segunda-feira, 16 de maio de 2016

NOIADOS NÃO USAM CALÇA COMPRIDA

É claro que percentualmente existem excessões né? Toda régua tem nanoondulações, e se você encontrar um por aí usando contabilize-o nas anomalias. Não me pergunte como eu prestei atenção nisto pois eu não sei, me veio à mente à toa-à toa, sem nenhum esforço de minha parte. O negócio é o seguinte: NOIADOS NÃO USAM CALÇA. É, você já prestou atenção nisto? Pelo menos todos (quase) ou a esmagadora maioria deles usam bermudas, shortes e similares. E somente uma esmagada minoria insignificante tem o costume de usar esta peça do vestuário (um dos mais modernos na história humana, tirando-se os persas e aparentados) no seu cotidiano de abigobal. Eu não preciso de muito esforço para provar minha assertiva, se você estivesse aqui comigo eu poderia levar você até a cracolândia local e lhe dar um caderninho para você ir somando o número dos noiados de calça curta e os raríssimos de calça comprida. Cumprido o cotejo, você constataria que o que eu aduzi tem aspecto de verossimilhança. NOIADOS NÃO USAM CALÇA, simples assim. Veja uma amostra regional aí:



Bem, minhas afirmações acima foram fundamentadas com supedâneo  em observações locais, com a recorrência mais que probante no número de indivíduos se autozumbizando em trajes informais e infantilóides. Então como eu não posso viajar para outros locais (e mesmo se pudesse não iria tão-somente para averiguar uma besteira destas) eu busquei no google imagens de noiados para ver se numa amostragem estatística maior minhas induções se mostrassem também confirmadas:
CRACOLÂNDIA MATRIZ/OFICIAL

Nestas regiões mais frias do sul (de meu posto de observação) seria de se esperar uma maior incidência de andrajos de pernas compridas como ocorre nestas duas últimas fotos, até mesmo fazendo cair por terra minha teoria dos trajes típicos desta subcultura adoradora do Deus-Barato. É, eu admito, tendo por base esta última foto minha proposição não prospera. Mas como eu afirmei no início da postagem, eu me fundamentei em observações de minha cidade apenas. E aqui é quente prá caramba (talvés só perdendo para o núcleo do sol e o inferno). 


Mas mesmo assim há algo mais....


Discorria eu sobre as calças curtas, os tocões, bermudas e shortes. Vou te falar uma coisa séria. Os noiados são doentes e vítimas da droga, e uma grande parte deles fazem uma intersecção com o conjunto formado pelos criminosos avulsos e também pelo crime organizado. E as calças curtas são a indumentária padrão dos meliantes por todo o Brasil. Foi pela observação cotidiana, mas não com vontade, aleatória, mas atingindo um ponto crítico, que aflorou à vista, desde a nebulosidade repetitiva de telejornais, notícias em jornais, videos do youtube, etc onde drogados, ladrões, assassinos, estupradores, traficantes e etc, usavam a peça em testilha. Perdoe-me querido leitor, mas é preciso mostrar a verdade e usar este escudo literário reflectidor para olhar no fundo dos olhos da medusa:

Shortes, calças curtas e mais shortes...






A gota d'agua que me fez prestar atenção neste negócio, que todos percebem, mas num nível subliminar, meio inconsciente, foi um homicídio que aconteceu ontem em um setor próximo de casa. Fui no local, por curiosidade macabra, que todos têm. Veja aí abaixo. O moleque já tinha passagem pela polícia...

E novamente os trajes informais e displicentes em pleno início de uma semana de labor. 
Não me tenha por um preconceituoso social, longe disto, mas o pacato cidadão da civilização, o trabalhador, o pai de família, o homem de bem, se veste, regra geral, com calças de homem:

É claro que o indivíduo que está numa trajetória suicidária, aprisionado num inferno químico, não liga a mínima para seus trajes. Mas a despeito do fator econômio, calças compridas não custam assim tão caro. Este estilo de se vestir daqueles que estão à margem da sociedade, incluindo os que consomem e os que traficam entorpecentes reflete exteriormente a falta de disciplina, honradez, maturidade, compromisso social. Calções são para meninos, se usa em casa, na praia, na chácara, no clube, durante os finais de semana. O spoudaios traja as vestes da hombridade, do decoro, do pundonor:




Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.(1Cor 13:11)

ABSOLUTUM

PS:E hoje chegou ao meu conhecimento um duplo homicídio em outro setor de minha cidade, conforme a previsão padrão, os mesmos "hábitos" relapsos, relaxados, displicentes:


Desculpe qualquer coisa....

