terça-feira, 28 de abril de 2015

OS ELEMENTOS SÃO QUATRO...

Algumas coisas que pensamos serem novas e modernas podem na verdade serem bem antigas e mesmo milenares. Excetuando-se a Tecnologia muitas idéias, conceitos, fórmulas intelectivas e etc talvez estejam flanando no ar por eões apenas adquirindo novas roupagens e persistindo ou seja, insistindo em existir, sem nunca serem aniquiladas por completo. Talvez mesmo diante de nossos olhos, o passado arcaico esteja se exibindo e nós quem sabe achando que aquilo é um broto tenro de algo novíssimo. Uma novidade no ser. Estava outro dia saboreando um velho livro  e ao chegar em certo trecho notei alguma semelhança com algo que já tinha visto. O livro discorria sobre uma civilização antiga e sua religião e mencionava também a teoria dos elementos mencionada por muitas culturas e povos antigos. Veja alguns textos sobre isto aí embaixo:

1)FILOSOFIA ELEMENTAL 
2)QUATRO ELEMENTOS
3)DOS QUATROS ELEMENTOS AOS SEIS COMBINADOS.

Consciente ou inconscientemente, não sei, os autores de entretenimento da cultura Pop buscaram inspiração em conceitos "ultrapassados". Ao chegar no trecho do livro que falava sobre os tais dos elementos, eu me lembrei novamente do quarteto fantástico.(que foram inspirados nos quatro elementos). Isto já sabido antes, como pode-se constatar pelo que exsurge das elucubrações nos textos dos links supra mencionados.Mas um detalhe novo eu descobri. E muito interessante. Mesmo até nos detalhes mínimos. Paralelos dos quatro elementos com as capacidades e mesmo personalidades dos membros do quarteto.O bruxo do capeta como alguns crentes-protestantes o qualificam, autor do livro que eu estava lendo expôs em determinado momento que a gravidade exercendo sua influência sobre os quatro elementos os condicionam localmente e formalmente. Executando instintivamente a manobra cognoscitiva de puxar da memória os dados do quarteto e cotejando com os dados da leitura em atualização, me impressionei que o criador do quarteto fantástico copiou até mesmo o efeito que a gravidade exerce sobre os elementos do quarteto em comparação com o efeito sobre os quatro elementos nos "Dados Tradicionais".
Crendo que já seja desnecessário mais dados tendo em vista os links acima, vamos lá:


TERRA - COISA


A TERRA é o mais compactado, mais sólido, mais sujeito a gravidade(por causa do peso) dos quatro elementos.A personalidade de Ben também reflete isto, ele é brutão e mais fixo no chão. E mesmo ele é feito literalmente de terra petrificada.Tá na hora do Pau!


ÁGUA - BORRACHA

No capítulo IV do livro em foco (A Teoria Hindu dos Cinco Elementos -o quinto é o éter)o autor começando lá pela página 22 diz também que a água, assim como a terra é mais sujeita a gravidade, mas possui maior fluidez, mais maneabilidade, disformalidade. Bem assim é o Senhor Fantástico que com estas capacidades pode se libertar mais da gravidade, se esticando...(o livro fala sobre muito mais coisas mas não vem ao caso agora e os elementos no oriente não são exatamente como os gregos-ocidentais). Mas assim como o Coisa-terra, o Borracha-água não podem voar, presos no campo gravitacional da terra.A personalidade dele também é a mais razoável, dócil, flexível...


AR-MULHER INVISÍVEL

Assim como o ar ela pode ficar invisível,e usando seus poderes de criar campos de força pode flutuar ou levitar.  Ela tem mais liberdade contra a gravidade é como o ar.

 FOGO- TOCHA HUMANA

Tirando-se o Coisa, o elemento que ele representa é evidente. O Doutor e a Senhora não são feitos do elemento que representam, somente suas faculdades suprahumanas lembram dos outros dois elementos. A fluidez da água em simbolo da elasticidade do homem-borracha e a invisibilidade, flutuabilida da mulher, tendo como simbolo o ar.Agora, o Coisa é feito de pedra (elemento terra) e o rapaz se torna em fogo. A personalidade do tocha-humana também é irresponsavelmente ignea e de todos ele é o que mais pode voar, rasga os céus em colunas de fogo, pois o fogo elementar só queima para cima. 

Sintetizando. O quarteto fantástico é uma homenagem aos quatro elementos que foram muito usados e estudados na idade média.

Uma curiosidade. Em muitas paródias do quarteto fantástico podemos perceber a presença dos 4 elementos. Em uma parodiazinha, que na verdade não sei se é paródia mesmo. Existe a presença de 3 personagens que no fundo são apenas um é representam o elemento Água: OS IMPOSSÍVEIS. Com os mesmos poderes em várias formas e intensidades.


O Macaco Renascido (É isto que significa René Guenon) expõe em seu livro que nas antigas religiões tradicionais e no Ocidente até a época medieval a cosmovisão era pautada e explicada pela presença da teoria dos Elementos. Nela os elementos eram listados a partir do mais denso até o mais sutil, sendo pela ordem TERRA-ÁGUA-AR-FOGO, sendo esta mesma ordem a de poder de escape da gravidade.Sendo que existe o quinto elemento o Éter como o mais elevado e o mais sútil de todos. Sendo que podemos mencionar que no caso do Quarteto foi o acidente espacial com a Radiação que lhes deu o poderes, sendo assim esta força exógena seria o Éter, quinto elemento.



Existem mais coisas a serem mencionadas sobre isto mais por hora basta o acima.

