição espacial do componente no seguimento. Na fila a preferência está sempre adiante e "onde há uma preferência há uma hierarquia, onde há hierarquia há valores" (Mário Ferreira dos Santos). Neste caso o valor é uma localização, o gradiente de valor é quantificado pela distância do primeiro da fila. Mas no caso de uma fileira que se aproxima de algo negativo, como uma fileira para uma execução por pena de morte, enforcamento ou guilhotina por exemplo, a valoração se inverte. Lembro quando estudava a terceira série do colégio primário, quando vacinavam-se crianças nas salas de aula com aquelas pistolas similares as que vacinam gado, quanto mais íamos nos aproximando da injeção no ombro o medo ia aumentado gradualmente. Alguns tinham que ser subjugados fisicamente pelos enfermeiros devido ao grande pavor das pistolas. Não cheguei na idade da velhice ainda, mas presumo que muitos idosos sentem uma apreensão a cada aniversário, vislumbrando o seu ocaso biológico. Sim, é uma fila cronológica que passamos do nascimento até a morte. Uma fila composta não por elementos separados, mas por várias versões do nosso eu.


 Há também as filas simbólicas como os nomes nas listas para se aguardar algo. A fila à espera de um transplante, de um benefício da serviço social, da convocação para um emprego. 


Quem vive dentro do tempo esta sujeito a espera inexoravelmente, pois o tempo é a "medida da sucessão", para nos tudo acontece sucessivamente. Quando você esta almoçando as porções de  comida no prato ficam "aguardando" a sua vez de serem guindadas pela colher e levadas a boca colher por colher. Para quem vive dentro do espaço nenhuma distância é percorrida instantaneamente; do meu quarto para a cozinha tenho que percorrer fatias na extensão espacial. Encarando-se assim parece-me que podemos ampliar esta visão é afirmar-mos que para nós que vivemos no tempo, tudo seja uma fila, pois tudo acontece SEQUÊNCIALMENTE para nós. Em tudo existe antes e depois, anterioridade e posterioridade, causa e efeito. este texto por exemplo você não consegue apreende-lo instantaneamente em uma só contemplação. Terá que ler  palavra por palavra, linha por linha, frase por frase, umas após as outras.

Os anjos embora não existam na dimensão temporal quanto à sua essência, executam alguns atos que acidentalmente obedecem ao principio de anterioridade e posterioridade. Deus, o eterno, acima do tempo, não está preso a nenhuma sequencialidade, tudo o que fez, faz e fará acontece de uma só vez. Ato puro, sem nenhuma mescla da potencialidade, de espera. Ele vive no agora eterno, que faz parte da essência do anjos, mas não dos seus atos. Nosso agora está contido no agora eterno. O ontem,  hoje e o amanhã que para nós acontecem serialmente, já acontecem tudo de uma só vez para Deus. A diferença é como em um desfile de 7 de setembro grande que vêmos passar diante de nós momento a momento. Deus está como um observador em um helicóptero que vê o desfile todo de uma vez, todas a fileiras e colunas num só bloco formando um imenso retângulo. Não existe fila para Deus. Assim também ele vê a nossa vida de fora do tempo. Do nosso nascimento até a morte toda de uma vez, e também a dos que vierem depois e depois e depois. Já viu tudo. Não, vê tudo no agora eterno. onde não há passado nem futuro, só o hoje permanente. Deus já sabe o que nos tornaremos.


Vivemos por fatias temporais e espaciais. Numa fila de momentos. onde os ponteiros do relógio percorrem os segundos um após o outro até o dia em que não haverá mais filas, a não ser de pensamentos e sentimentos.


Enquanto existirmos no tempo e espaço nossa imperfeição metafísica nos obrigará a ter ESPERANÇA  de chegar nossa vez na fila e também muita ...