quarta-feira, 11 de maio de 2016

LIVRO: Os 11 Maiores Mistérios do Universo

No subtítulo : as questões mais profundas da humanidade, com as respostas mais surpreendentes. De autoria de Reinaldo José Lopes, jornalista científico ( e católico) se propõe a discorrer acerca das perguntas mais inquietantes que assolam os homens desde a mais antiga noite dos tempos:

Infelizmente nenhuma destas perguntas é respondida no livro, ele apenas apresenta as várias hipóteses científicas com suas ramificações em aberto e faz uma apanhado geral delas. Após o ponto de interrogação das várias perguntas (?)  a reposta é sempre a mesma: Não sabemos ao certo, não temos certeza, é um mistério, resta tudo inconclusivo, talvez seja assim ou assado. Mesmo quanto a pergunta principal: DEUS EXISTE e mesmo afirmando ser católico, o autor responde que a questão de Deus existir se remete a uma escolha pessoal (de fé)  e  subterfugia-se na separação Kantiana entre ciência e religião. 
Podemos classificar as perguntas em dois blocos. Um que diz respeito a ciência e outro que é pertinente à Filosofia e a Metafísica:

CIÊNCIA

2-O Universo teve um começo?
3-de que é feito o Cosmos?
4-Como a vida surgiu?
5-O Universo vai ter um fim?
8- É possível viajar no tempo?
9-Existe vida em outros planetas?

FILOSOFIA/METAFÍSICA

1-Deus existe?
6 - O que é a consciência?
7-Existe vida após a morte?
10-O livre-arbítrio existe?
11-Qual o sentido da vida?


O Universo, o Cosmos, mesmo a vida orgânica, o tempo, os outros planetas são objetos acessíveis ao método científico parcialmente. Mais nunca haverá uma resposta conclusiva, apenas aproximações. Creio que somente com respeito a pergunta da vida em outros planetas a resposta poderá ser um dia dirrimida quando entrarmos em contato com os ETs. Uma coisa infinita como o Universo nunca caberá dentro de nossas cabeças finitas, apenas um modelo aproximado após outro para sempre. No dia em que o homem compreender a vida ele poderá criá-la. VIDA ARTIFICIAL. Mas as complexidades da vida são tão grandes que talvez isso nunca ocorra.

A pergunta Deus existe? Foge do escopo da ciência, pois de acordo com a definição, Deus não pode ser um objeto ao alcance dela. Quanto ao sentido da vida e ao livre-arbítrio creio que só fazem sentido em relação a pergunta Nº 1. Se existe vida após a morte e o que é a consciência também só se tornam inteligíveis subordinadas a pergunta Nº1. Deus e a consciência são classificados como sujeitos e são os sujeitos que estudam os objetos (vida, planetas, universo) somente com respeito a estes últimos poderemos obter respostas científicas. Quanto a Deus e a consciência e se ela sobrevive a morte orgânica precisamos de outros sistemas para entendê-los parcialmente. Só as coisas estão circunscritas ao enquadramente científico, as pessoas não, ou no caso do homem, apenas parcialmente devido a parte animalesca. São as PESSOAS que estudam as COISAS, para estudar as PESSOAS, a subjetividade, é preciso de algo mais que o método científico tão idolatrado.

É isso.



sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

UMA CRÍTICA DA RAZÃO ARTIFICIAL

O QUE OS COMPUTADORES NÃO PODEM FAZER





    O LIVRO






... "a Inteligência artificial" traz em si o estigma do artifício." - Hubert L. Dreyfus

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

JERUSALÉM - UMA CIDADE, TRÊS RELIGIÕES

Este é  o livro de Karen Amstrong que conta a história desta cidade desde as primeiras habitações há já cinco mil anos atrás até os conturbados, mas não menos do que antes, dias atuais. O livro nos ajuda a entender aquela pendenga que há entre palestinos e israelenses que não para de aparecer nos noticiários. Durante a duração (durante a duração - me espanca!) desta cidade santa, santa para cristão por ter sido o local da morte de Cristo, santa para judeus por ser palco de eventos bíblicos, santa para muçulmanos por ter sido o local de onde o fundador do islã subiu aos céus, podemos notar um verdadeiro troca-troca e revezamento de domínio, onde pagãos-cristãos-judeus-islâmicos-outros cada um por seu turno assumiram o comando da cidade e passaram a construir os seus templos. Já imaginou no local do templo contruido pelo Salomão bíblico ter havido duas estátuas de deuses romanos? A resposta da autora para o fato de Jerusalém ser um pomo de discórdia é que ela é uma cidade internacional religiosa por abrigar locais de importância fundamental para as religiões abraâmicas e por isso cada governo ou reino que assumiu o controlo da cidade teve que fazer concessões para as demais populações incrustadas em seu território mas de origem religiosa diferente.  Se fizéssemos uma filmagem milenar da plataforma onde ficava o templo e acelerássemos o filme poderíamos notar que os humanos brincaram de lego, montando e desmontando santuários encima do local num frenesi incessante, sem parar. Atualmente o local está assim, mas já tentaram por diversas vezes explodi-lo:

No local onde havia o Templo de Jeová hoje há uma mesquita muçulmana. E os judeus não podem fazer nada porque a área pertence a minoria islâmica.