Absolutum












DIGITANDO

segunda-feira, 27 de abril de 2015

ANUINDO GOSTOSAMENTE

O Campineiro... chamemo-lo assim. Não chamam Aristóteles de o Estagirita por causa da cidade onde nasceu? E não apelidam São Tomás de Aquino (rogai por nós) de Aquinatense porque sua família era proprietária de uma região neste condado? O Campineiro... chamemo-lo assim então para homenagear este BRASILEIRO cuja busca filosófica assintoticamente vai tangenciando Estagira e Aquino, metaforicamente falando.  O Campineiro chamemo-lo assim... para também evitar de digitar seu nome neste blog e ativar os sensores de drones patrulheiros cujos mecanismos internos impulsionados pela malícia, burrice invencível ou mesmo a loucura possam ser ativados à simples menção de seu nome e venham pertubar uma anônimo inofensivo com enormes basucas e mísseis carregados e abastecidos com toneladas de percolados ou joguem sobre esta pagininha irrisória quilolitros de chorume. Sou apenas um alevino de peixe piloto na cata de migalhas  que posso alcançar por todos os meios que este tubarão intelectual que menciono deixa escapar. Chamemo-lo O Campineiro então... para o homenagear e concomitantemente, covardemente, manter uma certa distância. 

O Campineiro usa muitas expressões de linguagem, fórmulas verbais, figuras e etc. Sem mencionar as expressões latinas e a coprolalia defensiva-punitiva-corretiva mimetizando uma Síndrome de Tourette que em parte já esta esclarecida. É... faz sentido. Uma dessas expressões que detectei é um advérbio de modo que ele gosta de usar associado a verbos que expressam uma anuência, aceitação,  concordância, aquiescência, assentimento, consentimento e etc. A idéia que a expressão passa é a de uma entrega lascíva, se deixar levar pelo prazer. Li muito esta fórmula verbal em seus textos. Então, lendo os textos de um entre alguns de seus gurus que ele mesmo indicou, pude constatar a fonte desta expressão.



Renê Guenon a usava de vez enquando e provavelmente foi com ele que o Campineiro a adquiriu. Sendo este cacoete estilístico um possível indicador do peso de Renê Guenon no seu filosofema. Mas falar ou escrever é uma coisa, pensar, ou melhor, inteligir é outra e talvez eu esteja exagerando, deduzindo da forma a matéria, do continente o conteúdo. Mas só quero compartilhar com você esta curiosidade literária. Esta expressão que o Campineiro usa era muito usada por Renê Guenon.  Advirto. Não estou refutando, nem sequer tocando na filosofia do Campineiro, só recortei um quadradinho, um tijolo do edifício de seu, não digo nem filosofia, mas estilo de escrever e expor as idéias.




Vejamos:


" ...seria muito difícil fazer compreender esta diferença a matemáticos que se imaginam gostosamente que toda sua ciência não é nem deve ser nada mais que uma «construção do espírito humano" (Renê Guenon - Calculo Infinitesimal




"Ciertamente, si la erudición consintiera en atenerse al rango de auxiliar que debe corresponderle normalmente, no encontraríamos nada más que decir a su respecto, puesto que por eso mismo dejaría de ser peligrosa, y puesto que entonces podría tener alguna utilidad;
así pues, en estos límites, reconoceríamos gustosamente su valor relativo. " ( Renê Guenon - Oriente y Ocidente)


"Es curioso constatar cuán rápidamente llegan a extenderse y a imponerse algunas ideas, por poco que respondan, evidentemente, a las tendencias generales de un medio y de una época; ese es el caso de estas ideas de «civilización» y de «progreso», que tantas gentes creen gustosamente universales y necesarias, aunque, en realidad, son de invención completamente reciente, y aunque, hoy día todavía, las tres cuartas partes de la humanidad al menos persisten en ignorarlas o en no tenerlas en cuenta para nada." (idem)



"Así, nós mismo decimos gustosamente que existen «civilizaciones» múltiples y diversas. (idem)



"y los racionalistas actuales lo hacen quizás más gustosamente que sus predecesores" (idem)



"que la humildad se acompaña gustosamente de un cierto género de orgullo..." (Idem)





"Para designar cosas de este género, empleamos gustosamente la palabra «pseudoreligión» " (Idem)


"toman los efectos por las causas, y creen gustosamente que lo que no ven no existe (Idem)

"...porque llevan nombres orientales, se les cree gustosamente
y, como faltan los términos de comparación..." (Idem)

"...y lo haremos tanto más gustosamente cuanto que eso puede ser una excelente ocasión 
para precisar nuestro pensamiento sobre algunos puntos." (Idem).



Foi pela leitura repetida que reconheci no Campineiro  a recorrência mencionada, agora, para facilitar posso usar o mecanismo de busca de seu site e ao digitar GOSTOSAMENTE  aparecerá 25 resultados.  (Não falemos dos livros, palestras e etc.)
Fiquemos só com alguns exemplos:


"...onde o arbítrio de tiranetes reina gostosamente longe de toda fiscalização pública." (A Ditadura Minimalista)


"que, ao falar de seus desafetos ideológicos, não se permita gostosamente aplicar-lhes o tratamento Lenin-Peters" (Veneno Santo).

"Não é de espantar que, longe de fugir das ideologias revolucionárias, essa corrente se deixasse gostosamente contaminar por elas..." (Qual é o problema)

" E fazem isso sem nenhuma unidade doutrinal, antes curtindo gostosamente a nebulosidade e a indefinição cuja fecundidade estratégica e ..." (O Dever que Nos Espera)

E por aí vai:

"Se deixou cair gostosamente..."