ABSOLUTUM

terça-feira, 7 de outubro de 2014

GAME LIFE

GAME LIFE


JOGO DA VIDA

Uma pergunta que imagino que todo ser pensante se faz frequentemente e nunca tem um resposta absoluta seja a pergunta sobre o sentido de sua própria existência. Por que existo?  Qual o objetivo de minha vida? Coisas inanimadas e animais irracionais não podem fazer esta pergunta porque não têm a estrutura cognitiva feita para ... fazer esta pergunta sobre o mundo e ao perceber que se inclui neste mesmo mundo saber também o porque de si mesmo, sua origem e destino, que os filósofos chamam de teleologia (causa final). O único ser que conhecemos que se faz esta pergunta é o homem, o ser humano, a gente. Se perguntamos pelo nosso fim, nosso destino, nosso objetivo, e não apenas perguntamos intelectualmente, mas além, temos também fortíssimos sentimentos a respeito desta jornada futura, nos fazendo traçar planos de longo prazo, acreditar, ter fé em realidades que escapam do mundo sensível é por que algo nos fez assim, algo exterior a nós, ou a natureza, ou a divindade ou o acaso, uma aleatoridade radômica, uma roleta cega. Só sabemos que nossas estruturas físicas e cognitivas não fomos nós mesmos que fizemos. Não tenho liberdade somática para fazer o que quero sempre, nem liberdade psicologica para muitas coisas. Todos somos asssim. Não fui eu que me fiz a mim mesmo, meu corpo foi feito a minha revelia, sem meu consentimento, meu local de nascimento,  meu tempo, meus conterrâneos (ao menos no início)  e meus contemporâneos não fui eu que decidi. Tenho liberdade relativa sobre minha vida, não tenho a inteligência suficiente para saber tudo o que quero, nem tenho a graça, a beatitude de ser sempre terno, sereno e feliz, mas na maior parte das vezes me vejo estressado, deprimido e de vez em quando angustiado. Acho uma grande estupidez que muitos se achem senhores absolutos de si mesmos e até do mundo, querendo mudar coisas que lhes escapam ao controle, o mundo ou a História. Revolucionar  quase sempre não é construir algo novo, inventar, mas geralmente vai no sentido de destruir, de negativizar o que é concreto sem colocar nada no lugar, nada de palpável.   Chamo a isto, este desejo negativo de revolucionar apenas, acabar com as estruturas existentes de PROLAPSO DA VONTADE, PROLAPSO VOLITIVO.  É o desenquadramento da vontade além  das estruturas que lhe foram determinadas "legalmente". (Um exemplo é um sociopata que tem o desejo, o querer de matar)  O desejo normal, na maior parte das vezes é o de cuidar, proteger, ter afeição pelo outro. O desejo normal é ter sentimentos afetivos e sexuais de acordo com nossa anatomia de gênero, nossa constituição biológica. Quando se dá guarida a um fragmento de desejo distorcido e a vontade permite que ele cresça, vai aos poucos de dentro para fora alterando tudo por uma força negativizadora que não pode de forma alguma alterar realmente as estruturas corporais no padrão imaginado e paulatinamente viciado pela vontade. Veja o caso de um travesti ou transgênero, qualquer um sabe na maioria das vezes por uma simples olhada que aquela mulher não é uma mulher de verdade, embora se altere detalhes aqui e ali, até o extremo de mudar os órgãos genitais, a estrutura óssea de um corpo masculino sempre trairá o embuste (e a analise cromossômica também desvelará a empulhação) a estrutura biológica é muito mais profunda. O desejo contaminou a imaginação que ampliou o desejo, que artificialmente foi solapando tudo, mentalidade, trejeitos, voz, corpo, mas nunca será o que não era para ser, apenas um arremedo refém da vontade livre que se entregou gostosamente ao que lhe dava prazer. Quando a vontade que é livre me leva a destruir partes minhas e do mundo para sastifazer um erro incial seu, sou o deus de minha vida, mas apenas no limite que  o Cosmos me outorgou este direito. A parte do mundo que Deus me permite se senhor é limitada, para além dela bato de frente com limites extremos com a VONTADE DE DEUS, é me torno uma anomalia, anomalia prevista, esperada, mas fadada ao fracasso.  