É isso aí!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

QUADRA MALDITA

Recentemente assisti a dois filmes que achei razoavelmente bons. Um foi sobre caçadores de baleias (parece que a palavra pesca só serve para bichos pequenos e só peixes, não se pesca répteis nem mamíferos?)( NO CORAÇÃO DO MAR) e o outro JOGOS VORAZES, uma guerra num mundo opressivo alternativo, ou algo assim. Nós dois filmes os momentos mais emocionantes ou os turn points atigiram uma coisa que eu havia percebido há muitos anos atrás. O pico do filme, o momento mais dramático se deu quando eles em seu transcorrer ultrapassaram  supinamente o limite do ético e do moral esperado, quando foi gerada uma anomalia paroxística e aberrante da média das violações sociais esperadas e aceitáveis. Estes momentos do filme que menciono exemplificaram um tipo de TABU que eu havia percebido quando tentava escrever um livreto há um tempo atrás. Metaplasmei e contrai o livreto para o formato de uma postagem blogística. (O BODE EXPIATÓRIO) Estava pesquisando outro assunto quando a perfuratriz bateu na laje emperrou e começou ranger. Parei, retirei a sonda e busquei outro local mais maleável, mais confortável. Mas deixei registrado para quem sabe no futuro voltar a atenção para este tema desconcertante. Pela primeira vez na vida vou me autocitar para melhor esclarecer sobre o assunto que menciono:

Antes de fecharmos o texto (...) antes de atingirmos o clímax, gostaria de mencionar de passagem, dois desdobramentos que a pesquisa desta monografia nos apresentou. Uma não foi uma descoberta dessa pesquisa, mas um insight do Livro de Robert Richards, Sexo, Desvio e Danação, as minorias na Idade Média: nela ele nos apresenta a tese de que as minorias são acusadas não só das mesmas coisas que os primeiros cristãos foram acusados, como do que todos os outros povos, sejam pagãos ou não, acusaram os outros satanizados, ou seja, de ORGIAS, INCESTO, CANIBALISMO E INFANTICIDIO...


... estas práticas sendo a última barreira que nos separaria dos animais irracionais. Os "preconceituosos" satanizam então o outro ideal, com o que de pior pode haver no espectro moral, sendo estas coisas, um padrão recorrente nas acusações, no livro acima mencionado as minorias que tiveram acusações paralelas foram, os hereges, os bruxos, as prostitutas, o leprosos, os homossexuais e os judeus, sem falar nos mouros. O interessante é que no raiar da cristandade quando os bodes expiatórios eram os cristãos, eles antes de serem jogados aos leões, eram acusados de realizarem orgias, comerem crianças após sacrifícios hediondos e terem sexo interparentais. Lembro aqui novamente da acusação de que os comunistas comiam criancinha, um patente uso disto que estou me referindo. Sobre esta quadra terrível, ou seja,canibalismo-infanticidio-incesto-orgias, que se nos apresentou como sendo, se fossem praticas institucionalizadas, o último estágio na desagregação social e na destruição da raça humana, no mínimo, de seu caráter ontológico, não na sua biologia, mas em sua esfera cultural como HOMO SAPIENS SAPIENS. Estas acusações extremas nos revelaram que o bode expiatório é no fundo uma ameaça virtual a civilização, no imaginário do perpetrador...

...

... eu poderia aventar a hipótese de que este sonho, não seja apenas meu mas um sonho do inconsciente arquétipo coletivo dos homens e que seu temor ao outro, e o ódio ao outro e sua conseqüente satanizaçao e eliminação seja um medo atávico de que um dia isto realmente possa vir a acontecer numa humanidade futura e distante, onde o id governe soberano, os impulsos do tanatos sejam supremos e a cultura nada valha, onde os tabus, barreiras-pilares da civilização contra o incesto, as orgias, o canibalismo e o infanticídio tenham sido demolidos e com ela nossa humanidade. Sendo assim, seria o bode expiatório e sua destruição, uma destruição da ameaça a nossa humanidade, ou nossa civilização, numa falsa mitologia sacrificial. Esta realmente uma “ameaça fantasma”, ameaça esta que estaria dentro de nós mesmos, mas que projetamos nos outros...