"Aderissem gostosamente"


"Por have-la praticado gostosamente"


"...À penetração extrangeira no campo econômico e se abre gostosamente" (Credo).


"E se gaba de ter metido gostosamente o bedelho..."


"...permitem-se gostosamente todas as mentira"


"Pode-se entregar gostosamente a auto-adoração"


"Armando-se de prevenções contra os EUA e abrindo-se gostosamente aos detonadores..."


"...que orientavam a sua economia e entregar-se, gostosamente, às abomináveis delícias do livre mercado."


Acho que já chega, já deu para sacar, não é mesmo? Eu não vejo nada de errado em se deixar gostosamente levar pelo uso de uma expressão de assentimento prazeroso ou mesmo copiar o estilo de Renê Guenon. Não estou julgado ninguém nem a filosofia de ninguém, não sou capaz. Estou apenas registrando gostosamente uma curiosidade que detectei no estilo do mestre. E ele tem razão, ele sempre tem razão...



Mas acho que ele já respondeu diagonalmente este post num texto de 2010, o que o cara fez foi parecido com o que eu fiz com os textos dele embora por outros motivos:


Mea Culpa



Recebi outro dia mais um rosário de queixas contra a minha pessoa e os meus escritos, onde o remetente acreditara encontrar provas inequívocas da minha maldade, prepotência e demoníaca soberba, além de uma infinidade de erros lógicos, factuais, morais e gramaticais que, se comprovados, bastariam para fazer de mim um forte candidato a ministro da Cultura do governo Dilma Roussef.

Como em geral acontece nesse gênero de mensagens, porém, os erros que o sujeito me imputava eram apenas aparências de erro nascidas de uma leitura mal feita, se não de uma percepção estruturalmente deformada, o efeito mais geral e permanente daquilo que no Brasil se chama, por motivos insondáveis, “educação”. Só para dar um exemplo, o cidadão se dera o trabalho de revirar o Google para saber quantas vezes eu repetira tal ou qual termo técnico, expressão latina ou alusão literária e daí concluir, por um salto lógico imensurável, que eu não tinha o direito de acusar os esquerdistas de escreverem todos da mesma maneira, com cacoetes de linguagem que os identificam à distância. Em suma, ele confundia aquele conjunto de cacoetes personalizados, que assinala a presença de um estilo, com a perfeita falta de estilo que se observa na repetição coletiva de cacoetes uniformes. Felizmente, o signatário estava tão brabo comigo que prometia não ler nenhuma resposta que eu lhe enviasse, o que me eximia de tentar destrinchar uma por uma – como se isto fosse possível! -- as suas prodigiosas confusões mentais. Gratíssimo por essa gentileza, contentei-me em enviar-lhe o breve conselho de que parasse de se masturbar diante da minha imagem, e dei o caso por encerrado.

No entanto, depois, refletindo mais longamente, descobri por baixo dos erros aparentes denunciados pela criatura alguns vícios reais da minha escrita, que dão margem a equívocos sem fim quando caem ante os olhos de leitores ineptos ou maliciosos, sem contar os ineptos e maliciosos.

O mais letal desses vícios é cortejar os leitores em geral, e os mais burros em especial, mediante uma falsa impressão de simplicidade e clareza, buscada com as mais lindas intenções didáticas mas que, no fim das contas, induz o primeiro recém-chegado a crer que tudo compreendeu à primeira vista – senão a imaginar que apreendeu o conjunto inteiro do meu pensamento pela leitura de algumas amostras casuais --, e a reagir de pronto mediante alguma opinião fácil, já imunizada no berço contra aquela exigente confrontação de hipóteses que é a única via para se chegar à verdade, tanto na interpretação dos fatos quanto das palavras.

A clareza, dizia Ortega y Gasset, é a cortesia do filósofo. Iludido por essa promessa barata de fazer de mim um tipinho simpático aos olhos do mundo, acabei por esquecer que “cortesia” vem da mesma raiz de “cortejar” e “cortesão”, e que o conselho do grande prosador espanhol ameaçava jogar-me, das alturas espirituais em que eu acreditava mover-me, ao fundo do mais abjeto e imperdoável puxa-saquismo literário: a prática de um estilo tão sedutoramente claro e límpido que faz o leitor imbecil sentir-se inteligente ao ponto de querer puxar discussão comigo antes de ter tido sequer o vago e fugaz impulso de discutir consigo mesmo. Esse efeito é inevitável desde o momento em que se adote aquele estilo, pois a coisa mais impossível para o imbecil é discutir consigo mesmo, em voz baixa, sem o apoio de um interlocutor de carne e osso: defrontado com alguma afirmação que lhe soe estranha ou desconfortável, esse tipo de leitor não resistirá à comichão de impor à força as funções de interlocutor real, e não simplesmente mental, ao infeliz autor daquilo que acaba de ler. É assim que acabo me transformando, para toda uma categoria de leitores – mais numerosa no Brasil do que em qualquer outra parte do mundo --, naquilo que em psicoterapia se chama ego auxiliar, uma boa alma encarregada de completar no mundo físico, para maior clareza, os pensamentos que o paciente, por si, não tem energia bastante para pensar por inteiro nem coragem bastante para admitir que os pensou. Contando comigo para o desempenho desse trabalhoso ofício no seu teatrinho mental, o cidadão me envia então os mais toscos e informes pensamentos semipensados, forçando-me a acabar de pensá-los e a compreendê-lo, portanto, melhor do que ele próprio se compreendeu.