Oh! Rebelde, crie seu mundo particular, mas saiba que fora dos limites da sua subjetividade, este mundo é de Deus, quer queira ou não. "Todo pecado é rebelião" diz a Escritura, e essa rebelião só é permitida porque a vontade livre não seria vontade livre sem a possibilidade de atualizar esta possibilidade.  Muitas pessoas gostam de coisas absurdas, terríveis mesmo e são livres para gostarem destas coisas, como os zoófilos, pedófilos e cropófilos por exemplo, mas não era o caminho natural, foi o PROLAPSO DA VONTADE, além dos limites que lhe foi permitida ir, dentro dos planos de Deus. Mas se querem ir além o arbítrio é livre. Mas o jogador jogou mal, lance irregular, e terá ônus.    Esse é o pecado original, como a vontade nescessariamente tinha que ser livre ela infelizmente podia ser livre para se voltar contra o mundo e contra si mesma. Por exemplo, um alcoolátra, um drogado, um sujeito que gosta de pinga ou outro que gosta de crack, é evidente que estas coisas destroem seu corpo, mas ele pode ir até o fim disto consumindo-se somaticamente para sastisfazer um VONTADE VICIADA, uma vontade negativa, uma MÁ VONTADE.  Que beber alcool é prazeroso, que usar droga deve ser bom é evidente pois caso contrario ninguém viciaria a sua vontade a ponto de não mais manobrar para conseguir comportamento diferente. Todo VÍCIO é prazeroso no começo e doloroso no final, toda virtude é dolorosa no início e prazerosa no final , como disse um sábio. O VÍCIO é o caminho mais rápido para o prazer, a virtude um mais longo.  E aqui é que começa o JOGO DA VIDA.  Uma vida de virtudes ou uma vida de vícios conduzem a um determimado resultado final,  finais relativos neste mundo temporal ( por exemplo, glorias e recompesas no caso dos virtuosos) e punições e limitações no caso dos viciosos. Final absoluto na eternidade com a establização terminal.  Tenho uma intuição amorfa, uma opinião sem figura estável mas com uma certa verossimilhança por muita observação de que o espírito ao contrario do corpo se "destrói" pelo prazer e se contrói pela dor.  Um corpo, que é um ente que se localiza no espaço, que tem uma extensão e limites formando uma figura, que tem começo e fim, uma duração (no caso falo aqui dos corpos animais sensíveis) se mantêm coeso, com integridade através do mecanismo da DOR, qualquer ataque a integridade do corpo animal é sinalizado ao sistema nervoso pela dor. Qualquer perda de integridade, ameaça grave a destruição do organismo causa dor, tanto maior quanto mais grave for o perigo. Um tiro, uma facada, uma trombada, uma topada, uma escoriação causam diversos tipos de dores com a intensidade correlata ao dano que o organismo recebe. Para o organismo a DOR é um alerta de  desintegração eminente. Embora psiquicamente numa mente sadia isto também ocorra na maior parte das vezes, um trauma emocional é um alerta de desintegração da psique, nem sempre é assim. No começo um TRAUMA( pancada no original grego)  causa dor emocional, desgosto, decepção, mas parece que somente as primeiras pancadas psíquicas. Quando o psiquismo está íntegro qualquer ataque a esta integridade realmente causa dor, mas observo uma contradição nas reações a desestruturação psiquica, em muitos casos a ruptura psiquica é precedida e simultânea a um certo prazer anômalo. Talvez não seja o caso aqui de propriamente mental ou psiquico mas MORAL, que é uma esfera mais abstrata e sutil da alma, e neste caso toda desintegração moral traz prazer, prazer vicioso.  Sabemos disto intuitivamente pois chamamos aqueles seres ética e moralmente negativos de DEFORMADOS,  DEGENERADOS, CORRUPTOS, o que quer dizer que estão perdendo a forma, decaindo qualitativamente e apodrecendo (pois corrupção é decomposição) todos estes termos são tirados do mundo corpóreo e aplicados ao mundo mental ( ou moral no caso). A queda ontológica do espírito é quase sempre precedida de um PRAZER MÓRBIDO. Uma esquizofrenia moral, uma desfragmentação lasciva é o processo de decaimente moral.  