Os dois momentos dos filmes que mencionei que  passaram além, que ULTRApassaram  as linhas desta quadra delimitante foram em :NO CORAÇÃO DO MAR o momento (spoiler) em que os sobreviventes do naufrágio do baleeiro se viram obrigados a CANIBALIZAR seus colegas, onde chegaram até mesmo a sortear quem seria a próxima vítima. Os momentos mais tensos, mais macabros do filme são quando isto é explorado. E é este ponto, (depois do ataque inesperado da baleia também) a coisa que todos queriam esconder. A abominação que o protagonista principal escondeu por décadas até mesmo de sua esposa. E que Herman Melville que escreveu MOBB DICK ocultou também. Somente culturas tribais em muitas partes do mundo foram canibalísticas, mesmo assim preservando os outros elementos da quadra. Geralmente foi em culturas monoteísticas e principalmente na Abraâmica que inclui o cristianismo-judaismo-islã que este OBJETO ESPECIAL que é o corpo humano foi tão dignificado, e protegido de uma profanação tipo a ANTROPOFAGIA. nos outros tipos de culturas isto é mais tolerado, mesmo no budismo tão certinho (quando toca em assuntos relacionados  ao corpo humano) este tabus são mais softs, como por exemplo os monges se autoincinerarem ou em lenda de monges se oferecerem para saciar a fome de oncinhas que estavam a baira da inaninção. É como se estas culturas tribais ou politeísta (ou Uteísta como o budismo) estivessem um pouco de fora do contorno das linhas antropogênicas que delimitam a figura humana. E o canibalismo abordado No Coração do Mar é um dos elementos desta figura. Por isto é tão chocante.

Em Jogos Vorazes todo o filme muda e o desfecho chega acelerado quando ocorre o tabu do INFANTICÍDIO perpetrado por um dos vilões, mais precisamente uma vilã, no filme. Todos se voltam contra o presidente Snow quando ele supostamente teria ordenado o bombardeio de crianças.  Sedo este INFANTICÍDIO o fator deslegitimador imediato do reinado deste ditador, colocando o país, a torto e a direito, contra ele.  Novamente em volta do globo culturas tribais e mesmo antigos povos em civilizações em estágios mais adiantado praticararam o INFANTICÍDIO. Em muitos casos, como o CANIBALISMO, o INFANTICÍDIO foi perpetrado sob o véu do RITUAL. Canibalismo ritualistico, infanticídio ritualistico. Para acabar de lascar tudo em muitos casos era os dois numa só cajadada. 

Como este assunto é muita areia para meu caminhão, admito, vou deixar aqui apenas registrado para os devidos fins de direito, sem dar maiores desenvolvimentos eu exemplificações contudentes. Quanto aos outros dois elementos AS ORGIAS e O INCESTO não mencionarei. Quanto as orgias a industria pornográfica está aí. Quanto ao incesto nunca assisti a um filme com este tema. Os dois são barreiras-tabus civilizacionais de cunho sexual. Parece que o incesto tinha incidência na elite Egipcia antiga. Para terminar:
Tanto os céticos-materialistas evolucionistas, como os espiritualistas-dogmáticos afirmam que as origens do homem não são exatamento de acordo com a forma como ele é hoje. A humanidade veio da animalidade dizem os primeiros ou seja veio do infrahumano. A humanidade tem origem espiritual, de Deus, dizem os segundos, ou seja tem origem suprahumana. Nós dois casos, os dois rivais culturais-filosóficos-ideológicos-etc estão de acordo num ponto. A maleabilidade, ductilidade, o humano pode ir para cima ou para baixo, evoluir ou involuir (a Queda). Os homens podem se torna SANTOS-SÁBIOS-HERÓIS ou PSICOPATAS-IDIOTAS-CRIMINOSOS. A figura humana, a forma humana, como até mesmo os transhumanistas concordam, não é pronta e acabada. Os animais serão sempre animais, os anjos serão sempre anjos. Somente os humanos podem ser superiores aos anjos ou inferiores aos animais. O enquadramento, o esquadro, o compasso, as coordenadas que balizam, amoldam, mantêm esta forma humana temporária passam por não violar os tabus constantes nesta quadra que mencionei: canibalismo-infanticídio-incesto-orgias.  Sendo estas coisas e seus derivados uma coisa que as culturas espiritualistas começaram  gradualmente a proibir há muito tempo. Gradualmente configurando-nos no que nós somos hoje: humanos. Disciplinando o sexo formo-use a família (anti-orgia), proibindo o incesto expandiu-se a raça humana pelo globo. Desnecessário falar sobre o infanticídio (onde o aborto está incluido) e o canibalismo. Nesta sentido as religiões é o cristianismo principalmente, foram o elemento primordial na antropogénese humana e as ideologias de fundo cientificistas hoje, são as principais forças responsáveis pela tentativa de arrastar a forma humana, a humanidade para uma região inferior ou infernal. 





ABSOLUTUM

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

UAI! O QUE QUE É ISSO?