Ao contrário, porém, do que acontece nas psicoterapias propriamente ditas, onde o sujeito sabe que foi lá para que o ajudem a pensar em voz alta, os remetentes dessas deformidades não têm a menor idéia de que estão me pedindo socorro terapêutico. Em vez disso, enviam-me aqueles rabiscos de pensamentos possíveis como se não fossem apenas materiais brutos para uma possível elaboração interior e sim idéias já maduras e firmes, claras e bem definidas, prontas a ser discutidas, provadas ou refutadas. Pior ainda, quanto mais intenso o seu desconforto interior, quanto mais agitada a sua confusão de imagens e sensações, quanto mais aguda a sua impossibilidade de pensar, tanto mais o desgraçado interpreta esses sentimentos como se fossem expressões formais de uma discordância intelectual, e tanto mais ousado e desafiador é o tom em que me escreve. O sentimento que essas mensagens me infundem é de uma comicidade triste, pirandelliana, onde o deslocamento radical entre as palavras ditas e a situação psicológica de onde emergem, ou, dito de outro modo, entre consciência e realidade, raia a loucura pura e simples sem chegar a ser loucura em sentido clínico, detendo-se naquele perigoso meio-termo que é a loucura socialmente legitimada como normalidade.



A culpa, reconheço, é minha. Se eu escrevesse de maneira complicada e obscura, se eu pelo menos me abstivesse de usar certos truques pedagógicos para despertar a intuição no leitor, nem o mais presunçoso dos imbecis julgaria me compreender: todos se recolheriam àquele silêncio humilde que, a longo prazo, pode ser propício a um esforço de meditação. Mas também não posso me acusar além da medida justa. Se infundo nos imbecis uma confusão de sentimentos, provocando situações que acabam por ser incômodas para mim mesmo, o fato é que não fui eu quem povoou dessas criaturas esta parte do mundo, nem lhes ordenei que crescessem e se multiplicassem. Isto é mérito exclusivo do establishment educacional, ou dele em cumplicidade com a mídia, os políticos e os “formadores de opinião” em geral. 
(Fonte original)



Despeço-me gostosamente...

ABSOLUTUM

quinta-feira, 23 de abril de 2015

TRACINHOS ESTÉTICOS MANIQUEÍSTAS

Sempre achei curioso o fato de nas ficções, lendas, narrativas, filmes, desenhos animados, gibis, etc e etc, os BONS serem BELOS e os MAUS serem FEIOS, e quanto mais bons (MELHORES) mais belos e quanto mais feios mais maus(PIORES). Como se um desengonço e desorganização físicas, orgânicas ou mesmo apenas faciais tivesse realmente algo muito pertinente a um desequilibrio psíquico, uma má-vontade, uma pervesidade, iniquidade, impiedade etc e coisa e tal. Vou pensar mais sobre isto e um dia talvez quem sabe possa compartilhar algo aqui com algum hipotético leitor. Não pretendo neste momento me aprofundar em elocubrações, em mentações nenhuma. Estou com preguiça de ler e sondar terabits culturais arquivados na minha rede neural mnemónica em busca de padrões estéticos/éticos ou seja lá o que for. Deixa para outro dia. Hoje estou assim meio Zen, (Eu não bebo mas parece que estou...
...tangenciando o Nirvana) leve, parecendo como se tivesse refrescado os pensamentos. Mas se me permite compartilhar  um fragmento de intelecção, a título assim de brincadeira, meio sem nenhuma seriedade só por passatempo mesmo, vou mencionar uma dualidade antagônica e cômica, uma antítese estética engraçada que possui um pouquinho de relação (muito pouquinho) com o tema da estética-ética que talvez fale um dia. Já tinha percebido isto, mas não sei onde ouvi alguém falando nisto, mas não fui eu o primeiro a verbalizar o assunto em tela. A fonte deixa prá lá. É nós na fita agora. Como já adverti, divertir é o meu objetivo neste agora atualizado no momento. O caso que pretendo demonstrar é uma curiosa antítese que se estabelece quando contemplo duas formas de anomalias estéticas, uma feia/mau e outra bonitinha/boa. O negócio, sem mais rodeios é o seguinte...
Existem dois tipos de zarolhos ( aqui na minha zona habitativa a gente chama de ZANÓIO). Um tipo de estrabismo eu acho bonitinho o outro eu acho esquisito. Eu até mesmo tinha vontade de ter uma namoradinha com o tipo 1 de estrabismo que é o convergente.  É sério, eu acho charmoso, uma fofura, uma mulher meio vesguinha. Imagina naquela ora de máxima aderência corporal olhar para os olhinhos vesgos dela!? Existem muitas, inclusive atrizes (por que não atoras?) famosas brasileiras que apresentam o estrabismo convergente do bem, (Devia ter um sinal além do de interrogação e exclamação, o de gozação para indicar que estamos brincando). Elas são lindas e o fato de serem zarolhas dá aquele charme a mais. (Veja no Senhor Google: Famosas vesgas ou Atrizes Estrabismo). Vou dar só um exemplo... Clique no link.
VESGA MAIS GATA DO MUNDO
Olha para mim com estes olhinhos meio desengonçados! 


Este é o Estrabismo convergente que seria o do Bem. Do Bem para quem vê de fora, para o portador deve ser desagradável.  Ao passo que esta endotropia ocular não prejudique muito o seu portador e até mesmo o ajude socialmente, existe um outro tipo de astigmatismo, digo, estrabismo que... Vixe Maria... é mesmo esquisito e dá um ar de Extraterrestre ao seu portador. O estrabismo divergente ou exotrópico. Não vou comentar nada, só olhe...