No caso do corpo biológico como já disse a quebra de integridade causa dor no caso do "espírito" a perda da integridade causa prazer. Todos os pecados listados pelas religiões são prazerosos, mas são eles os responsáveis pela degeneração moral, o aprodrecimento do espírito. A mentira é prazerosa para o mentiroso, mas quando mais ele se entrega prazerosamente a mentira, mas ele perde contato com a realidade, pois numa cadeia de mentiras ele pode chegar no final a não saber mais se esta fingindo para os outros ou para si mesmo, e achar que todos são mentirosos e não confiar mais em ninguém, nem  em si mesmo.  Um estelionatário angaria prazer egoista de suas ações fraudulentas, um ladrão adquire prazer do produto do furto, um assaltante ganha algo quando age violentamente, ganha com um prazer físico mas perde o estatus ontológico, degenera moralmente. Este é o grande jogo da vida. Um bichinho inferior busca o prazer e foge da dor, um rato por exemplo busca queijo  para o alimento e uma ratinha para a cópula por prazer e foge do gato por temor da dor. Nos humanos a coisa é mais elaborada, mais sutil e refinada, nosso alcance do futuro e extenso, para muitos atinge distâncias teoricamente eternas.
No homem não é tão simples como no rato, não é fuga da dor e busca do prazer tão simples assim, para o alcance humano, para sua capacidade estimativa, prospectiva, muitas coisas que são prazerosas no final causam um ôNUS tremendo e muitas coisas que são dolorosas trazem no termino um BÔNUS recompensador. Uma quadrilha de assaltantes adquire uma posse de uma soma grande de dinheiro mas depois é presa e passa anos sem liberdade, ou mesmo são mortos, um prazer (o de ter a posse do valor monetário) causou uma dor de se ver encarcerado por longos anos. No outro extremo  um atleta sofre extenuantes esforços físicos dolorosos mas no final do campeonato tem a glória da vitória,  a  dor causou um prazer. Mas as vezes dor causa mais dor e prazer causa mais prazer,  e saber agir corretamente para ser recompensado no final é o drama humano sobre a Terra, é o jogo vital.  Qual será o resultado final de nossas ações de nossa vontade é a questão que precisamos responder, não intelectualmente mais existencialmente, com nossos pensamentos , sentimentos e vontade.  No momento em que percebi que me percebo, que tomei autoconsciência de mim mesmo e vi que uma ação gera uma reação, e quando a regra do jogo não é muita clara, é difusa é antagônica às vezes, me vejo em dilemas, em aporias e dúvidas atrozes, para os sinceros é um problema, para os outros que sabem o que devem fazer e não fazem,  para mim é um mistério. No Budismo cada vida que você perde no Game pode ser dado o start e se começar de novo. Como um subdeus em um nível acima ou um macaco-prego imbecil no reino animal inferior. No cristianismo o jogo é um só, decisivo, ai da morte súbita sem preparação. Se você perder o jogo é GAME OVER! Ainda bem que o projetista do jogo decidiu criar um AVATAR de si mesmo e entrar dentro do GAME, para nós ensinar como jogar melhor e se necessário nos dar uns bônus de graça e fé. É claro que o resultado final do jogo se dará em outro plano que é o mesmo plano da alma que está jogando o jogo. Corporalmente, materialmente para nós todos, seja bom ou mau jogador, o jogo já está perdido. Não é da vida biológica que estou falando. O corpo foi gerado, não criado. Será corrompido necessariamente. A alma foi criada não gerada, só podendo ser aniquilada por um ato direto de Deus. É a alma então que ganha ou perde o jogo. A vitória no Céu para as almas puras ou o envio das almas de baixa qualidade para a  dejeção no Inferno.




"O não-ser cerca a existência, assim como a morte cerca a vida. A luta entre as duas constantes permite compreender o caráter trágico-dialético do cosmos."



Neste mundo sofrereis tribulações; mas tende fé e coragem! Eu venci o mundo.” João 3:33


"O jogo, o choque das constantes formam as coordenadas da existência e não-existência; uma implica a outra. A realidade é antagônica é chocante, é luta "

Absolutum