Para exemplificar o encanto que uma pessoa pode ter com um simples nome, coloquei neste texto( FRASE PORTAL)  um link de um texto que lembrei-me e que tinha a forma aproximada da sensação que sentia a respeito do nome RIBEIRÃO DE AREIA. O texto seria O PINGADO, que li, presumo que, a mais de umas três décadas atrás. Ao procurar o texto coloquei o link sem checar, quer dizer, li meio que apressado, e vi pela estrutura do texto que ele mencionava o assunto que eu presumia ter tratado o texto que li na meninice. Ao ler depois com atenção o texto, fiquei encabulado com o fato de ser tratar aparentemente de um plágio, de uma montagem encima da sacação do autor que eu lera no passado. De certa forma o cara tirou a estrutura narrativa do texto e colocou na vida adulta do personagem narrador. O primeiro texto é um menino que fala, o segundo um homem casado. E ele raspa de leve as intimidades do casal. Ao ler o dois textos tenho quase certeza que o PINGADO foi tirado do SAI UM PINGADO.  Este último muito mais belo e rico literariamente. É... na internet fica difícil autenticar a autoria de um simples texto. Eu não tenho mais o livro do Sai um pingado mas se não me lembrasse deste texto pensaria que o autor do PINGADO fosse o mesmo autor do texto que tinha lido na infância. Leia os dois e compare. Não vou enviar um e-mail para o autor notificando a inspiração ou plágio por que não estou nem aí com isso....

QUE EU LI "ONTEM": SAI UM PINGADO de Arthur Riedel

QUE LEIO "HOJE": PINGADO de Aparecido Raimundo de Sousa.
Nos dois casos este é o tal do pingado:
Mas com certeza este não é o meu Ribeirão de Areia:

Até mais ver!

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Frase Portal

Algumas construções verbais, muitas frases, ditados, provérbios e etc, têm o poder de síntese silogística, de compactação de todo um mundo, de resumo esquemático de todo um universo, seja filosófico, religioso ou científico. Uma simples rima em um poema pode esconder ou abrigar uma verdade profunda: "Transforma-se o amador na coisa amada" - Nossa! Outras frases são como portais que nos abrem para realidades transimanentes ou são capazes de nos arrebatar momentaneamente para os umbrais do inexplicável.
Desde menino ouço uma expressão que nomeia uma região localizada no município de minha cidade. "Ribeirão de Areia". Sempre que ouvia alguém pronunciar o nome desta localidade, o simples enunciado da frase me fazia fantasiar sobre como seria esta zona rural, este tal de ribeirão de areia. Não era nem os componentes da nomeação separados, mas a forma como eles se juntaram. Um ribeirão por mais belo que seja é só um ribeirão. Mas um ribeirão feito de areia o que seria? O aumentativo ribeirão dando uma expansão fluidica ao material arenoso, e ao lembrar-me que estes micro-cristais que forma esta coisa que chamamos areia serem abundantes próximo às águas de todo mundo, criava em mim um arrebatamento poético que me faziam sonhar - já sonhei com este tal de ribeirão de areia,cavalgando celacantos e provocando turbulências em suas águas plácidas  como o mar de bronze no templo de Salomão - Sim acho magnifica esta denominação Ribeirão de Areia. A uns três dias atrás passei pela placa que dava entrada para a via vicinal que conduziria a esta localidade. Meu objetivo era outro, meu destino era outro,(TO-222) mas ao ver a placa com a "expressão mágica dourada" senti fugazmente o desejo de mudar meu curso, de colocar minha surrada XTZ em direção a este mundo encantado. Deixei para a próxima oportunidade. Mas um receio me acomete. Ao chegar neste lugar talvez uma chácara, um assentamento, ou outra coisa qualquer, talvez me decepcione e não seja, o lugar, tão fantástico assim como eu aspirava ficticiamente. Talvez sinta o mesmo que sentiu Aparecido Raimundo de Sousa neste seu texo : O Pingado. (Parece que o pingado foi plaginspirado de sai um pingado)
Embora eu seja católico, sob alguns aspectos, em determinados ângulos, de uma certa pesperctiva, sou simpatizante do budismo e incorporei algumas práticas budistas meditativas. Ao estudar este sistema religioso que se atem como o próprio Gautama Iluminado disse:  somente ao sofrimento e ao fim do sofrimento, noto que uma frase ocidental pode resumir todo o sistema budista e esta frase veio de alguém antiespiritual, antireligioso que curioso:


"A VIDA MAIS DOCE É NÃO PENSAR EM NADA"