Deu para sentir o drama? Os Zanóios do mal? Mas vamos redimir eles (redimi-los). Pensamentos, sentimentos e vontade são invisíveis. E "o essencial é invisível aos olhos". Aleijadinho, rogai por nós, quem redimirá os zarolhos do mal?
Quem redime é o Redentor é claro. Por que Aleijadinho fazia desta forma? Deixa prá lá...

Saindo do reino visual, das estéticas oculares vamos para as auriculares. Sim eu descobri (ou inventei?) uma dialética ética/estética  na orelhas. Assim como existem os vesgos do bem e do mal, alguns padrões olherais podem dar um aspecto sinistro diabólico ao seu portador e também no formato contrário, um aspecto de bondade.

Para as orelhas do bem tenho apenas um exemplo. o Senhor Tathagata, o Buda, parece até que a mãe dele puxou tanto as  suas orelhas que ele se iluminou em decorrência desta ascesse. (Tá bom...foi por causa dos brincos.). Mas temos também como exemplo as orelhas com os lóbulos hipertrofiados dos idosos de todo mundo. Sim quando envelhecemos nossas orelhas crescem. Orelha grande simboliza sabedoria por isso.
Se este tipo de orelha, seria do Bem, digamos assim, as orelhas felíneas, caninas, élficas, Spokianas, seriam as do mal, como o são as próprias orelhas do Capeta. (No mínimo dá um ar de traquinagem)

Vamos então resumir e esquematizar:

Podem existir combinações várias...
É melhor eu ir parando por aqui. Senão vou começar a pensar (Viajar na maionese?) em outras partes da anatomia humana em um contexto ético/estético... hum...orelha de abano....olho de bomba....há há há!!!

Absolutum

quinta-feira, 16 de abril de 2015

A FORÇA ATIVA

“May the For be with you!” , É, que a Força esteja com vocês! Vocês sabem de onde vêm esta frase e o que ela significa. Para mim pessoalmente ela faz parte do melhor filme de todos os tempos (pelo menos até agora). O que seria de Star Wars sem a Força? Apenas um filme de ficção científica. Quando digo ficção científica digo ficção de CIÊNCIA. E todos nós sabemos que a CIÊNCIA é meio agnóstica (e gnóstica), ou  mesmo atéia e Iluminista. Só a Razão deve imperar ou seu contraponto, a Experiência. O que isto tem haver com um filme que mostra uma religião um pouco budista, um pouco taoísta, um pouco hinduísta, meio maniqueísta, que mostra as almas dos cavaleiros Jedi vivas depois que seus corpos morrem, ou mesmo Yoda dissolvendo-se materialmente e transmutando-se em outro ser noutra dimensão?  A TECNOLOGIA avançada não é o maior motivo de fascinação do filme. A pluralidade de Mundos e a infinitude de seres multiespécies pode ser um dos motivos do encanto da película. Mas sem a FORÇA Guerra nas Estrelas não seria o mesmo. Como disse antes, seria apenas um filme de Ficção CIENTÍFICA e não também um filme de FICÇÃO RELIGIOSA (que tal alguém inventar o gênero) digamos assim. Pois a FORÇA é uma religião imaginária criada para um mundo fantástico, mesmo com a desculpa da TECNOLOGIA para muitas coisas,  as coisas que os cavaleiros Jedis fazem e os Siths, são realmente impressionantes,  transcendentes e metafísicas (além da física). Ou seja ultrapassam o domínio da RAZÃO e da EXPERIÊNCIA (das ciências). Têm o negócio das Midi-chlorians (amebinhas budistas) para tentar dar uma desculpazinha mas não convence. Embora todos os filmes de ficção fantástica e muitos de ficção científica aleguem para os efeitos sobrenaturais (supra-físicos) outras forças sutis da natureza (que seriam também físicas, mas menos densas, indetectáveis) isto é, a MAGIA, muitos poucos conseguem ultrapassar os limites da tecnologia-ciência alcançando a magia e chegando enfim a apresentar uma religião (mesmo que teórica-imaginária). Suponho que Star Wars faz (ou seria faça?) isto, e Duna de Paul Moad´Dib também. Digo isto   porque, como faz Luke Skywalker no planeta Dagobah ao ver o futuro de seus amigos sofrendo na cidade atmosférica de Bespin, prever o futuro ou possibilidades de futuro é algo além do tempo e do espaço, além de tudo. Atingindo algo eterno. Que é exatamente de onde veio a religião (ou dizem que veio). E se é a Força que possibilita isto, já não é uma simples magia (forças sutis da natureza) é algo supranatural, sobrenatural, atemporal, inespacial, ou seja, a Força é uma imitação caricatural e canhestra de algo parecido com uma religião, meio um Tao, o Absoluto e etc. Não é um deus pessoal mas mesmo assim algo transcendente e infinito. Uma mistura exótica de religiões orientais inserida num mudo tecnotrónico avançado. Não preciso  acrescentar mais gotinhas de caracteres no oceano da rede mundial de computadores tentando mostra o que é a Força (ou o que eu acho que sei que ela é) se você pode ir no Google e meandrando, saber que assunto é este  não é mesmo? E beleza! A continuação do filme tá chegando aí este ano (O Despertar da Força), que Deus queira que estejamos vivos até lá para saborear esta aventura. (Parece que lá do outro mundo não possamos acessar o que acontece neste mundo sublunar a não ser com permissão de Deus (através dele) e acho que ele não aprovaria um requerimento para assistir um simples filme. Lá embaixo, num grãozinho infinitesimal. Isto se eu escapar da malha  rendilhada de ilusão e desejos do Tinhoso.)


QUE A FORÇA ESTEJA COM VOCÊ!