Ela resume o objetivo do budismo que é o Nirvana, A VIDA MAIS DOCE, que somente poderia ser imortal, eterna, sublime; em sentido cristão, o paraíso, livre das armadilhas de Satanás, dos engodo dos apegos da carne ou das ilusões indutoras ao erro do mundo. A vida mais doce é a vida vitoriosa sobre os três inimigos da alma segundo a Bíblia: o mundo, o diabo e a carne. Ou segundo o Buda, livre da ira, da cobiça e da ilusão. "A vida mais doce É NÃO PENSAR EM NADA" Não pensar em nada seria a paralisação  do pensamento discursivo, binário, dialético, a sublimação do racional pelo intuitivo, a vida mais doce seria o não pensar mas sim o INTELIGIR. Apreender diretamente a verdade sem passar pelo maquinário silogistico racional. E este é o objetivo da meditação, que é a principal ponte para o Nirvana. Uma simples frasezinha que resume toda uma cultura religiosa.


" ...E FALAM A SÓS COM PANOS BRANCOS..."


Falar a sós com panos brancos foi uma coisa que sempre gostei de fazer. Esta frase aparentemente enigmática veio de um relato que foi feito por um indigena sulamericano da época da vinda dos espanhóis para a América pela primeira vez. (Não achei mais o livro nem lembro o título, tentei colocar a frase aspada no google mais não localizei-a ) Eu não sei se era um inca, um asteca, maia ou outro qualquer, mas  a frase resume uma impressão de um povo ágrafo a cerca de um ato que os recém aportados praticavam. Imagine a cena: um soldado chega e entrega um pano branco para o capitão do navio aportado. Ele pega o pano olha e parece que existe alguma coisa no pano que lhe diz alguma coisa, que lhe transmite uma informação, que lhe fala, e a partir daquilo ele toma alguma decisão prática. Foi isto que o indigena que nunca tinha visto PAPEL( chamou de pano) nem a LEITURA (chamou de falar a sós) apreendeu no fenômeno, pois apesar de estar tendo uma recepção de informação não estamos vendo o transmissor e como mesmo assim a pessoa está se comunicando o negócio fica realmente como um FALAR A SÓS. Pôxa vida como isto é poéticamente maravilhoso. E como é bom falar a só com panos brancos! Caso o negócio se desse hoje, ele diria : " E falam a sós com caixinhas luminosas e todos eles têm uma e parece que eles gostam mais de falar a sós e querem mais bem a estas caixinhas do que uns aos outros. " - sabe de nada inocente!


" Nós ossos que aqui estamos, vossos ossos esperamos, nós já fomos quem tu és, tu serás quem nós somos!"


Eu li esta frase escrita, não com sangue e fezes, mas com um pedaço de alvenaria, na parede de uma tumba ao passar por um cemitério. O que me impressionou além da brutalizante realidade da mensagem, e o impacto emocional de relembrar um fato inescapável, foi o português corretíssimo das orações. Quem será que teria escrito isto? De todas as frases, esta eu não precisei anotar em lugar nenhum no espaço. Guardo ela na memória tentando esquecer o fato que salienta, mesmo nós arduamente tentando esquecê-lo. Esta frase que li uma única vez ficou gravada a ferro e fogo em minha mente. Mas o escritor desta frase não foi o seu autor. Como achei ela assim, meio que muito erudita resolvi pesquisá-la no google. E não é que encontrei:

Uma verdadeira frase-portal, escrita na entrada de uma capela em Portugal, A Capela dos Ossos que, pasmem, foi contruida em parte com ossos. Com uma ligeira modificaçãozinha a frase que eu li no cemitério brasileiro não tinha o PELOS, era: nós ossos que aqui estamos vossos ossos esperamos, achando eu esta última construção mais direta e soando melhor. No portal da Capela não há a segunda parte da frase: nós já fomos quem tu és, tu serás quem nós somos.
Não sei se esta frase que abriga uma reciprocidade de status biontológico cronológica foi acrescentada pelo escritor na tuba nacional ou se deve fazer parte de uma inscrição maior em algum outro lugar na capela portuguesa. Caso não seja, o poeta que concluiu a sentença é genial (Ou poetisa - como parece que a letra era feminina talvez fosse uma jovem darkizinha bebendo com os amigos em noitadas góticas).