Mas esta postagem não terminou ainda, gostaria de compartilhar neste pequeno meu querido diário intelectual/cultural aberto ao público uma pequeno curiosidade que possui algo a ver com o assunto sobre a Força. Lembra lá em cima no título da postagem que eu coloquei FORÇA ATIVA? É que eu estava pensando noutra religião além daquela dos Jedis ficcionais e reais que também cultua uma coisa mística, neste caso uma energia inconsciente que emana de Deus. Eles chamam ela (chamam-na?) de Força Ativa mesmo. Que força ativa é esta? Se depois do Judaísmo veio o Jediísmo, que adora uma força impessoal, uma dissidência da Igreja Adventista também adora uma força impessoal chamada de Força Ativa, a diferença do Jediísmo é que esta força emana de Jeová, é o Espirito Santo, que para este grupo que menciono foi usado por Jeová para criar todo o Universo. 

Na Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas que é a Bíblia que eles usam em Gênesis 1:1 consta:"...e a Força Ativa de Deus se movia por cima da superfície das águas". É sério, eu não estou brincando. Eles já começam distorcendo a Bíblia desde o primeiro versículo. Eles criaram esta Bíblia (bizarra) para que se  amoldasse as suas doutrinas iniciadas por um pastorzinho barbudo americano. Na doutrina da Trindade Católica, Deus é formado pelo triângulo Pai, Filho e Espírito Santo, todos pessoais. Na doutrina desse povo que menciono o Pai usa o Espirito Santo como uma coisa não senciente, tipo assim como a energia elétrica. Transformando o Espirito Santo na Força de Star Wars (com a diferença de que o controle do primeiro somente se efetuando por Jeová) cometendo assim os escritores deste livro o pecado que não será perdoado nem neste século nem no vindouro. Além de fazerem de sua doutrina um motivo de chacota.
São as linhas tênues entre a realidade/sanidade e a fantasia/loucura.


Se você acha que a religião em si é uma fantasia/insanidade parabéns. Está entre uma minoria de milhões, que entre bilhões ao longo de toda a história e em todos os lugares achavam que a vida sem um futuro post mortem é que era uma fantasia/insanidade.

Absolutum (Acabado).

segunda-feira, 13 de abril de 2015

NOTINHA IRRISÓRIA


É verdade, esta é uma uma notinha irrisória como tantas outras que existem por aí. Mas, a final de contas o que irrisório significa mesmo? Durante muito tempo eu vinha lendo esta palavra em um local aqui em outro local ali e entendia seu significado e seus sinônimos. Isto era o que eu pensava. Vejamos: Uma quantia irrisória... a população de Cristãos é irrisória nos países Muçulmanos....Este valor que você me deu é irrisório. A casinha dela era irrisória... e por aí vai. Eu sempre lia esta palavra dentro de um contexto quantitativo ou mesmo às vezes qualitativo. E sem nunca procurar o significado desta palavra no dicionário eu preenchia ela com uma carga de significado ad hoc que a contaminava pela contexto em que ela estava. Um "significante vazio" que era inundado pelo significado das outras palavras que estavam a sua volta. Um pontinho de vazio no meio de um círculo denso e pleno. Então passaram-se durações indefinidas e um dia desses eu nem mesmo sei o motivo abri o dicionário (o códice palpável mesmo) e fui verificar o real significado desta palavrinha sem importância.  Na minha cabeça eu achava que irrisório era  como algo de baixo valor, pequeno, pouco, pobre, ééé... miúdo, insignificante. Quase sempre algo vinculado a matemática, peso, quantidade, medidas e etc.  Mas ledo engano. Eu li textos e mais texto durante eõs com uma micro-exatidão distorcida. Uma distorção irrisória mas me deixava como um nano-zumbi na inconsciência da plena realidade que o Escritor queria me expor como seu Leitor. Neste fragmento que inteligia o Escritor enviava uma coisa e eu distorcia e recebia outra criada pelo tapa buraco imaginário que sanava o pequeno defeito no meu patrimônio vocabular. Um cheque sem fundo que minha imaginação passava para suprir meu saldo negativo na minha conta vocabulária. Eu admito, sou burro mesmo e hoje fiz uma autoconstatação de que como eu fiz com essa palavrinha irrisória devo ter feito com muitas outras, não sei qual a porcentagem de meu patrimônio vocabular é apenas um fantasma, um vampiro que suga o significado do contexto em que habita nos textos, a pretexto de suprir uma falha minha. Mas meu consolo é que eu tenho certeza que excetuando-se filólogos uma esmagadora maioria (eita expressãozinha batida) não sabe a origem ou a etimologia da maioria das palavras que usa.  Se você soubesse o que aqui na minha região significa a palavra periquito! Sim eu não sei o que a pobre avezinha irrisória tem haver mesmo de longe com o objeto anatômico que a ave empresta seu nome para nomear. Nós usamos ou ab usamos de palavras que colhem o significado do ar, do contexto, como um buraco negro sugando  matéria a sua volta. 
Mas o que quer dizer mesmo a palavra irrisório?

Quer dizer : burlesco, cômico, derrisório, grotesco, ridículo e risível

Adjetivo. Que possui irrisão – ação de rir com intuito de desdenhar ou de menosprezar.
Que, por sua insignificância, provoca riso ou escárnio: quantia irrisória.
Coisa insignificante, ordinária, que não possui importância alguma: ordenado irrisório.
(Etm. do latim: irrisorius)

O único sinônimo que  eu acertava era o: INSIGNIFICANTE

Embora eu não tenha de todo errado o alvo semântico da palavra quando atribuia a ela algo matemático-quantitativo na verdade ela quer dizer algo tão ridículo que provoca riso.  

Absolutum.

domingo, 5 de abril de 2015

A JANELA SAGRADA DO LESTE


Para missionários cristãos existe um conceito técnico-geográfico no âmbito das religiões, e digo, das grandes religiões da humanidade, que nomeia uma região do mundo que foi menos cristianizada, onde o cristianismo é minoria insignificante, às vezes sujeito a perseguições e discriminações violentas. Onde, na sua visão, é preciso que se lance as redes da pesca de almas para Cristo com mais intensidade. Este conceito dos missionários que agora exponho é a chamada JANELA 10/40, um gigantesco retângulo emoldurando vastas regiões do mundo onde a  religião do Carpinteiro do Universo não teve uma profunda penetração, nem no passado nem agora. É curioso que o cristianismo, originado dentro desta mesma janela, não a tenha dominado como fez no restante do mundo e ido surpreendentemente se instalar em áreas de povos não semitas e sim jaféticos, indo como uma imensa ameba (com todo respeito) fagocitando as culturas e religiões tribais europeias, deixando de fazer o mesmo na Palestina de onde se originou ou nas vizinhas África e Arábias. Existem cristãos nestes lugares, mas são minorias. Não dominando a região onde se originou, deixando isto para o Judaísmo e o Islamismo, o Cristianismo pulou o Grande Mar (Mediterrâneo) e foi sentar bases na Europa definitivamente e posteriormente se espalhado pelo mundo indo de carona nas grandes navegações e com isso tomando de conta das Américas e o resto do mundo, menos a dita janela 10/40 de onde ele saiu.
Não sei e também nunca li em lugar nenhum o motivo de o Cristianismo não ter tomado de conta da Península Arábica e indo avançando em direção ao Oriente. Naquela época inicial não havia o Islã embora o Hinduísmo a época já estava contando milênios. Não arrebanhando o povo de Moisés foi para o norte além-mar. E...é interessante, ele se desenvolveu nos primórdios em volta do Mar Mediterrâneo, depois subiu para o resto da Europa e recuou no norte da Africa, neste caso pelos ataques sarracenos. Veja este vídeo :

A HISTÓRIA DAS RELIGIÕES



Vendo a animação podemos observar um curioso desenvolvimento da expansão do Meme Cristão (concedamos) que simplesmente foi expulso da Janela 10/40 e se espalhou por todo o Globo, menos nesta janela. Missionários não faltaram, foram até mesmo no extremíssimo Oriente e em algumas partes da África advinha quem foi servido no almoço? Mas nesta região das coordenadas 10/40 o Cristianismo simplesmente não pegou. Por que será?


Eu também não sei, mas podemos aventar uma proto-teoria provisória (hipótese). O Cristianismo não fincou raízes no Oriente de onde surgiu porque como o seu fundador mesmo disse, o Cristianismo estava atrás das ovelhas perdidas da casa de Israel (refugos ou extraviados do Judaísmo). Sua cata era individual, buscava pessoas insatisfeitas com suas religiões tradicionais. Ou seja, a rede de arrasto cristã não objetivava uma nação, uma cultura, um aglomerado urbano sólido, subverter uma civilização e transmutá-la. Não fez isto em Israel, nem em nenhuma Civilização Oriental. Estava atrás tão somente da Ovelha Perdida, da moedinha perdida, do filho  pródigo que abandonara instituições milenares e tradicionais, da alma individual que arriscava cair em danação. Cristo ( o médico) não veio procurar os sãos, mas os doentes. Veio recolher os párias sociais, os inadaptados, os rejeitados, os pecadores, os lascados mesmo. Ué, não foi isto o que ele sempre disse? 

Moisés fundou Israel, Maomé fundou a Civilização Islâmica. Jesus não exatamente fundou uma Civilização Cristã. Este não foi o objetivo principal.  Talvez por isto o Cristianismo não vingou na janela 10/40 por ser muito antiga e estabilizada civilizacional e religiosamente. Então, excetuando-se a civilização Romana que o Cristianismo digeriu, ele avançou pelo mundo incorporando todas as CULTURAS TRIBAIS. Transmutando os seus usos e costumes, ritos e cultos pagãos em coisas cristãs, realmente fagocitando  e assimilando tudo. Ao passo que os canibais comiam os missionários, a religião dos missionários comia a cultura do canibais. (Veja um exemplo  disto neste texto aqui que critica o Catolicismo por ter durante milênios absorvido costume de povos que converteu:  

Os Feriados de Origem Pagã e Como Foram Adotados no Mundo Ocidental)

Malvadeza dos católicos? Que tal trocar este sacrifício:






por este?:




Realmente acho que é melhor. Mas retrogradando um pouquinho no que falávamos sobre o Cristianismo veja isto: 


"Tanto o Judaísmo quanto o Hinduísmo possuem meios de exteriorização de sua tradição, para que o indivíduo possa vê-la e assimilá-la posteriormente. Isso é algo que o Cristianismo não dispõe. Todas as sociedades cristãs foram modeladas temporalmente pelos costumes locais. A Europa Medieval espiritualmente foi moldada pelo Cristianismo, mas temporalmente as instituições não se originavam do Cristianismo. Há uma descontinuidade entre o Cristianismo enquanto religião e as sociedades cristãs. As sociedades são arranjos provisórios para facilitar a vida cristã dos sujeitos dessas sociedades. É como um quarto de hotel: você até pode adaptar uma coisa ou outra para sua estadia, mas o quarto não será a expressão da sua personalidade, como seria uma casa, por exemplo. É isto que Cristo quis dizer com "Meu Reino não é deste mundo...". (Fonte)