"Não existe mão fraca, existem poucas mãos"

Sendo esta frase  aparentemente um estímulo a solidariedade e ao trabalho em equipe, tipo assim :A união faz a força, ela é quase da autoria deste blogueiro que neste momento está a digitar. Digo quase de minha autoria porque não a criei de verdade eu sonhei com ela. Eu não lembro e talvez nunca mais lembrarei o contexto do sonho, mas ao acordar grafei no caderninho o ditado (e há outras mas não sei por onde anda aquele caderno de anotações). Este provérbio genonírico (gerado por um sonho rá rá rá inventei a frase agora nem vou rebatê-la ao google pra saber se ela já existe)coloca a situação numa oposição de mão fraca (singular) com poucas mãos. (plural negativo). A sentença é toda inviezada, retorcida. EXISTE - poucas mãos - NÃO EXISTE- mãos fraca, ou seja, o fato de não existir uma mão fraca se deve ao fato do número das mãos serem reduzidos. Quer dizer: é pelo acumulo de mãos que potencialmente, virtualmente pode ocorrer e que de fato existe em potência, que uma mão singular, isolada, não existe, ou não deveria existir. O núcleo da mensagem nas retorcidas lógicas das sentenças não está no objeto mencionado: mãos, mas em seu simbolismo, o que as mãos podem fazer quando agem em sinergia, cooperação. Com o aumento cumulativo (isto é uma redundância?) quatitativo de elementos e com a harmonia qualitativa cresce o poder de ação dos entes. Não existe fraqueza, existe desunião. Será que isto foi criado pelo meu cêrebro mesmo, independente de minha volição?





"Se metade da boiada estourou segura a metade que sobrou"


Creiam-me, este provérbio acima aparentemente me foi revelado num quase-sonho, "semi-sonho". Como podemos ver acima e se você já viu uma boiada passanda, percebemos uma certa ordem no fluxo dos bovinos, mantida apenas por poucos vaqueiros. Num estouro da boiada os elementos do conjunto entram num processo de entropia desordenado (redundância?) É um deus-nos-acuda, uma bagaceira, e depois os vaqueiros precisam de um esforço danado para realinharem os bois.  A mensagem do provérbio embora possa ser usada em infindáveis aspectos é mas precisamente um aconselhamento afetivo, emocional, para que possamos nos apegar, manter, segurar o que temos de bom na vida, os valores, princípios, ou mesmo até, coisas materiais mesmo. Quem sofre uma grande decepção se entrega de vez: -Sou um lascado e vou f... com tudo! -Eu não tenho nada a perder mesmo!(frase esta que me faz refugar imediatamente o autor dela e manter uma certa distância) Mas devemos nos lembrar do copo metade cheio lembra? Segurar o que nos resta. Se perdeu metade da boiada  tente segurar a outra metade. Tenha equilibrio, parcimônia, equaniminidade, se perdeu metade, um terço ou mesmo um quarto, lute pela outra metade, os dois terços ou mesmo os três quartos restantes. Se metade da boiada estourou segure a metade que sobrou.

"Os novos vieram dos velhos e os velhos vieram dos novos."

Eu tinha uma vizinha, uma senhora idosa (já falecida) que era um encanto de pessoa. cuidava das plantinhas em seu tipo um jardin na frente da casa e muitas outras no quintal. Ela lembrava muito o Yoda de Star Wars, no porte físico e jeito de falar, embora não fosse verde. Ela emitia muitos provérbios, ditados que aprendera em sua longa jornada. Entre eles havia o destacado acima. Os novos vieram dos velhos e os velhos vieram dos novos. Na linguagem dela: Os novo vei dos véi e os véi vei dos novo. O que ela queria dizer é que há um círculo. Não, na verdade uma onda biológica, gráfica. Onde pelo desenvolvimento natural dos seres vivos, e os seres humanos incluidos, evidentemente, aqueles seres que entram na existência (os antigos diriam - no ser) inexoravelmente devem provir dos antigos. Os NOVOS vêm dos VELHOS.  Em reflexo conceitual, numa cadeia cronológica, quase da mesma forma, as criaturas degeneradas foram aquelas que apareceram em novidade na existência. OS VELHOS vieram dos NOVOS. Ou seja, os velhos são os novos que ficaram... Os novos vieram dos velhos por geração e os velhos vieram dos novos por degeneração. Ela tinha muitos outros provérbios sapienciais, como por exemplo: Viva o Bucho e morra o Luxo (Colocar a prioridade nas necessidades fisiológicos antes dos adereços vaidosos). O POUCO com DEUS é MUITO, mas o MUITO sem DEUS é NADA. (Uma migalha somada ao infinito é maior que uma montanha somada a um planeta.). Com respeito a problemas conjugais no século passado "machista": Ruim com Ele (o marido), pior sem ele. (Com respeito a este provérbio tenho minhas dúvidas). Que Deus a tenha Dona  (Maria Santana ) Santa. 

"Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo"


Este é o objetivo da vida. E tudo o mais só faz sentido subordinado, emoldurado, temperado com isto. Esta frase-portal é um mandamento, uma ordem. Um comando. Amar é amar, Deus é Deus, o próximo é o próximo, si mesmo é si mesmo, todas as coisas são todas as coisas. Mais do que uma frase é uma fórmula onde cada elemento precisa ser explicitado, entendido e obedecido. Devo amar a Deus mais do que a mim mesmo e mais do que ao meu próximo. Com amor absoluto porque é isto que Ele merece. Não devo amar meu próximo mais do que a mim mesmo. (humildade masoquista) ou menos do que a mim mesmo (orgulho-sadismo), mas numa equalização, amar ao outro como me amo. Esta é toda a lei e os profetas, esta é toda a Bíblia. Esta é a fórmula, esta é a equação.


As frases-portais são infindáveis e abrem universos, mas por hora fiquemos por aqui mesmo.

ABSOLUTUM

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Malvadeza Sufocante?

Tenho posto neste espaço internético algumas recorrências ou coisinhas que aparentemente se repetem aqui ou alí, nada excepcional:


E OUTROS ALHURES NO BLOG.
É,  parece-me que minha única especialidadezinha intelectual é achar recorrências insignificantes (talvez não) na cultura pop. Às vezes as repetições escondem arquétipos, às vezes não. Quando conseguimos alçarmo-nos até as regiões universais dos arquétipos,  aproximamo-nos das estruturas que condicionam, balizam, digamos assim, nossos pensamentos, as estruturas arquétipas são quase biológicas, são imprintadas no nosso cérebro por uma História atávica. Os arquétipos são como canaletas maciças por onde fluem os pensamentos. Pense bem, em todo prédio está escondido o arquétipo ou protótipo de um Paralelepipedo ou cubo. Eles só vão variando por toda cidade. Tal qual o mito do héroi do qual falou Campbell que se repete por todas as histórias famosas, em variedades flexivelmente cambiantes (como não poderiam deixar de ser). Ao nos aproximar dos arquétipos nos aproximamos do Logos, do Verbo, da Palavra, que é eterna, Esta inteligência divina, supra geométrica-matemática-lógica, o principio dos princípios, quer sejam geométricos, matemáticos ou lógicos submergiu temporalmente e se materializou em um ser humano para neste mergulho fazer a ponte para nós, para que possamos atingir em algum eão esta mesma região de onde ele veio. Mas por hora, sem nunca nos esquecermos disto, vamos dar um vôo rasante, ou melhor vamos mergulhar no cotidiano, no singular...no aqui-agora de nossa vida... É sobre vilões de filmes que vou digitar! O negócio que me ocorreu, meio que assim sem querer enquanto estava pesquisando algo sobre máscaras de respiração subaquáticas, foi que em muitos filmes, alguns vilões apresentam uma dificuldade de respirar e usam máscaras aeróbicas. Comecei a lembrar e procurar na mente e me veio uma porrada de vilões repetindo (recorrência) o mesmo perfil. Imagens falam mais que palavras:
Vader que precisa de um suporte respiratório para sobreviver só ficando sem ele numa câmera CÂMARA hiperbárica
Só assisti o filme - pesquisa ele PESQUISE-O para mim por gentileza... Um vilão anti-batman, ele não sobrevive sem ela.
Cobra do antigo Comandos em Ação, (é que eu estou com preguiça de digitar G.I Joe)-Não sei se ele morreria sem ela, mas presumo que não aja outro motivo para usá-la.


Que tal a cara de herege malfazejo do Imortal Joe em Mad Max? Suporte artificial de sustentação respiratório -  Idem.

Este  último me lembrou de alguém cuja mascara foi usada para impedir de IMPEDI-LO devorar os outros - talvez  o visual ficou imprintado como uma essencia do mal na imaginação dos cineastas.


Existem outros mas vou ficando por aqui, se você  encontrar mais outros coloca coloque a lista nos comentários por fineza. Bem, eu não sei que relação teria a vileza com dificuldades respiratórias, infiro que Darth Vader com aquela respiração asmática foi quem começou isto tudo, os outros cineastas consciente ou inconscientemente tentaram imitá-lo. Mas quem sabe talvez aja outro motivo mais profundo, um tipo superior, ARQUÉtipo para este vilões, isto seria melhor apreciado se encontrássemos exemplos nas mitologias antigas ou mesmo contos de fadas, de vilões sem fôlego. Até mais...


ABSOLUTUM

Presidente Snow com hemoptise

P.S: Ontem assisti ao último jogos vorazes com seu explendido visual de arte de realismo socialista e sua aurea 1984 orwelliana., Uma distopia certamente, com outros acréscimos evidentemente. Diferente mas na mesma linha de Divergente ou Maze Runner. Neste filme o vilão principal, ou um deles, apresenta uma dificuldade no sistema respiratório, onde ao tussir ele sangra numa aparência de coisa tuberculoforme. Parece que ele se auto-envenenou e sua boca sangra ou algo assim. Sua hemoptise o coloca na conjunto dos vilões com problemas respiratórios, embora não use máscara. Lembra da respiração e tosse do general Greavous em Star Wars?