Tendo isto em vista fica mais suave entender porque era tão difícil para o Cristianismo inicial (e mesmo hoje) penetrar e dominar as sociedades antigas, de instituições sólidas, como os vizinhos Egito e a Babilônia. O Judaísmo escaneou o Cristianismo e passou o antivírus. Imagina a antiquíssima Ìndia. Só não entendo por que o Cristianismo não dominou a península tribal arábica contando com 630 anos de vantagem no páreo. (Páreo de Pégasos alados para ficar mais honroso)


Continuando a citação:


"Só tinha um meio de ter uma amostra do que é Cristianismo e por que deveria ter aquilo: os exemplos de santidade. Cristo não propõe a seus discípulos imediatos (apóstolos) meios de regenerar a sociedade. A história do Cristianismo não é a história das sociedades cristãs, mas é a história dos santos. Também não é a história dos padres, bispos e papas. Como ser cristão é uma realidade interna, e não externa, há um meio diferente para identificar quem é cristão: amar-vos uns aos outros como eu vos amei. Por isso não há "maus cristãos", mas "falsos cristãos".(Fonte)

Tendo isto na mente a impenetrabilidade da janela 10/40 fica mais fácil de ser entendida e o sucesso do Cristianismo face as culturas tribais de todo o mundo, menos Roma. Ao reboque dos governos e instituições imperialistas/colonialistas que se espalharam pelo mundo o Cristianismo foi se expandindo junto com o Estado nacional do qual era "aliado". As citações acima também elucidam o motivo, o  por quê de  o Cristianismo não ter dominado a Índia mesmo o fato de a Inglaterra cristã a ter dominado e ocupado por uma longa duração de tempo. Sendo muito difícil uma Cristianoformação do ambiente cultural da India, que tinha uma atsmosfera espiritual muito densa para uma religião cujo "reino não fosse desse mundo", o Cristianismo logrou sucesso nas Américas em tribos culturalmente mais rarefeitas e fragmentárias. Talvez se constantino não tivesse oficializado o Cristianismo em Roma seu destino teria seria outro. Não teria conseguido assimilar a cultura romana.  E se a mensagem cristã fosse dar a Deus o que é de Deus e dar a Deus mesmo o que é de Cézar, o como fez Maomé (Mohamed?)  sendo um lider secular e religioso unificando as tribos árabes , quase com certeza o Cristianismo teria conquistado a Penísula Arábica e quem sabe, não haveria hoje homens-bomba, maridos pedófilos, rostos desfigurados por ácidos, decapitações, apedrejamentos, etc.

Continuemos:

"Para entender o Cristianismo, é necessário entender os cristãos, e não suas sociedades. Quem julga o Cristianismo pelas sociedades não entendeu o que é Cristianismo. Quem não cumpre o critério para ser cristão não é discípulo do Cristo, ponto. Se há aqueles que dizem ser cristãos, mas não o são, é pelo motivo que é impossível em uma sociedade excluir os maus. Judas Iscariotis é o primeiro deles, e uma espécie de símbolo da presença de falsos cristãos em meio dos cristãos." (Fonte)

Sim, é muito interessante, prossigamos: 

"Quando Moisés resumiu o Judaísmo, ele fez isso pelos Dez Mandamentos, que são normas rígidas, precisas. Quanto Cristo resume o Cristianismo, ele o faz no Sermão da Montanha, mas não são normas rígidas, exteriormente falando. É uma diferença muito grande em relação às outras religiões: o Cristianismo não é uma proposta social ou civilizacional, mas uma proposta pessoal, para o qual há o testemunho da História de que ele funciona." (Fonte)

Xeque-mate na explicação de porque o Cristianismo não consegue vencer a maciça janela 10/40 civilizacionalmente .

Ainda:

"A primeira e segunda geração do Cristianismo (os primeiros 50 anos), quatro tipos de pessoas se convertiam: (1) os judeus que tinham consciência de ter pecado em abandonar sua relação pessoal com Deus, (2) as camadas mais pobres da população do Império Romano, isto é, pessoas com forte senso de privação, (3) membros da aristocracia romana que estavam cientes da decadência da sua classe e (4) pensadores e filósofos virtuosos de cunho helenista, que possuíam uma forte sensação de estarem separados do objeto de seu conhecimento, uma forte sensação de isolamento." (mesma fonte)

Cristo foi colhendo o dracma, a ovelha perdida e o filho pródigo sem o objetivo de Cristianoformatar a sociedade e instuições, mas sim as almas individuais. Sim, está claro isto ai...

Sendo assim, foi por isto que civilizacional e em alguns casos populacionalmente...

Cristo, o Deus encarnado...

Perdeu para Maomé ( um homem apenas, mas talvez enviado pelo próprio Deus para segurar as pontas espiritualmente enquanto o Cristianismo tomava de conta de outras áreas continentais):
Perdeu para Sidarta Gautama (Ghotama?) (Que prometeu não a Salvação que só Cristo pode dar, mas a Iluminação através de um monstruoso sacrifício  e renúncia pessoais. Sendo o Budismo uma religião muito parecida com o Cristianismo em muitos aspectos como o fato de não ter vingado no seu Pais de origem e também assim como fez Constantino, ter o Rei Assoca institucionalizado o Budismo como religião oficial possibilitando seu aumento.)


Perdeu para o Hinduísmo, que fagocitou e diluiu qualquer tentativa de aproximação do Cristianismo o tratando como mais uma forma de expressão do Sanatana Dharma, Lei Eterna.:

Mas Deus é onipotente, e sabe o que faz. Já ouviu falar da  FATOR  MELQUISEDEQUE?  


Continua...
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